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Project Cars Project Cars #161

Project Cars #161: a história do meu Chevette DL 1992

E aí, galera. Tudo bem? Meu nome é Gustavo Mendes, sou estudante de Engenharia Mecânica na UTFPR de Londrina/PR e sou apaixonado por carros desde que nasci, provavelmente. Meu pai sempre foi um cara que prefere fazer algumas manutenções em seus carros, e eu cresci nessa também. Me lembro de várias vezes em que eu mais atrapalhava do que ajudava ele, mas a intenção era boa. Mas, chega de falar de mim. Vamos falar sobre o meu projeto.

Meu carro é um Chevette DL 91/92, branco e… só! Não possui ar-condicionado, direção hidráulica, ABS, EBD e nada. Mas tem tração traseira, o que é bem bacana.

Lá pelos meus  16 anos, eu já tinha começado a pensar nos 18, tirar a CNH, arranjar um carro. Lembro de conversar com o meu pai, e umas das coisas que eu gostaria era: um carro “diferente”, que eu curtisse, sem me encaixar em estilo nenhum, sem ser do “clube do frisinho” etc. A nossa ideia inicial era um Opala “seis bocas”, mas achamos que era muito pra um primeiro daily driver. Mudamos para um quatro cilindros, cupê, mas aí pensamos em custos, em como deve ser complicado andar com um carro grande desse em uma cidade caótica…

O tempo foi passando,eu comecei a ler sobre o Chevette e acabei me interessando pelo carro. Depois disso, já era. Me apaixonei pela possibilidade de poder ter um carro de mecânica simples, duas portas, pequeno (não preciso de carro grande, a maior parte do tempo ando sozinho), barato e com tração traseira! Hell Yeah, achei o que eu quero!

Só me faltava achar o Chevette.

Acredito que por ser um carro barato, o Chevette é um carro que é dificil de ser encontrado em um bom estado, sem podres etc. Como o carro foi um presente do meu pai, ele queria encontrar um não exatamente em bom estado, mas com a lataria sem amassados para não ficar com ondulações na pintura depois de reformado.

Felizmente, meio que por sorte, não tivemos trabalho pra achar o carro do jeito que ele queria. Nós vimos o carro pela janela do prédio da minha tia no sábado e na segunda-feira combinamos de ver o carro. Como aquele era o primeiro carro que íamos olhar, fomos lá só para ver como estava o carro, o estado real dele (até porque da janela do terceiro andar não deu pra ver muitos detalhes), as formas de pagamento… e pronto, no mesmo dia o carro já dormiu em casa! Chegou sujo, com os bancos rasgados, tapete “chão de busão” vermelho (!), com a lanterna quebrada, mas muito potencial.

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Chevette na garagem, ideias a mil na cabeça mas e a CNH? Sabendo do risco que era deixar o carro na garagem e eu sem carteira (mas sabendo dirigir), meu pai decidiu que deveríamos desmontar o carro inteiro na primeira sexta-feira e já mandar para a funilaria.

No dia 15 de junho de 2012 ele acordou assim:

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E acabou assim…

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Desmontar foi fácil. Chamei uma galera pra ajudar (valeu, Vinicius, Paulo, Oreia, João, Gui, Yuri e meu pai novamente!). O problema é: Chevette nunca tem dois parafusos iguais (pelo menos o meu não tinha)! Incrível, o carro é simétrico, tem a mesma peça dos dois lados, mas os parafusos são diferentes. Na metade do dia eu aprendi, aí comecei a andar com uma chave de fenda e uma Philips no bolso.

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Parte do que foi desmontado

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Dia 21 de julho ele estava na funilaria. Felizmente, ele não tinha nada muito “grave”. Tivemos que trocar o assoalho do porta malas e a mini frente dele, que por sorte meu pai conseguiu encontrar sem muita dificuldade. Fora isso, alguns buracos no assoalho tiveram que ser fechados.

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Dia 11/09 ele estava na pintura. O carro era branco, pintamos novamente de branco. Tudo teria ocorrido muito bem, se o carro não tivesse que voltar pra pintura e ser pintado de novo! As portas, a tampa do porta malas e o capô estavam diferentes do resto do carro, estavam mais amarelas. Felizmente, como era um bom pintor, ele aceitou pintar de novo sem problemas.

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Aí está o carro pintado, com a frente nova, as rodas de Astra e a suspensão nessa altura por estar sem motor

Enquanto era pintado, fomos fazendo a parte da mecânica. Fizemos toda a parte externa do motor: limpeza de carburador (2E, original no DL), troca de filtros, selos do bloco, bomba de combustível, correias, revisão do alternador (que me deu muito trabalho algum tempo depois) e da parte elétrica, distribuidor, radiador novo.

O motor foi disso…

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… para isso:

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Depois de pintado e com a mecânica no lugar, era hora de fazer a tapeçaria. Eu e meu pai queríamos os bancos em couro, e assim foi feito. Couro cinza com as costuras vermelhas. O carro é todo feito em couro mesmo, com exceção do teto (muito grande, não tinha o couro grande o bastante).

O legal é que a tapecaria foi feita em um lugar que só trabalha com carros antigos aqui em Londrina. Conversando com o dono, ele nos mostrou fotos de Camaro 1967, Kombis, Fuscas, DKW, Mercedes-Benz de diversos anos e modelos e várias outras máquinas.

Toda essa parte foi feita entre junho de 2012 e maio de 2013. Dia 10 de maio foram instalados os vidros e travas elétricas (o coitado do Chevette precisava de um “luxo”) e o alarme e pronto, meu carro estava andando!

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Foram alguns meses de felicidade, mais precisamente até novembro de 2013, quando ele começou a queimar óleo. Aproveitamos o cabeçote aberto e já mandamos dar um up na cavalaria, mas isso fica pro próximo e último post! Obrigado pela leitura e um abraço a todos!

Por Gustavo Mendes, Project Cars #161

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