Bom dia, FlatOuters! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa seleção das principais notícias do Brasil e de todo o mundo. Assim você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!
O Zero a 300 é matéria aberta, trazida para vocês pelo patrocínio dos assinantes do FlatOut. Ainda não é assinante? Considere fazer a assinatura de um dos planos abaixo. Além de ajudar a manter os serviços gratuitos como este e nosso canal no YouTube, você recebe um enorme conteúdo diário diferenciado, vídeos exclusivos, participa de eventos e muito mais. É a chave para participar de um clube de amigos sensacional.
Rodas Center-Lock para BMW M custam uma fortuna
O Catálogo de Peças da BMW M existe para dar oportunidade aos clientes da marca obterem peças de preparação certificadas pela fábrica; também é óbvio que existe para a BMW abocanhar alguma fatia do imenso mercado de preparação dos BMW.
Um dos itens que mais chama atenção são as rodas center-lock, lançadas em 2023, mas agora disponíveis também nos EUA. A roda de parafuso central, segundo a BMW, “enfatizam o caráter orientado para alto desempenho dos veículos equipados com elas”. As rodas apareceram pela primeira vez no BMW 3.0 CSL, apresentado por ocasião do 50º aniversário da BMW M e vendido em uma edição limitada de 50 unidades.
As rodas têm um desenho bonito de 10 raios em torno da tal porca central; são pintadas de preto fosco. São compatíveis com os modelos G80, G82, G83 e G87 (o cupê e conversível M3, M4 e o M2). As rodas não montam nos cubos de roda originais de cinco furos, claro: tem que ser alterado também estes componentes.
O preço então é de espantar. Os modelos de 19/20 polegadas têm um preço sugerido nos EUA de US$ 6.696,07 (R$ 38.897). O kit de cubos de roda para elas custa US$ 11.037,90 (R$ 64.115) para modelos de tração traseira e integral. O que significa que se gasta pelo menos US$ 17.733 (R$ 103.012) para ter as center-lock, nos EUA.
Mas tem mais! Você precisa também de ferramentas especiais. A chave para o parafuso central, da Würth, custa US$ 567 (R$ 3.293), por exemplo. Some isso à graxa especial Sythes Glep 1, um soquete de roda extra centerlock e um torquímetro especial, e a BMW diz que o total do kit deve ser em torno de US$ 19.995,23 (R$ 116.152). Barrabás!
E o que se ganha com essas rodas? Bom, centre-locks são sempre mais leves, embora a BMW não especifique quanto; os entusiastas da marca dizem que a redução de peso é ao redor dos 4 kg por roda. Existe menos massa afastada do centro da roda também, o que é sempre bom. O principal ganho do sistema na verdade é de competição: permite pit-stops mais rápidos.
A BMW diz que “As rodas Centrelock foram desenvolvidas para o automobilismo, onde permitem trocas de rodas particularmente rápidas e, consequentemente, pit stops curtos. Em vez dos cinco parafusos usuais, cada roda é fixada ao cubo da roda com apenas um parafuso central. Uma conexão extremamente sólida é garantida durante a instalação das travas centrais aplicando um torque de 930 Nm. Essa tecnologia não apenas torna o DNA puro da pista de corrida tangível durante as trocas de rodas, mas também reduz as massas rotativas e otimiza a aparência exclusiva por meio de um design distinto na área do cubo.”
A realidade, porém, nos diz que em um carro de mais de 1,5 tonelada, pouca diferença será notada no uso nas ruas. São ganhos efetivos, sim, mas muito pequenos para dar alguma diferença fora do ambiente supercompetitivo das corridas. Mesmo a diferença de 4 kg por roda: existem rodas forjadas aftermarket de 5 furos com ganhos parecidos, muito mais baratas. Mas não são chiques como um jogo de center-locks originais BMW né?
Como peças de fibra de carbono em um Chevette, não é sobre custo-benefício: é sobre quanto você ama seu carro, o quanto deseja melhorá-lo, e o quanto você deseja externar este amor para quem sabe quanto custa isso. No fim, caro ou barato, é só dinheiro, afinal de contas. A pergunta é só se você pode, ou não. (MAO)
O carro mais caro do mundo, no trânsito
E falando em muito dinheiro, a boa notícia de hoje é que o carro mais caro da história da humanidade, pelo menos, não está trancado em uma garagem ar-condicionada, sequestrado do mundo real para sempre. Não, seu novo dono, quem quer que seja o felizardo, está usando-o. Sim, no mundo normal, no meio de vans de entrega e carros que valem mil reais num dia bom e com o tanque cheio.
O carro em questão é o Mercedes-Benz 300 SLR Uhlenhaut coupe, que foi leiloado pelo museu da marca dois anos atrás por nada menos que US$ 143 milhões, ou R$ 830 milhões. Sim, quase um bilhão de reais, rodando por aí.
Tá, o “por aí” é uma vizinhança diferente: o principado de Mônaco, o chique tax-heaven na Riviera francesa que é o preferido de dez entre dez dos maiores bilionários da terra. Não se sabe exatamente quem agora é dono do carro mais caro do mundo, além de ser “um colecionador bem conhecido da indústria automotiva do Reino Unido”. No entanto, a ousadia de realmente dirigir uma máquina tão absurdamente cara por aí é admirável. O carro poderia facilmente ter sido escondido em alguma coleção particular, para nunca ser visto pelo público.
