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Técnica

Esticando o cobertor da mecânica: a taxa de compressão variável

Nos últimos 30 anos praticamente todas as fabricantes tentaram contornar uma característica básica dos motores de combustão interna que acaba limitando sua eficiência: a taxa de compressão. Como você bem sabe a esta altura, a taxa de compressão é a quantidade de vezes que o volume dentro do cilindro foi comprimido. Por exemplo: um motor quatro-cilindros 1.0 com taxa 10:1 tem cilindros de 250 cm³ que, em seu ponto morto superior, comprimem a mistura a um volume de 25 cm³ — ou seja: um décimo do seu volume. O problema é que a compressão aumenta a temperatura da mistura ar-combustível e, dependendo da proporção dessa mistura e do combustível usado, ela pode se inflamar antes da ignição. O nome disso é detonação, e por causa dela os fabricantes precisam desenvolver os motores com taxas de compressão relativamente conservadoras e mapas de injeção/ignição programados para proteger o motor, abrindo mão da máxima eficiência. Os motores turbo conseguem contornar parcialmente