FlatOut!
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Project Cars Project Cars #301

Project Cars #301: novas rodas e acerto de suspensão para meu Renault Clio “RS”

Olá olá, pessoal! Mais uma vez obrigado pelos comentários positivos (e negativos), digo que todos ajudam muito no desenvolvimento do Project Cars. Se você perdeu, passe rapidamente pela parte 1 e parte 2 antes de continuar.

Na segunda parte fui criticado pelo relaxo na pintura de canetinha… tudo num projeto único se faz em ciclos, com problemas recorrentes e mais erros que acertos. Então segurem a ansiedade que a terceira parte está chegando e resolvendo isso. Então vamos logo de cara dar…

Adeus ao para-choque de canetinha

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O parachoque de canetinha foi montado só pro encontro nacional que não ocorreu. Depois disso tirei ele do carro, e levei ao funileiro.

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Repeti a mesma ideia do ensaio anterior com o capacete que fez sucesso.

 

Troca da “praca” de bandido “cronada”

A minha placa parecia ter saído da segunda guerra mundial. Isso pode ter sido resultado de uma batida anterior (a mesma que fez o carro perder os faróis de milha) Para-choque novo e placa velha e torta não dava. Então uma nova era essencial.

 

Momento decepção – as más vibrações

Como nem tudo são flores, há sempre aqueles momentos em que você tem vontade de jogar o Project Cars do penhasco. Conversando com uns ou outros donos de carros antigos (aqueles caras cuja única alegria é pagar pouco IPVA), sempre tem um problema que não sai nunca. Você leva em todos os lugares, troca tudo, mas aquele problema continua lá. No meu caso é a vibração! Desde o começo meu Clio tinha uma vibração chata em marcha lenta.

 

Então eu comecei pelo mais óbvio: coxins. O mais frágil deles no caso da Renault é um pequeno bracinho que segura o câmbio. Ele tem uma bucha de borracha com recortes, que quebram. Quando ele começa a deteriorar a alavanca mexe nas retomadas. Eu comprei uma peça da Scenic que é mais resistente um pouco, e como eu queria aumentar um pouco a resistência dela fiz 2 buchas de PU Shore 90A. Eu sabia que nesse coxim em específico o PU duro não causaria muita vibração. Por estranheza a vibração não diminuiu, mas também por sorte nem aumentou.

Então eu fui direto no coxim hidráulico (aquele do lado direito), e realmente ele tinha sofrido uma pancada ali. A peça estava torta numa posição estranha:

Primeiro eu troquei essa peça soldada cuja face de baixo estava irregular, melhorou um pouco. Então percebi que havia um parafuso espanado ali. Fui comprar o parafuso e no momento que fui trocar, descobri que meu motor tava querendo beijar o chão, além do parafuso já ter alisado a rosca do motor:

 

Foi refeito a rosca na flange que prende o cabeçote e aquela peça num diâmetro maior. E aproveitei pra instalar o coxim de PU. Meu torneiro fez uma obra de arte, um par de buchas com furos bem dimensionados pra manter o movimento do motor e ainda colocou um anel de pressão que possibilita trocar as buchas.

Ao levar para instalar, quando tirei aquilo da caixa, o mecânico rabugento já avisou… Joga esse coxim no lixo, vai vibrar… muito… Ele se deu o trabalho de explicar o que eu já tinha visto na desmontagem: o coxim original é um pistão que fica dentro de uma câmara de óleo recebendo as vibrações, dentro da câmara tudo aquilo se atenua.

Bom, vou começar pela parte boa: Imagina que você está sentado num cais em terra firme e operando um barco na água (ou uma máquina dentro do barco) através de cabos ou varas. Agora imagina que o mar está bem revolto, possivelmente você terá uma certa dificuldade em acertar os comandos.  Quando você ancora e atraca esse barco, tudo fica mais fácil. É justamente isso que acontece quando você usa todos coxins de PU. Seu motor está na posição o tempo todo e sem sair do lugar. Como resultado as marchas ficam firmes e precisas, a embreagem fica mais precisa, o acelerador mais responsivo. São impressionantes os efeitos na dirigibilidade.

Eu quero! Calma, aí vem a parte ruim. O mecânico tinha razão! Vibra muito, a ponto dos plásticos do interior parecerem querer pular fora, o volante balançar, e você não enxergar nada nítido pelo retrovisor. Aí vem a tentação de remover todo interior e fazer um projeto racing, só que logo a vibração te incomoda mais. Resultado que eu tive que voltar o coxim original (que quem diria parecia bom) no dia seguinte, sentindo até minha caixa torácica massageada. Só que a vibração continuou. Nesse momento eu queria tacar fogo no carro… respira, no outro dia de cabeça fria vamos ver. O coxim “original” que tinha sido voltado a forma original estava pegando na carroceria, por isso a vibração.

Bom comecei a  busca de um tarugo de PU Shore 70A pra refazer as buchas do coxim (e isso não é fácil). Já que o projeto inicial tinha muita vibração, voltamos a prancheta e refizemos o projeto: a bucha de cima estava em contato com anel de pressão, um recorte na face de baixo ajudaria. Além disso quatro furos ajudariam a diminuir a resistência da bucha (e absorvendo mais ruído). Outra melhoria seria uso de arruelas de borracha (bem macias) e uma junta.

