Na semana passada perguntei a vocês quais eram os melhores posts destes cinco anos do FlatOut e citei meus seis posts favoritos de 2018. Normalmente faríamos uma lista com os melhores posts escolhidos por vocês, mas desta vez decidimos fazer diferente. A lista de melhores posts se tornará a base de referência para uma nova seção batizada FlatOut Revival. Como o evento inspirador de seu nome, o Goodwood Revival, a nova seção trará de volta os melhores posts da história do site revistos e atualizados com novas informações, novas fotos e novos vídeos para valorizar a experiência de leitura neste novo formato que adotamos há pouco mais de uma semana.
Quanto à lista… bem, vamos repetir a dose do ano passado, quando vimos os melhores posts publicados entre o primeiro e o último dia do ano, também tomando como base as sugestões dos leitores e incluindo uma pequena seleção dos autores. Aqui vai:
FlatOut no Brazil Classics Show em Araxá
Foram quatro dias sob sol e lua na acalorada Araxá, onde encontramos mais de 30 Ferrari, um par de Lamborghini, dezenas de Mercedes e Porsches, dois carros de Emerson Fittipaldi e conseguimos três ensaios exclusivos com um nível de que você só encontrará por aqui: o comparativo técnico entre Ferrari F40 e F50; a apresentação do Mercedes 300SL Gullwing e o Renault R8 Gordini da Equipe Willys que foi usado por Emerson Fittipaldi em sua primeira vitória como profissional.
FlatOut no trânsito
Tema recorrente desde os primeiros dias do FlatOut, neste ano também tivemos uma série de posts dedicados à discussão da segurança no trânsito. Falamos sobre a inexistência de uma relação clara entre a velocidade e as mortes nas Marginais de São Paulo, explicamos como a má conservação das estradas influencia os acidentes fatais no Brasil, questionamos os critérios do novo programa nacional de redução de acidentes, que mais parece um pretexto para multar do que providenciar segurança, explicamos a relação entre subdesenvolvimento, corrupção e (in)segurança viária, derrubamos o mito de que colisão com moto é atropelamento e, por fim, explicamos como se reduz a velocidade do trânsito sem a necessidade de radares.
Os postos de combustíveis estilosos
Sabem aquele papo de que os carros de hoje são sem-graça? Pois nós achamos que os postos de combustíveis estão ficando sem graça. E quando paramos para pensar a respeito, acabamos com um post que se tornou uma ode aos postos de combustíveis, esses lugares indispensáveis para curtir a vida na estrada, sempre nos esperando com água gelada, banheiros e um pouco de sombra para esticar as pernas.
Rosemeyer vs Caracciola
Quando a Koenigsegg atingiu 447 km/h em uma estrada de Nevada, nos EUA, em novembro do ano passado, eles não quebraram apenas o recorde de velocidade máxima, mas também o recorde de velocidade em via pública de Rudolf Caracciola, que já durava 80 anos e foi o auge da amistosa rivalidade entre este piloto da Mercedes e Bernd Rosemeyer da Auto Union. A história foi contada neste post.
Lasanhas sem Fronteiras
A série poderia ser inspirada na Copa do Mundo, mas simplesmente surgiu quando começamos a pensar em como são os carros e o mercado em países sem indústria automobilística nem tradição no automobilismo. Começamos com a história do primeiro caro desenvolvido no Irã, passamos pela história dos carros poloneses, depois falamos do israelense Sabra, dos exóticos Hurtan da Espanha, do mexicano Vühl 05, do curioso “Lotus português” chamado Adamastor, e dos malaios da Proton.
Quando a Copa chegou, alguns países nos inspiraram: primeiro a anfitriã Rússia, cuja indústria vai muito além dos famosos Lada. Depois, com Croácia e Sérvia se destacando, conhecemos o carro criado na antiga Iugoslávia, o Yugo. E quando o Brasil cruzou com a Bélgica, chegou a hora de conhecer a indústria belga, bem mais modesta que a de seus vizinhos europeus.
Penso, logo dirijo
Cultura automobilística não é só carros, notícias, história e preparação. Também envolve um pouco de filosofia sobre rodas, divagações, pensamentos e reflexões sobre temas que envolvem carros e seus temas relacionados. Por exemplo: os crossovers modernos estão fugindo do design convencional dos carros e, com isso, adotando conjuntos ópticos diferentes daqueles aos quais estamos acostumados. Será uma mudança na cara dos carros? Falando neles, certo dia paramos para pensar no contrassenso que os SUVs representam apesar de todo o sucesso atual desses carros.
