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Zero a 300

Um Lamborghini Diablo restomod, um Aston de R$ 110.000, uma concessionária Saab abandonada e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

Eccentrica: o Lamborghini Diablo que virou um restomod

Sinta-se velho: o Lamborghini Diablo já está sendo usado como base para projetos restomod — o que faz sentido, considerando que o mais novo deles já tem 21 anos e o mais antigo passou dos 30 faz tempo. Além disso, apesar de ser um carro moderno, ele ainda é um Lamborghini à moda antiga, com muito ainda feito de forma artesanal, sem o aspecto refinado que todos os Lamborghini têm desde a aquisição da marca pelo grupo Volkswagen.

Isso só traz ainda mais sentido quando se pensa em um Diablo como base para um restomod, e conhecendo os detalhes do Eccentrica, fica claro que a decisão foi acertada. O projeto foi bancado por Emanuel Colombini, um magnata do ramo moveleiro e piloto da Super Trofeo Lamborghini. Ele é o fundador da Eccentrica, e o idealizador deste projeto que visa modernizar 19 exemplares do Diablo.

A inspiração para o Eccentrica foi o Diablo GTR e praticamente todos os paineis da carroceria foram modificados para torná-lo mais suave, mais funcional ou mais leve que o original. Um exemplo é a grade dianteira, que no Diablo original era meramente estética, mas agora tem função aerodinâmica. O Diablo da Eccentrica também recebeu materiais modernos como fibra de carbono e titânio como forma de otimizar a resistência à torção sem acrescentar muito peso.

Um outro detalhe bacana foi a solução para os faróis escamoteáveis: nestes tempos em que a legislação rege até como vamos acertar os pedestres em caso de atropelamento, os faróis escamoteáveis tipo “pop-up” (que se levantam a partir da carroceria) foram proibidos. Por isso, a Eccentrica optou por inverter os faróis: em vez de se levantarem, há uma capa que se recolhe ao acionar os faróis, em um sistema semelhante ao usado pelos Miura brasileiros nos anos 1980. O carro ainda teve os balanços encurtados e ganhou novas rodas e liga leve de 19 polegadas, também inspiradas pela versão de pista.

Por dentro, mais inspiração nas pistas: o revestimento dos bancos e portas é de couro com Alcantara, embora todos os plásticos tenham sido substituídos por materiais mais refinados. A coluna de direção, por exemplo, é feita de fibra de carbono, enquanto o volante e os displays digitais foram modernizados e o sistema de áudio foi fornecido pela Marantz.

Sob o capô, o Diablo Eccentrica manteve o V12 de 5,7 litros, porém com novas válvulas e comandos para produzir 550 cv e 61 kgfm. Com essa nova potência e mudanças sutis no peso e na distribuição de peso do Diablo, ele agora pode acelerar de zero a 100 km/h em 3,5 segundos e chegar aos 335 km/h. Para contrariar esse ímpeto, freios Brembo com pinças de seis pistões na dianteira e discos frisados, além dos pneus Pirelli P Zero Trofeo R, ajudam o Diablo Eccentrica a frear com 20% mais eficiência que o Diablo original.

O preço é aquela velha história: se tem que perguntar, não pode pagar. Mas pode sonhar, não é mesmo? Como cada exemplar será personalizado, não há um preço fixo, embora a Eccentrica mencione que cada um dos 19 carros levará entre 16 e 18 meses para ficar pronto, e que os preços partem de US$ 1.300.000 — sem contar o carro, que você precisa comprar separadamente.

 

Concessionária Saab abandonada é reencontrada com mais de 20 carros guardados na França

É difícil resistir a um achado como este: uma concessionária abandonada é redescoberta pelos “aventureiros urbanos” e, dentro da instalação, há vários carros esquecidos, abandonados do jeito que estavam quando alguém apagou a luz.

