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Car Culture

Phaeton: o Volkswagen que queria ser Bentley

É claro que as coisas eram bem diferentes há vinte anos. Muito, completamente. Pandemia, para começar, não era uma palavra frequente no dia-a-dia, os elétricos ainda não estavam prestes a substituir os carros a combustão, os celulares ainda eram incomuns e tinham botões, blá, blá, blá. Todo mundo já entendeu. Mas uma coisa não mudou: certas ideias que não faziam sentido duas décadas atrás, veja só, continuam não fazendo sentido. Como um Volkswagen de altíssimo luxo, feito para rivalizar com o Mercedes-Benz Classe S e, mirando na lua, com Rolls-Royce e Bentley. Até porque ele era meio que um Bentley. Seu nome era Volkswagen Phaeton, e ele foi um fracasso. A palavra phaeton já foi muito usada para automóveis antigamente. Nos primórdios do carro, era uma referência aos veículos que tinham teto conversível, mas não tinham vidros laterais – estilo de carroceria que era uma herança direta das carruagens. Depois, o termo passou a ser intercambiável com "spider" e "roadster