FlatOut!
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Project Cars Project Cars #55

Um Maverick de R/C para fazer companhia ao Mini Power!

Fala galera do FlatOut! No último post contei minha história com o meu Mini Power, como foi todo o processo de compra, as primeiras aventuras e ideias do projeto. Bom, depois de algumas alterações, boa parte do projeto já está definido: troca de peças, melhorias no desempenho, troca da bolha de corrida, enfim, é como em um automóvel de verdade. O processo não termina nunca – troca uma peça aqui, outra ali, mais uma, mais outra…

Anteriormente tinha falado da quebra do suporte de suspensão. Pretendia instalar um suporte de fibra de carbono, mas como ainda não o achei e não queria ficar parado, comprei um de plástico mesmo. Depois de instalá-lo, descobri alguns novos problemas no carrinho.

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Eis o novo suporte de suspensão montado

Primeiro, no dia em que quebrei o suporte de suspensão, acabei danificando também a engrenagem da primeira marcha. Sinceramente, não sei o que aconteceu. O interessante é que não é a primeira vez: já havia trocado esta mesma engrenagem, mas depois de um tempo, ela começou a fazer um barulho estranho – lá estava a engrenagem toda comida e lisa novamente, quase sem dentes.

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Prestem atenção nas imagens, os dentes da engrenagens estão praticamente lisos…

Suspensão arrumada, engrenagem trocada, cheguei na pista para testar as novas peças. Na hora de ligar o pequeno, aqueci a vela (estes carrinhos não usam bateria – é preciso esquentar a vela manualmente com um aquecedor, para aí sim dar ignição, sem isso, sem brincadeira) e quando puxei o recoil para ligar, ele não ligou. Tentei duas vezes, três, quatro, dez, vinte, cinquenta vezes e nada. Abri o carburador para entrar mais combustível, e mexe aqui, mexe ali e nada. E daí o terceiro problema surgiu.

O recoil estourou no meio destas muitas tentativas. Para quem não sabe, o recoil é a cordinha que puxamos para ligar o motor, como naqueles antigos motores de barco que vemos nos desenhos do pica-pau. Imagina a raiva. Para piorar, tentei usar um auto starter do pessoal que estava no parque, mas não só o mecanismo deu pau como a engrenagem da primeira marcha do meu carrinho foi para o saco outra vez! Que fase…

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Depois de tantos problemas, era hora de desmontar e começar a arrumar

Bom, com todos estes problemas, restou parar o carro novamente e ir atrás de peças e consertos. O grande problema é que depois deste supercombo de zicas um desânimo bateu no coração. Estava quase decidido a desistir do projeto e vender o pequeno. Cheguei até a comprar um outro RC – por muito pouco não foi uma troca –, um Tamiya TA05, elétrico, com bolha de Ford Maverick.

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Antes que me perguntem, a escolha por um RC elétrico nada tem a ver com eu ser um eco-chato e por estar realmente preocupado com a emissão de poluentes, mas sim com o fato de os elétricos terem uma manutenção mais fácil e menos trabalhosa. Mas rapidamente percebi que não teria graça escolher apenas o lado mais fácil. Minha namorada me apoiou bastante e não deixou eu vender o meu Kyosho a combustão – e ainda me apoiou na compra do outro.

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Eis o “Mavecão” elétrico!

Agora com peças novas, era hora de trocá-las e botar a criança a combustão para andar. Desmontei metade do pequeno, troquei a engrenagem da primeira marcha, recoil novo, curva do escapamento e escapamento, depois de tudo isso era só ligar e andar com o carrinho. Ou não.

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Depois de trocar as peças, hoje ele está assim

Cheguei na pista, preparei o equipamento, abasteci o carro, conectei o acendedor de vela e na hora da partida… nada de novo. A frustração bateu mais uma vez e não tinha mais ideia do que fazer. Parei, respirei um pouco e descobri que na última desmontagem havia fechado todo o carburador e a entrada do fluxo de combustível para o motor. Ora, desse jeito não havia carro que ligasse! O problema é que estes dois componentes operam por parafusos altamente sensíveis e precisam ser ajustados com muita precisão. Perdi um dia ajustando e ainda não consegui andar, algo que só consegui fazer na tentativa seguinte.

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Os tais parafusos de regulagem: um deles é este marcado em vermelho, e outro fica mais escondido, embaixo do filtro de ar

No segundo dia estava mais perto do ideal. Passei metade do tempo tentando fazer o pequeno funcionar – até que consegui, finalmente! Dei umas três voltas na pista e depois fui checar o estado geral do carrinho. Parei o RC e fui medir a temperatura do motor: 130°C, algo extremamente preocupante, pois o ideal deste modelo é não passar dos 110°C. Deixei o motor esfriando e fui testar o Tamiya elétrico: logo de cara percebi que ele precisaria de muitas modificações.

Ainda não dei um nome a ele, caso alguém tenha alguma ideia, será bem vinda. Quando voltei ao Kyosho Mini Power, vejo outro sinal alarmante, a engrenagem da primeira marcha estava começando a estragar. Por sorte parei na hora certa, mas não posso dizer o mesmo da engrenagem da segunda marcha: esta foi embora, não há mais como andar enquanto não trocá-la. Se não fizer isso, posso dizer adeus à engrenagem da primeira também, além de correr o risco de quebrar o motor.

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Estão vendo as engrenagens perto do caninho azul!? Ali ficam a primeira e segunda marcha, notem que a segunda, está praticamente lisa em relação a primeira

O Kyosho Mini Power está novamente parado. Agora vou deixá-lo em algum lugar especializado para ver se o motor está com algum problema, pois está realmente anormal as engrenagens ficarem desgastadas desta maneira sem motivo aparente. Também quero conferir a regulagem do motor, que não está permitindo que eu ligue o carrinho e consiga andar bastante. De tantas tentativas, fiquei sem ideias do que pode ser.

Com isso tudo em mente, os próximos passos do projeto serão estes: antes de mais nada, a troca das engrenagens de marcha; e vou experimentar usar uma relação mais longa, com um dente a menos, o que me dará mais velocidade final. Vou comprar também pneus de espuma, que dão maior aderência ao carro. Também irei trocar a bolha de corrida por uma mais nova e com mais respiros para o motor – ou ainda, se achar uma  bonita o bastante, vou usá-la para exposição e usar a de Porsche para correr. Os últimos passos do projeto serão a troca do chassi por um de fibra de carbono e quem sabe a troca do motor por um de off-road…

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Eis o estado atual da bolha de corrida: já está bem castigada

Em paralelo à evolução do Mini Power, vou contar a evolução do Tamiya elétrico nos mesmos posts. Com este já vou começar arrebentando, trocando primeiro o motor e escapamento para conseguir mais velocidade. Na próxima postagem prometo fotos melhores! Até mais galera.

 

Por Maycon Tavares, Project Cars #55

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