Conclusão: Depois de instalado a borracha (arruelas e juntas) não ajuda muito, devido a pressão de aperto ela se torna muito rígida pra absorção de qualquer vibração e ainda corre o risco de fazer o coxim mexer lateralmente. De fato a bucha Shore 70A (além de cara) ajuda, mas não faz milagres. A vibração é proporcional ao ganho na firmeza. O coxim hidráulico original é uma bela obra de arte da engenharia. Se quer um carro confortável usa o original hidráulico com câmara de óleo, se quer mais firme vai perder conforto.

 

Pequenas perdas de tempo

Sempre tem uma história pra contar que não faz parte do projeto. Entre elas eu ganhei (sim ganhei!) um rádio original pra eu usar com o comando satélite do volante e display original:

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Eu fiz uns testes inciais, não consegui display e quando fui testar mais… Entraram na casa dos meus pais onde tava guardado e entre as coisas que levaram foi o som. Agora um dia, quem sabe, eu compro uma interface e um som mais moderno.

Aquele suporte de motor rachado e soldado do capítulo anterior, não dava pra manter. Como eu já tinha ido atrás de uma peça extra, resolvi fazer um artesanato com ele. Uma lixa especial de escovar metais deixou ele com visual incrível. Quem sabe um dia eu instale ele, ou faça a mesma coisa na peça extra que está instalada hoje:

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Rodas de novo!

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Tá, mas porque Clio RS se até agora ele só parece um Clio Techrun!? Ok, concordo que só parachoque não tava dando o “visu” desejado. Uma alternativa seria importar quatro rodas OZ aro 15 ou 16 (vide PC #78). Acontece que há uma alternativa cujo custo tem 3 casas decimais. Por outro lado eu podia dar um jeito. A própria Renault comete algumas heresias com a própria Renault Sport. Entre estas, a Renault lançou na Colômbia o Clio Dynamique com quatro portas e rodas réplicas OZ do RS no aro 14 (parece bom o suficiente ser uma polegada menor e aproveito os meus pneus). E melhor ainda, por um breve período (ano de 2014) mesma roda no “novo Clio” nacional.

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Poucas efetivamente são encontradas nas ruas, e nenhuma a venda. Eu fui a concessionária e era difícil até fazer com que os vendedores procurassem pela roda no catálogo (quando olhavam as fotos já diziam: isso não é original). Com muita insistência o vendedor achou a roda no sistema da fábrica e eu rapidamente tomei nota da referencia da peça. No dia o preço era: 1.800,00 R$ por roda. Ou seja algo em torno de R$ 8.000 por um conjunto de quatro rodas aro 14 (código de referencia 8200778264; estou colando aqui o código pra que você mesmo possa ligar na concessionária e perguntar o preço — não é mentira). Acontece que eu ganhei na loteria! calma, eu to mentindo. Apareceu um jogo de quatro rodas dessa, assim despretensiosamente no mercado livre por 180 reais cada roda. Por muita sorte, eram rodas muito pouco usadas, e chegaram, na caixa da Renault, com nota e não eram tijolos! (muito pelo contrário o vendedor era leitor do FlatOut e já conhecia o carro)

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Manter as aro 14 é uma proposta complicada, raramente se encontra pneus maiores que 185 porém estas rodas pesam 5,4 kg cada. No contexto de performance baixo peso nas rodas é bem desejável (peso de roda é muitas vezes superior ao lastro no carro).

Agora o visual estava fechado. Meu carro virou um Clio “RS Mini” (palavras do meu amigo).

 

Suspensão buchas e acerto de pista

Apesar de trocado as molas, minha suspensão nunca recebeu um trato decente. Pelo contrário tomou bastante porrada. Por exemplo isso dava pra ver pela folga na torre dianteira:

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Em resumo, minha suspensão estava no bico do corvo (a lenda diz que Zeus amarrou Prometeus numa arvore e um corvo diariamente bicava seu fígado, o qual se regenerava mantendo sofrimento). Cansado de ser bicado volte e meia no anti pó da minha rua eu fui atrás de buchas mais firmes (afinal o objetivo maior era trackday)

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Buchas da barra estabilizadora, das bandejas e das bieletas… em PU. Mais a troca dos batentes e uma geral, além de legalizar a altura no Detran (muitas verdinhas pelo ralo)

Fiz também uma breve consulta de como eu poderia fazer um setup mais agressivo que o OEM. Acontece que a vida real não é como no playstation, o setup passar por limites e não valores exatos:

Original – Valores de (-+) a

Dianteira

Câmber: -0º15’ (-+) +0º50’

Cáster: +3º30’ (-+) +4º30’

Convergência: -3,40 (-+) +0.4

Traseira

Câmber: -1º10 (-+) -0º22

Convergência: +0,0 (-+) 6,00
Tunning:

Para dar um pouco mais de aderência o ideal era deixar um pouco mais cambado, mudar os limites da cambagem dianteira em menos 1 grau tanto limite superior quanto inferior ajudaria (sem desgastar prematuramente os pneus na rua).

Aumentar cáster no limite superior (baseado num valor copiado do RS)

Convergência dianteira de mínima menor (divergente) para tirar um pouco do subesterço.

Na traseira tirar a convergência (mais zerado possível pra deixar o carro um pouco mais traseiro na saída de curva)

Por enquanto ficamos com só isso. Vou deixar para postar os resultados (na pista) na próxima postagem. Até lá!

Por Alexandre Muller, Project Cars #301

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