Rudorlf Uhlenhaut, seu antigo “dono”, certamente aprovaria. Como já contamos aqui, o carro era seu transporte pessoal, e apesar de ser único, propelido por um motor de oito cilindros em linha de fórmula 1 e tão barulhento quanto uma explosão termonuclear, era usado sem dó quando novo. A história conta que sua secretária podia literalmente ouvi-lo chegando ao escritório a quilômetros de distância, o som daquele oito em linha desmodrômico anunciando sua chegada iminente.
Também há histórias sobre a velocidade desse trajeto, já que o 300SLR era provavelmente o carro de rua mais rápido de sua época, capaz de atingir uma velocidade máxima de 300 km/h, em 1955. Dizem que Uhlenhaut completou pelo menos uma vez a viagem de 220 km entre Munique e Stuttgart em uma hora. Parece que seu destino agora é desfilar lentamente por Monaco; mas é melhor que nada. (MAO)
Propaganda nas telas dos carros?
Imagine que você está no trânsito, e quando o carro para completamente, uma mensagem aparece na tela central de infotainment. Você olha imediatamente imaginando algo importante: algo errado com o carro, com seu telefone, ou mesmo um aviso de furacão ou nevasca iminente, se você mora num país de primeiro mundo. Mas para sua surpresa, não: é mais um dos malditos pop-ups, aquelas propagandas indesejáveis que aparecem na navegação online.
Bom, isso não é ficção: é o que a Jeep silenciosamente introduziu em seus carros nos EUA. Um proprietário recentemente compartilhou sua experiência frustrante sobre um anúncio pop-up que invade implacavelmente a tela de infoentretenimento, sem a possibilidade de desligá-lo, toda vez que seu carro para. Bem-vindo ao futuro, onde seu carro tenta te vender algo enquanto você está preso em um sinal vermelho.
Segundo o site Carscoops, o frustrado dono de Jeep foi ao Reddit para compartilhar sua batalha contínua com o anúncio pop-up incessante no sistema de infoentretenimento UConnect. Aparentemente, toda vez que você para o carro, a tela o cumprimenta com uma mensagem que diz: “Compre Tranquilidade”. Aparentemente, a ideia de tranquilidade da Jeep envolve os Planos Premium FlexCare Extended Care, o programa de garantia que substituiu a Mopar Vehicle Protection no ano passado.
Diz: “Os planos Premium FlexCare Extended Care são apoiados pela fábrica e oferecem a você Tranquilidade em caso de avaria mecânica. Pressione o botão Ligar para falar com um especialista. O odômetro deve ter menos de 36.000 milhas para comprar.”
Assim como os anúncios pop-up na internet, você tem três opções para se livrar dele: chamar um “especialista”, pressionar OK ou apertar o pequeno botão X no canto superior direito. No entanto, no caso deste proprietário, pressionar OK não fez com que ele desaparecesse. O anúncio simplesmente continuou voltando.
A Stellantis, contatada pelo Carscoops, diz que é um problema isolado; era para aparecer uma vez só, e por algum motivo, não para no carro em questão. Mas sim: o negócio existe. E não vejo como as empresas modernas não estejam, neste momento, literalmente babando e com cifrões nos olhos ao imaginar as possibilidades… (MAO)
Porsche desiste, por enquanto, do futuro 100% elétrico
A Porsche, como muitas outras neste momento, está reavaliando o seu futuro planejado. Como todo mundo, reavalia se não apostou demais em elétricos, em detrimento dos carros à combustão interna. O problema agora é que reverter curso não será barato.
Em 6 de fevereiro, a empresa compartilhou alguns números financeiros preliminares para as expectativas no próximo ano. Reverter o curso de volta para a combustão deve fazer com que as margens de lucro caiam para entre 10 e 12 por cento, de acordo com a Porsche. A empresa está prevendo uma receita de vendas de US$ 40 a US$ 41 bilhões.
No ano passado, a Porsche anunciou que continuaria a produção do V-8 para o Cayenne e o Panamera além de 2030. O diretor financeiro Lutz Meschke disse à Automotive News Europe que a empresa estava analisando mais a fundo a criação de versões híbridas ou de combustão completa de veículos originalmente programados para serem apenas elétricos. A previsão financeira da Porsche para 2025 reforça essa declaração.
A notícia chega em meio às dificuldades para preparar a próxima geração do 718 antes de seu lançamento planejado para o final deste ano. O novo carro esportivo será um elétrico. Mas parece que agora, planos estão em andamento para uma versão com motor à combustão. O novo Cayenne EV também está supostamente atrasado, lançando dúvidas sobre sua estreia planejada para 2026. Quanto ao veículo mais vendido da Porsche, o novo Macan EV também pode ganhar uma versão movida a combustão mais cedo ou mais tarde. Os planos de uma Porsche 100% elétrica parecem, pelo menos por enquanto, cancelados. (MAO)