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Car Culture

Qual a receita de um “esportivo de verdade”?

Faz quase 20 anos. Eu passava todos os dias pela rua de trás em direção ao ponto de ônibus que me levaria ao departamento de trânsito, onde eu trabalhava na época. No caminho, todos os dias eu espiava um Gol GT prata impecavelmente original guardado debaixo de uma garagem feita de madeira e zinco. Era 2004 ou 2005, eu já tinha a vontade de dirigir um carro velhinho por aí, afinal, eu era mais um moleque entusiasmado com "60 Segundos" e aquela primeira onda da moda retrô. O antigomobilismo não era popularizado como hoje, e ninguém chamava qualquer Fusca bem-conservado de "relíquia", nem vendiam-se colônias de Clostridium tetani fingindo que era um carro "para restaurar". Era mais fácil para um moleque de 18 anos sonhar com um clássico. Um dia minha chefe me chamou e disse que eu precisaria organizar o arquivo-morto do nosso setor. "Ok, onde fica?", perguntei. "No pátio", respondeu. Era o pátio onde ficavam os carros apreendidos em operações de fiscalização. Era uma oportunidad