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De zero a 350 km/h em seis segundos: esta Chevrolet S-10 é o “carro de rua” mais rápido do mundo

Desde 2005 a revista Hot Rod organiza o Drag Week que, de lá para cá, se tornou um dos maiores eventos de arrancada do mundo.  Ccomo o nome diz, o evento dura uma semana e passa por diversas dragstrips pelos EUA. O mais legal é que os carros competidores vão rodando de pista em pista, o que torna obrigatória a condição “street legal” — ou seja, legalizados para as rodas.

Das nove edições disputadas até hoje cinco foram vencidas por um homem chamado Larry Larson. Agora, ele acaba de se tornar o dono do “carro de rua” mais rápido do mundo: uma Chevrolet S-10 com motor V8 de 620 pol³ biturbo, capaz de chegar aos 352 km/h em pouco mais de seis segundos. Caramba!

Larry Larson tem uma condição: seus carros de arrancada têm que ser feitos de metal. Com a S-10 não foi diferente, e os componentes de metal que puderam ser mantidos, foram: cabine (incluindo as portas) e laterais da caçamba. O resto foi modificado ou fabricado do zero — e tudo foi colocado sobre uma estrutura tubular de cromo-molibdênio — mesmo material usado nos karts profissionais.

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Obviamente o principal atrativo desta picape — que é conhecida como “Reason #8”, “Doomsday Machine” ou “Doorslammer” é o motor: trata-se de um V8 Big Block Chevy da Brodix, feito todo de alumínio, com deslocamento de 620 pol³ — ou 10,1 litros. Sim, mais de DEZ LITROS. Se você tem boa memória, vai lembrar que a Brodix foi quem fez o motor daquele Bentley Continental de mais de 3.000 cv.

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Obviamente o motor é sobrealimentado — tarefa que fica por conta do par de turbocompressores Precision Turbo Gen 2 Pro Mod. A potência da picape não foi revelada — ainda —, mas acreditamos que fique entre 3.000 e 3.500 cv. Mas você não vai ficar pensando em números quando vê-la em ação:

Cara, o que foi isso? Vamos dizer o que foi: a S-10 cumpriu o quarto-de-milha em 6,16 segundos a 352 km/h, tornando-se o carro legalizado para as ruas mais rápido do planeta. Isso mesmo — legalizado para as ruas. Por esta razão o carro tem portas, um para-brisa de vidro (original da picape), faróis e lanternas, além de adotar dois sistemas de alimentação: um para a dragstrip, que usa etanol, e um para as ruas, que usa gasolina. Gerenciando tudo está um módulo de controle (ECU) Fueltech FT500.

Na hora de correr, o tanque, a bomba e o filtro de combustível usados pelo sistema de alimentação a gasolina, que ficam na caçamba, são retirados — bem como o radiador de alumínio, e o escapamento lateral. As portas de metal são trocadas por peças de fibra de carbono — tudo em nome da redução de peso.

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Agora, imaginamos que mesmo com dois sistemas de alimentação e um documento que diz que esta picape pode rodar nas ruas, imaginamos que dificilmente isto poderia ser feito de forma prática. Afinal, pronto para competir ou não, o motor continua sendo um V8 de 10,1 litros, e a picape continua sendo um bólido de arrancada — não deve fazer curvas muito bem e provavelmente não é muito confortável ou mesmo confiável.

Mas, de qualquer forma, não é o máximo saber que, em tese, esta S-10 pode ir rodando para a pista de arrancada, virar o quarto-de-milha em seis segundos e voltar rodando para casa? Mesmo que isto nunca aconteça, este é um daqueles casos em que só saber que é possível já nos basta.

[ Fotos: Hot Rod Magazine, BangShift / Sugestão do leitor Claudio Fernando ]