Foto: Rafael Micheski
Olá, pessoal. Sou o Helder Rueda, tenho 28 anos, moro em Joinville/SC e venho aqui hoje apresentar minha paixão pelas pistas e o hot toy que entrou na minha vida por acaso e está sendo preparado para ser usado nas ruas e, principalmente, em trackdays.
Diferentemente de muitos de vocês, minha paixão por carros não vem de família. Acredito que eu seja a ovelha negra da casa, mas aos nove anos de idade eu já sabia de cabeça o preço aproximado dos carros dos anos 1980 e 1990. Crescendo em uma casa onde sempre tivemos modelos Volkswagen, tais como, Fusca, Passat, Parati, Gol, Santana e Kombi, meu primeiro carro só poderia ser um Volks, não é mesmo?
Não.
Meu primeiro carro foi um modelo quase esquecido, mas com uma das melhores relações custo/benefício para praticar a “mulekagem” por aí: uma Chevy 500 1994. Sim: a picape do Chevette.
Confesso que num primeiro momento eu fiquei com receio de comprar uma Chevy 500, afinal a moda era Corsa Pickup e Saveiro. Bendita hora que comprei ela! Foram quatro anos sem me incomodar, além de muita “mulekagem” nas madrugas de Joinville. Depois, sim, passaram pelas minhas mãos os Volkswagen: tive Gol CHT, Parati CL 1.8 e Golf GL.
Mas agora vamos ao que interessa: o Voyage Turbo.
Em certa manhã de férias acordei disposto a negociar um carro. Olhei para minha noiva e disse: “Vamos até Blumenau. Quero ver uma Saveiro lá”. Nessa época eu tinha o Golf GL 1997. Em seguida ela me lembrou de um amigo que tinha um Voyage turbo todo legalizado e à venda. Nem saí de casa: entrei em contato com esse amigo e em menos de uma hora de negociação o Voyage era meu. Após umas correrias para levantar todo o dinheiro finalmente o Voyage estava em minhas mãos. Ainda acredito que eu não escolhi o carro, foi o carro que me escolheu, como se estivesse pedindo por socorro.
Alegria que não sei como mensurar, afinal tinha conseguido comprar o meu primeiro carro preparado.
Peguei o carro às três da tarde e rodei muito, curtindo todas as novas sensações para quem nunca tinha estado ao comando de um turbo. Aqueles primeiros momentos foram épicos e seguidos de frios na barriga e sustos. Seja com torque sempre acompanhado da patada que te faz colar no banco ou com os freios originais e que confesso que fiquei com muito medo. A diversão foi tanta que em poucas horas queimei um tanque inteiro de álcool. Sonho realizado.
Com um carro preparado nas mãos, tive a oportunidade de andar em trackdays. Mas… nem tudo são flores. O carro era divertido, mas como muitos VW “quadrados” turbo, o antigo proprietário só turbinou o motor e não mexeu em mais nada. Os freios eram aterrorizantes. Além disso, o carro estava muito manolizado, algo que não me agrada. Eu queria me divertir e ter um carro bacana, mas teria que gastar uma boa grana para isso. Tarde demais: já estava fortemente apegado ao carro. A solução? Bem… o jeito é gastar uma boa grana e começar a salvar o carro. Mas isso é um assunto para o próximo post. Até lá!
Por Helder Rueda, Project Cars #202