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Suzuki Jimny XL recebe versão especial na Austrália
Todo mundo adora o Suzuki Jimny, basicamente uma versão jipe do Mazda Miata: leve, pequeno e relativamente barato, se o seu barato é o mato. A versão duas portas que temos aqui já é bem legal, mas na Ásia e Oceania, recebeu em 2023 uma versão ainda mais legal: uma perua 4 portas de entre-eixos estendido, um verdadeiro Mercedes G-wagen, se o Geländewagen tivesse uma versão microcarro japonês Kei.
Na Austrália, é chamado de Jimny XL, como se as duas letras que tradicionalmente significam “Extra Large” coubessem em algo tão pequeno sem provocar risadas. Agora a Suzuki naquele país fez com ele o que já tinha feito no passado com o duas-portas: uma edição especial Heritage.
Basicamente é uma versão com gráficos retrô apenas, mas que caem muito bem no carrinho. Os australianos podem escolher entre as cores Azul Pérola Negra, Verde Selva, Cinza Granito, Branco e Marfim. Este último é combinado com um teto preto.
Além dos adesivos decorativos, o Jimny retrô recebe mud-flaps dianteiros e traseiros na cor vermelha. É um kit decorativo bem simples, mas caiu em cheio no gosto dos fãs do carrinho: a série especial do carro de duas portas, 300 carros, vendeu todinha em dois dias. Desta vez são 500 carros; vai de novo vender bem, ainda mais por custar apenas 1500 dólares australianos a mais que o carro normal, que custa a partir de 36.490 dólares australianos.
Este Jimny XL Heritage vem com todos os equipamentos opcionais: tela sensível ao toque de nove polegadas, câmera traseira, Apple CarPlay e Android Auto sem fio, cruise control, controle de descida HDC, faróis automáticos de LED e sensores de estacionamento traseiros.
De resto é o mesmo carro: quatro em linha a gasolina de 1,5 litro aspirado, caixa manual de cinco marchas, tração nas quatro rodas part-time. Caixa automática é opcional, e o motor dá 101 cv e 13,3 mkgf. Parece pouco, mas no mato, pode acompanhar jipes três ou quatro vezes mais potentes sem problema; meio como um Miata né? (MAO)
Picape BYD Shark chega no México
A tão esperada picape BYD Shark (Tchu-tchururu) está sendo lançada no México, escala importante na viagem para o Brasil. Com isso, podemos conhecer mais alguns detalhes da nova picape na incrivelmente disputada categoria das S10/Hilux/Ranger/Rampage/Titano/L200/Frontier.
No México, a BYD Shark (Tchu-tchururu) será vendida em duas versões: GL e GS. Os preços são equivalentes a R$ 274.250 e R$ 295.526 para as versões de entrada e topo. O lançamento no Brasil será entre setembro e outubro.
A picape é ligeiramente maior que a média da categoria, medindo 5.457 mm num entre-eixos de 3.260 mm. A caçamba tem capacidade de carga de 835 kg, e tem volume útil de 1.450 litros. Tem chassi separado como a maioria das picapes desta categoria (a exceção é a Ram). Ainda não foram revelados todos os detalhes técnicos, mas deve vir com um motor 1,5 litros turbo e dois motores elétricos (um em cada eixo), em esquema híbrido plug-in, e pelo menos 430 cv. Também promete consumo de “até 65 km/l”.
A BYD mexicana diz que acelera de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos e a autonomia é de 840 km pelo ciclo de testes NEDC. Usando somente a carga da bateria, poderá rodar por 100 km. Como é normal em chineses, a BYD Shark (Tchu-tchururu) vem com bastante tecnologia e telas: painel de instrumentos digital de 10,25 polegadas, central multimídia de 12,8 polegadas, câmera 360°, visão 180° sob o veículo, carregador wireless para smartphones, head-up display de 12 polegadas, seis airbags, controle de cruzeiro adaptativo, frenagem automática de emergência, assistente de permanência em faixa e tudo mais.
