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Exclusive Manufaktur: Porsche fará carros 100% sob medida para os clientes
A divisão de clássicos da Porsche acaba de anunciar um novo programa de personalização que promete entregar veículos 100% personalizados. É o Exclusive Manufaktur, que ficará ainda mais especializado. Agora, o programa colocará à disposição de seus clientes uma equipe de engenharia completa para ajudá-los a realizar o sonho de ter um Porsche realmente exclusivo.
A Porsche já oferece opções de personalização em seus carros há décadas – reza a lenda que desde maio de 1955, quando um cliente pediu um 356 com limpador no vidro traseiro e foi atendido. Hoje, a maior parte dos Porsche vendidos inclui algum tipo de personalização especial, seja por meio de uma cor exclusiva ou revestimentos feitos sob medida, por exemplo.
Anunciada nesta semana, a expansão do programa Exclusive Manufaktur promete levar as coisas a um novo nível e, de fato, entregar um carro inteiro feito sob as especificações do comprador. De acordo com a Porsche, no momento 25% dos 911 vendidos traz algum componente fabricado de forma exclusiva. Alexander Fabig, diretor de individualização e carros clássicos da Porsche, explica melhor:
“Queremos levar nosso programa de individualização um, dois, três passos além em duas dimensões principais. A primeira é a interação com o consumidor. Queremos fazer dos clientes parte do nosso time – e ele é o chefe. Cada cliente terá sua própria equipe de designers, engenheiros e diretores”, diz o executivo. “A outra dimensão é a amplitude do que oferecemos. No momento a jornada começa com materias e cores diferentes para a chave e seu estojo; temos mais de 200.000 variações diferente só nessa peça. Queremos expandir isso para outras partes do carro, até encerrar a jornada com um veículo one-off, feito totalmente sob medida.”
Não é exagero: o próprio Fabig cita como exemplo o Porsche 911 slant nose, com bico mais longo e baixo – é factível que um cliente queira um 911 Turbo zero-quilômetro com uma versão moderna da clássica dianteira, e a Porsche Exclusiv Manufaktur pode entregar um carro assim de fábrica, com o mesmo padrão de acabamento, design e engenharia que empregaria em uma versão de série. Mas só um carro, para uma pessoa só. Não fica mais exclusivo que isso. É como pedir para um carrozziere fazer o serviço, mas não é um carrozziere – é a própria Porsche, com toda sua infraestrutura e pessoal.
O programa também está disponível para quem já tem um Porsche e quer modificá-lo com a mão de obra mais especializada possível – e Fabig diz que há limites para o que pode ser feito, mas eles são bem altos. Não é possível, por exemplo pegar um 911 clássico da década de 1960 e tentar colocar nele o motor do Cayenne GTS. O problema não é executar o projeto em si, mas homologá-lo e colocá-lo nas ruas legalmente. Mas dá para pegar um Porsche antigo e restaurá-lo por completo, escolhendo tudo o que ele terá por fora, por dentro e no motor.
Cá para nós: embora a Porsche nunca tenha sido explicitamente contra o trabalho de empresas como a Singer Vehicle Design (apesar do puxão de orelha recente por conta do uso da marca no “911 Safari” moderno da Singer), o anúncio parece um recado a esse pessoal – é a Porsche dizendo “nós fazemos também, e fazemos melhor”.
A Porsche diz que serão disponibilizadas de três a cinco vagas para o programa em 2021, e parte delas aparentemente já foi preenchida.
Mitsubishi pode reviver divisão Ralliart para vender acessórios e disputar corridas
A Mitsubishi pode reviver a lendária divisão Ralliart após um hiato de 11 anos. A marca, que um dia foi sinônimo de versões especiais e dos esforços da Mit no WRC, era dada como morta e sepultada até agora, mas imagens vazadas – vindas diretamente do relatório fiscal de 2020 da marca no Japão – sugerem que a fabricante resolveu voltar a apostar em seu legado esportivo.
As imagens mostram uma Mitsubishi L200 Triton do modelo atual com para-choque exclusivo, emblema Ralliart e detalhes de acabamento em vermelho e laranja – as cores da divisão. Também há outra imagem, aparentemente de um capô com scoop, com os dizeres “Ralliart Parts”, sinalizando um catálogo de peças e acessórios Ralliart.
Ainda é cedo para cravar e a Mitsubishi, evidentemente, não se pronuncia a respeito. Mas os indícios são fortes, e não podemos deixar de comentar que, pelo visto, a fabricante japonesa percebeu que abandonar os esportivos e todo o legado de vitórias no Mundial de Rali com o Lancer Evolution – que, afinal, sustenta boa parte da reputação da Mitsubishi entre os entusiastas – não era a manobra mais inteligente. Ainda mais no momento delicado em que a empresa se encontra. Já podemos ficar esperançosos por um novo Evo? Provavelmente não.
Genesis G70 Shooting Brake é a perua exclusiva para a Europa que queríamos aqui
Sim, é clichê falar que queríamos um carro que não podemos ter no Brasil. Mas a nova perua da Genesis, a submarca de luxo da Hyundai, merece esse desejo platônico. Você pode até torcer o nariz para a Hyundai, mas é inegável que eles andam fazendo carros bonitos nos últimos tempos.