Também voltamos a falar sobre o absurdo que é a guerra contra os carros nas cidades e sobre o dilema do bonde dos carros autônomos, que terão que escolher que vidas salvar e quais vidas sacrificar se um dia se tornarem um padrão.
Em outra, que foi feita no fim de 2017, porém após a nossa lista de melhores do ano, está essa reflexão sobre o “over-restoration”, ou seja, quando os carros antigos são restaurados de forma tão perfeita e exagerada que criam uma visão irreal sobre o carro, uma imagem que ele nunca teve nem mesmo quando novo.
Enciclopédia Flatouter
Neste ano também seguimos nossa missão de contar o maior número possível de histórias interessantes ou importantes, explicar conceitos e sanar dúvidas dos entusiastas. Tivemos, por exemplo, nossa homenagem ao herói americano Dan Gurney, que se destacou dentro e fora das pistas, sendo um dos três pilotos de F1 que venceram corridas com um carro desenvolvido por eles próprios.
Contamos a impressionante história do piloto de testes da Bugatti que bateu um Veyron a 400 km/h em Nardò, dos irmãos da Alemanha Oriental que construíram um Porsche com peças legítimas contrabandeadas com ajuda da própria fabricante, e dos argentinos que dominaram Nürburgring com carros argentinos.
Explicamos a origem do capacete, que foi criado por um médico cansado de receber pilotos com traumas no crânio, e também procuramos entender por que tantos motociclistas se acidentam no Brasil.
Conhecemos a história do Renault R8 usado por Emerson Fittipaldi em sua primeira vitória como profissional, vimos um emocionado Nelson Piquet despido de filtros contando sua história em uma escola de Brasília como um velho sábio e bem-vivido, e conhecemos a origem e os 35 anos do Tema da Vitória.
Descobrimos que não foi Steve McQueen quem falou sobre corrida ser vida e o resto ser espera, e também explicamos a diferença entre os motores V8 Cleveland e Windsor da Ford.
Técnica
Como não poderia faltar, tivemos uma série de explicações técnicas sobre os mais diversos sistemas e áreas dos carros. Falamos, por exemplo, sobre a racionalidade das asas traseiras em carros de tração dianteira, explicamos como calcular a altura do centro de gravidade do seu carro e a diferença entre turbo e turbina.
Também explicamos como funciona o modo drift dos esportivos mais recentes, a diferença entre afterfire e backfire (e pra que eles servem), sobre a ignição por micro-ondas e como a Porsche inverteu a lógica dos coletores de admissão.
Avaliações
Avaliamos 12 modelos ao longo de 2018. Começando pelo Audi RS3 Sedan em Interlagos, passando pelo Jaguar E-Pace, pelo Mustang GT no Velo Città, pelo novo Civic Si, pelo Porsche Cayman GT4 preparado em Interlagos, pelo Jaguar F-Type 2.0 turbo…
… pelo novo Porsche 911 GTS com o motor 3.0 turbo, pelo novo Citroën C4 Cactus, pelo novo Jetta 250 TSI, Honda HR-V 1.5 turbo, Jeep Compass Limited turbodiesel e, finalmente, encerrando com o Golf GTI na estrada dos romeiros.
Flatout 56
Neste ano estreamos o FlatOut56, produzido em parceria com o camarada Marcos Rozen do MIAU, o Museu da Imprensa Automotiva, que traz materiais inéditos e curiosidades até então desconhecidas. Todos os episódios têm uma qualidade de informação excelente, mas o que eu e o Juliano consideramos mais interessante é aquele vídeo no qual Rozen fala sobre os carros que a GM planejou, mas não lançou.
FlatOut Driving Academy
No post da pergunta eu escolhi meus dois vídeos favoritos do FlatOut Midnight. Desta vez, o vídeo foi escolhido pelo Juliano por ter sido o mais técnico até agora e por ter abordado um tema que é bem pouco conhecido e explorado: a dinâmica dos pneus.
FlatOut Midnight
Com mais de 30 episódios, achamos que seria injusto escolher somente alguns. Seria como dar preferência a um projeto e deixar os outros de lado. Mas… houve um projeto em especial que conseguiu ao mesmo tempo mostrar como um carro pode ter um significado maior para o entusiasta e também passou uma mensagem importante — e que provavelmente é uma unanimidade entre os leitores e participantes do Midnight: a história da Elba rosa do Ignacio.