É como um tesouro perdido do mundo real, mas também uma oportunidade para fantasiar: como foi que isso aconteceu? O que eu faria se achasse uma dessa? Como será que é ter um carro destes? Concessionárias são lugares vivos, lugares onde as pessoas entram e saem felizes, porque os carros são conquistas pessoais, são bens de família, são ferramentas de vida. Ver um lugar desse abandonado automaticamente nos faz refletir sobre tudo isso, a imaginar as histórias que aconteceram ali e como aquilo foi quando tudo ainda estava ativo.

Esta concessionária foi explorada pelos exploradores urbanos do canal Forgotten Buildings no YouTube. Eles entraram em uma concessionária Saab francesa que está abandonada há quase 10 anos e, apesar de estar próxima a uma rodovia, e ter três carros no showroom, guardava um pequeno tesouro escondido por ali.

Os carros que estavam expostos eram um 9-5 e dois 9-3, um deles com documentos que indicam uma quilometragem próxima dos 95.000 km. Como estavam expostos e visíveis a partir de uma rodovia próxima, os carros do showroom tiveram peças roubadas e foram vandalizados. Contudo havia uma pequena surpresa na área da oficina: cerca de 20 modelos da Saab e de marcas francesas como Renault e Peugeot estavam ali, agrupados e abandonados.

O motivo de a concessionária estar fechada e abandonada não foi esclarecido no vídeo, mas o canal menciona que a loja teve um destino parecido com o da Saab: apesar de ter continuado como concessionária após o fim da marca em 2011, um dos sócios da empresa morreu e, seu irmão, que tinha a outra metade da sociedade, desistiu de manter o negócio ativo.

 

Um Aston Martin por US$ 22.000

Faça as contas: o dólar está valendo pouco menos de R$ 5, então estamos falando de um Aston Martin de R$ 110.000. Sabem quando foi a última vez que eu vi isso? Em 2004. E era justamente um DB6, que estava anunciado na internet por R$ 140.000.

Agora, o número me chamou a atenção, não porque está “barato”, mas por que se trata de um modelo em escala 1:8. Com esse preço ele só pode ser coisa da Amalgam Collection. Trata-se de uma edição especial do Aston Martin DB5 Vantage, que pode ser comprada em duas configurações: Bespoke ou Limited Edition — a primeira custa US$ 28.600, enquanto a outra custa US$ 22.000; a diferença é que a Bespoke é feita de acordo com as especificações do cliente.

A parte mais legal dessa coleção é que a própria Aston Martin participou do processo de desenvolvimento, fornecendo seus arquivos de imagens, documentos, especificações de materiais e códigos de pintura, para que as miniaturas fossem feitas da forma mais fiel possível.

Cada unidade leva 500 horas para ser construída e tem pouco mais de 57 cm de comprimento (o carro original tem 4,57 metros.

 

Lamborghini de Le Mans chega em Goodwood

A Lamborghini finalmente irá revelar seu LMh que irá disputar o Mundial de Endurance (WEC) em 2024. A fabricante italiana divulgou nesta última quinta-feira (06) um teaser com a frente do carro e o nome da equipe parceira nesta empretada, a Iron Lynx, juntamente do comunicado que fala sobre a estreia do carro no Festival of Speed de Goodwood, na próxima quinta-feira, 13 de julho.

O que sabemos até agora é que a Squadra Corse irá disputar o campeonato em parceria com a Iron Lynx e que o carro terá um powertrain híbrido baseado em um V8 biturbo. Como a potência é limitada pelo regulamento, ele terá apenas 680 cv. Também sabemos que ele deverá pesar perto dos 1.030 kg pois este é o peso máximo imposto pelo regulamento. Um dos pilotos será o franco-suíço Romain Grosjean.

Com a chegada da Lamborghini para a temporada de 2024, a próxima edição das 24 Horas de Le Mans terá nada menos que oito fabricantes disputando a LMh — as outras são  Alpine, BMW, Ferrari, Porsche, Toyota, Peugeot, Cadillac e Acura.