FlatOut!
Image default
Car Culture

Um romance improvável: o dia em que comprei um Citroën Berlingo

Todos nós desejamos o que não podemos ter. O que é impossível de obter, de chegar perto, de experimentar, é sempre mais doce do que o que temos na mão. Muito do desejo e do respeito que se gasta com carros caros e especiais vem muito disso, sem dúvida. O simples fato de que um Corvette custa uma fração do preço de um Ferrari de mesmo desempenho já é, em si, um dos motivos que fazem a reverencia ao Chevrolet ser sempre menor. O que é raro, caro e inatingível sempre será melhor em nossos olhos. Um pouco pelo mistério, pelo simples fato de que até ver um Ferrari é raro, quanto mais andar em um. Um pouco por autoafirmação: se eu conseguir ter algo que ninguém tem, serei obviamente alguém especial. Outro tanto, por simples idealização: aquela modelo na capa da revista é obviamente linda e desejável, e o simples fato de que nunca vamos conviver com ela faz esta imagem ficar permanente; qualquer falha grave que eventualmente exista em sua personalidade permanecerá oculta. Trabalh