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Automobilismo

Parar de repente é o problema – a ciência da desaceleração nos acidentes

Foi o grande acontecimento do GP da Grã-Bretanha, logo na primeira volta. Lewis Hamilton e Max Verstappen disputando a ponta, dividindo a entrada da Copse. Hamilton por dentro, Max por fora, fechando para a tangência. Hamilton tem um pequeno sobre esterço, Max avista Hamilton e chega a fazer uma pequena correção, tentando tirar o carro. Os dois se tocam, Max roda e sai arremessado em direção à barreira de pneus. Hamilton é punido com uma parada de dez segundos. Max é levado ao hospital tonto e com dores no ombro. Pudera: o impacto, apesar de ter acontecido contra uma barreira de pneus, submeteu o jovem holandês a uma desaceleração de 51G — ou seja, 51 vezes a aceleração da gravidade. É um número impressionante, afinal, o corpo humano dificilmente tolera mais de 6G continuamente. Contudo, esse nível de desaceleração é relativamente comum quando se fala em acidentes de monopostos. Porque o que se mede quando se fala em "desaceleração de 51G" é simplesmente a grandeza desta desacele