O Genesis G70 é baseado no Kia Stinger e foi projetado pelo mesmo designer – o alemão Peter Schreyer, que pode ser considerado o grande responsável pela guinada das coreanas em estilo. Na versão sedã, o parentesco é visível na silhueta e nas proporções. Agora, a perua…
Apesar de ser erroneamente chamada de shooting brake (pois tem quatro portas e proporções de perua comum, não um capô longo com habitáculo recuado), a perua G70 é bonita. O visual experimental da dianteira, com faróis em dois andares e a enorme grade trapezoidal, foi perfeitamente complementado por uma lateral arrojada e de bom gosto. O teto desce suavemente em direção à traseira, com o recorte das portas igual ao do sedã, porém uma terceira janela lateral de cada lado para dar continuidade. Atrás, lanternas que imitam o desenho bipartido dos faróis e são complementadas por pequenas luzes na tampa do porta-malas.
A ideia do Hyundai G70 Shooting Brake é concorrer diretamente com Mercedes-Benz Classe C, Audi A4 e BMW Série 3, todos com versões perua que fazem bastante sucesso na Europa – e, para quem não se importa com tradição, pode representar uma “quarta via” bem interessante.
O carro apresentado pela Genesis é com motor 2.0 turbo de 255 cv, câmbio automático de oito marchas e tração integral, mas existe a possibilidade de, futuramente, a G70 Shooting Brake receber o V6 de 3,3 litros e 370 cv.
Aston Martin confirma V8 AMG para Valhalla e Vanquish
Em março de 2020, pouco mais de um ano atrás, a Aston Martin anunciou que o hipercarro Valhalla teria um motor V6 próprio – o primeiro desenvolvido in-house pela fabricante desde 1968 – no lugar do V8 AMG que usa em seus outros carros. Na ocasião, o ex-CEO da Aston Martin, Andy Palmer, disse que a decisão se deu pelo novo direcionamento da Mercedes-AMG, que passará a usar motores quatro-cilindros em seus esportivos. “Nós, obviamente, não imaginamos motores de quatro cilindros em nossos carros. Portanto, temos teremos que trilhar nosso próprio caminho daqui para a frente”, declarou o executivo.
Mas o mundo gira, as coisas mudam, e agora a Aston Martin – sob a batuta do novo CEO, Tobias Moers – oficialmente voltou atrás e confirmou que o V6 biturbo já era e que o V8 AMG está de volta ao jogo. Além do Valhalla, o Aston Martin Vanquish, sua versão mais “civil”, também usará o propulsor alemão.
Moers deixou a Mercedes-AMG para assumir o comando da Aston Martin em maio de 2020, dois meses depois do anúncio do V6. Mas ele garante que isso não teve a ver com a decisão de retomar o uso do V8 alemão – segundo a Aston Martin, o motivo é a dificuldade em fazer do V6 um motor limpo o bastante para adequar-se às diretrizes do Euro 7, acordo para redução de emissões que entra em vigor em 2025.
Quatro anos parecem bastante tempo para aperfeiçoar o V6 mas, se há um V8 já pronto e homologado, por que não aproveitá-lo? Além disso, seria necessário um investimento maior para isso e, de acordo com Moers, esse dinheiro pode ser melhor aproveitado no desenvolvimento de powertrains elétricos – algo que a Aston Martin também planeja para os próximos anos.
BMW iX é registrado no Brasil
Depois de vender carros por mais de um milhão (no Instagram, inclusive), a BMW viu que o segmento de alto luxo tem potencial no Brasil e já tratou de registrar junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) mais uma novidade high-end: o SUV iX, recém-apresentado lá fora.
O BMW iX é movido por dois motores elétricos, um para cada eixo, totalizando 375 kW – o equivalente a 510 cv. Com sistema elétrico de até 200 kW, ele promete autonomia total de até 482 km (ou 600 km no ciclo europeu) e pode recuperar 120 km de autonomia com dez minutos em um carregador rápido.
Por fora, o BMW iX traz uma evolução da identidade visual futurista inaugurada no compacto i3 e no esportivo i8, porém com mais superfícies limpas e menos recortes e vincos. O interior segue a mesma abordagem minimalista, com superfícies revestidas em tecidos e comandos basicamente reduzidos a duas telas: uma de 12,3 polegadas para o quadro de instrumentos, e outra de 14,9 polegadas para a central multimídia.
Na Europa, o BMW iX está previsto para chegar às lojas no fim de 2021, custando a partir de € 78.000 – o que dá quase R$ 500.000 em conversão direta. Para se ter ideia, o BMW X7 sai por € 82.000, ou R$ 520.000 em conversão direta. Mas como o X7 teve cinco unidades vendidas no Brasil recentemente por R$ 1 milhão, BMW iX deve ficar no mesmo patamar.
Que tal colocar peças “pré-enferrujadas” em seu Land Rover Defender?
Ué, 1º de Abril com um mês e meio de atraso? Não: você realmente pode comprar peças de acabamento “pré-enferrujadas” para instalar em seu Land Rover Defender novinho. Mas, obviamente, não é a própria Land Rover quem as oferece, e sim uma empresa chamada Niels van Roij Design.
Se o nome não lhe soa estranho, é porque a Niels van Roij Design já foi notícia por causa de uma Ferrari Breadvan moderna feita com base na 550 Maranello e de um Rolls-Royce Wrath shooting brake (veja abaixo). Mas as peças de acabamento cobertas por patina de verdade são algo realmente inesperado.
As peças são de plástico, mas recebem uma camada de metal pulverizado – que passa por um tratamento especial para aderir perfeitamente à superfície plástica. Ou seja, a oxidação é real, e não um envelopamento ou pintura.
As peças podem ser instaladas como apliques no capô ou nas saídas de ar dos para-lamas dianteiros, e custam – se segure – € 1.395 cada uma, ou o equivalente a R$ 8.900. É um preço meio salgado para fazer todo mundo acreditar que seu Defender novinho é, na verdade, um carro velho e largado. E ninguém vai acreditar…