Promete então desempenho de Ford Raptor com consumo de carro pequeno; ainda que lançando mão de eletricidade para isso. Deve causar rebuliço no popular agromercado picapístico. (MAO)
Raro Lamborghini 350 GT à venda no Brasil
O Lamborghini 350 GT é o primeiro carro da marca, depois do natimorto protótipo 350 GTV. A startup de Santa Agata Bolognese vinha com engenheiros jovens que seriam famosíssimos no futuro, como Giampaolo Dallara, e um motor V12 DOHC de 3,5 litros bravíssimo desenhado por Giotto Bizzarrini. A Ferrari, então, usava na maioria das vezes o V12 Colombo, com 3 litros e SOHC. O novo e mais sofisticado Lamborghini 350 GT provocou tanto o aparecimento do 275 GTB quanto do 365 GTB/4 Daytona. De cara, a nova empresa desbancou a Ferrari com seu primeiro carro, feito um BYD Shark (tchutchururu).
A Lamborghini era uma empresa pequena e artesanal então: apenas 120 carros seriam fabricados de 1964 a 1966. O carro era exótico e incrível, uma especificação que até hoje dá água na boca: carroceria de alumínio da Touring de Milão, V12 DOHC também de alumínio com 3.464 cm³ (77 × 62 mm), seis Webers duplos, 284 cv a 6.500 rpm e 33 mkgf a 4500 rpm. O câmbio era manual de cinco marchas, raro em 1964, e o carro pesava 1450 kg.
São raros em todo lugar do mundo, mas aqui no Brasil, ainda mais. O que faz este carro, que apareceu à venda em um site nacional, algo realmente de cair um queixo. Não é apenas um 350 GT do primeiro ano, é aparentemente um sobrevivente, que de acordo com o vendedor, está há 40 anos em cavaletes!
Parece estar inteiro e com todas as peças, apesar de ter sofrido com o tempo guardado, principalmente na pintura e aparência externa. Mas o anúncio diz que o motor “está virando”, e que o carro tem rodas de cubo rápido Borrani com os pneus originais Pirelli CN36 (que precisam obviamente ser trocados então), volante Nardi original e “rádio valvulado”.
O mais louco é que nas fotos aparece um Aston Martin DB4 em cavaletes atrás dele, e um Maserati 3200 GT amarelo do lado! O vendedor diz no anúncio que vendeu a casa e mudou para Portugal, então precisa vender o carro. Está obviamente motivado, dizendo que “estuda ofertas e trocas”, mas o preço pedido não é baixo: 5 milhões de reais, ou 1 milhão de dólares mais ou menos. Lá fora um restaurado vale metade disso, aproximadamente, mas não conhecemos um deles por aqui.
De qualquer forma é algo que nos faz imaginar as possibilidades. Eu apenas o colocaria para rodar, colocando pneus novos e consertando apenas o que mecanicamente não está funcionando, e deixaria o resto como está. O que não será fácil nem barato mesmo assim, mas que certamente valerá a pena: é um carro realmente sensacional, que merece voltar para as ruas e ser usado. (MAO)
O novo Corvette Yenko C8
A dinastia Yenko acaba de ganhar mais um integrante construído pela Specialty Vehicle Engineering: o novo Corvette Yenko/SC 2024, agora equipado com uma derivação de nada menos que 1.000 cv do V8 de 6,2 litros LT2. Ou melhor, do que sobrou dele, pois a receita é extensa.
Do LT2 original saíram os turbos, os pistões, o comando de válvulas, o coletor de admissão e os cabeçotes. Somente bielas, bloco e cárter foram mantidos. Todo o resto foi substituído, até mesmo os cabeçotes, que foram substituídos por outros mais reforçados e com dutos de alto fluxo. O sistema de alimentação de combustível também foi modificado, e a ECU refeita do zero para que o LT2 chegasse aos 1.000 cv com segurança, afinal, a SVE dá uma boa garantia do pacote. A transmissão de oito marchas também foi modificada para lidar com a força extra.
Esteticamente ele recebe o tratamento clássico dos Yenko, com o logotipo sYc no encosto de cabeça e nos tapetes, e as faixas no capô e nas laterais traseiras, também com o logotipo sYc e o letreiro Yenko/SC. As rodas também são próprias da SVE, com três opções de desenho, mas sempre de 19 polegadas na dianteira e 20 na traseira. O pacote é completado pelas pinças de freio vermelhas e saídas de escape prateadas ou pretas.
Serão feitas apenas 10 unidades do Corvette Yenko SC em 2024, mas é possível que a SVE aumente a produção para 50 unidades em 2025. O pacote custa US$ 99.995 além do carro — ou seja: você precisa comprar o Corvette separadamente. Pode ser qualquer carroceria e qualquer cor disponível no catálogo da GM. A única limitação são as cores dos gráficos, que têm “apenas” 10 opções e uma variação de fibra de carbono. (Leo Contesini)