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Zero a 300

Ferrari anuncia V12 mais potente que o da 812 Competizione, novos Civic Type-R e Si só terão câmbio manual, Lamborghini anuncia novos híbridos e elétricos e mais

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco!

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Ferrari anuncia V12 ainda mais potente que o da 812 Competizione

Mal nos recuperamos da 812 Competizione e seu V12 de 830 cv, e a Ferrari já decidiu elevar a barra. A fabricante de Maranello anunciou que fará um V12 ainda mais potente.

O motor da 812 Competizione já é o mais potente feito pela Ferrari – tem uma vantagem de 30 cv sobre o motor da Superfast, e é mais potente até que o motor da LaFerrari, que também tinha 800 cv sem a ajuda dos motores elétricos.

A Ferrari foi bastante lacônica na hora confirmar a notícia aos britânicos da Autocar: Michael Leiters, o chefe de desenvolvimento técnico, disse apenas que seus engenheiros “já estão trabalhando nisso”, referindo-se a uma versão mais potente do V12. Ele também disse que o motor será usado em outro carro, e não em uma versão de pista da 812. “Nem pensamos nessa possibilidade”, brincou.

Embora até exista a possibilidade de Leiters ter dito isso apenas para despistar, há outras opções: o motor poderá ser utilizado em um novo hipercarro híbrido – o sucessor da LaFerrari, que até já foi flagrado usando um exemplar da própria como mula; no novo SUV Purosangue, que deve levar ainda um tempo para chegar e certamente se beneficiaria de um motor aspirado com mais de 800 cv (seria um belo diferencial, não?); ou mesmo para um projeto especial surpresa, que não seria algo inédito.

De todo modo, dá certo alívio falar em um motor V12 aspirado com mais de 800 cv em pleno 2021 – e, se há uma fabricante que tem todos os motivos para tentar prolongar a vida desse tipo de propulsor, essa fabricante é a Ferrari. (Dalmo Hernandes)

 

Novos Honda Civic Si e Type-R só terão câmbio manual

 

Já estamos quase habituados ao novo Honda Civic, apresentado recentemente – ele ficou mais discreto, mas a inspiração no Honda Accord é bem vinda e o interior adotou um estilo bem mais atual. Agora, nada mais natural que questionar: e os esportivos? Civic Si e Civic Type-R: como eles serão?

Ainda é cedo para afirmar mas, se a Honda seguir a mesma lógica das versões comuns, a motorização não teve sofrer alterações radicais. O Civic Si pode continuar com seu 1.5 turbo de 208 cv, e o Type-R não tem motivos para não seguir com seu motor 2.0 turbo que, a essa altura, entrega saudáveis 320 cv.

O que a fabricante chegou a dizer, porém, é animador: as duas versões continuarão usando apenas câmbio manual, sem planos para adoção de câmbio automático, de dupla embreagem, ou CVT.

Sim, os melhores automáticos e automatizados garantem trocas mais rápidas e podem ajudar a baixar tempos de volta ou em arrancadas. Mas a proposta de um cupê ou hatchback esportivo de tração dianteira, que possa ser usado tanto no dia-a-dia quanto nas escapulidas de fim de semana, nos soa melhor com três pedais e alavanca de câmbio em H. Não teríamos nada contra a possibilidade de escolha – na verdade, em um mundo ideal a Honda ofereceria um bom DCT no Si ou no Type-R junto da opção pelo câmbio manual. Mas, pelo visto, isso não está nos planos. Tudo bem, também.

Provavelmente isso não é a Honda sendo boazinha para agradar aos entusiastas, mas sim uma questão de conveniência: o câmbio manual oferecido no Type-R faz um belo trabalho, afinal de contas, e já está pronto. Só precisa de uma recalibragem. E provavelmente o custo de adaptar um câmbio de dupla embreagem no Civic não faz sentido para a fabricante.

O que mais incomoda é falarmos do Civic de uma maneira distante – por ora a Honda não se pronunciou sobre a chegada da 11ª geração ao Brasil, e o futuro do modelo por aqui ainda não está selado. Aguardemos. (Dalmo Hernandes)

 

Lamborghini anuncia híbridos e elétricos para os próximos anos

Já faz cinco longos anos que a Lamborghini se meteu com a eletrificação de seus carros pela primeira vez. Foi no Salão de Paris de 2014, quando eles apresentaram o interessantíssimo Asterion, que abandonou a forma de cunha para reviver o estilo dos clássicos Urraco, Jalpa/Silhouette e acrescentou três motores elétricos combinados ao V10 central-traseiro. O batismo foi apropriado: Asterion é o nome da criatura que conhecemos poularmente como minotauro, um homem transformado em touro e preso em um labirinto na cidade de Creta.

Na mesma época, enquanto Ferrari, Porsche e Aston migravam sem cerimônias para os motores sobrealimentados, o CEO da Lamborghini, Stephan Winkelmann disse que a Lamborghini manteria vivos os motores aspirados, mas a futura eletrificação seria inevitável para atingir os níveis de emissões exigidos pelas leis ambientais. Pois bem, o futuro chegou e o momento dos Lamborghini híbridos começará a partir do próximo ano.

Ah sim, eu lembro do Sián FKP 37, lançado em 2019, mas aquele era um hipercarro de produção limitadíssima (apenas 63 unidades foram planejadas). Desta vez estamos falando de milhares de híbridos saindo dos portões de Sant’Agata Bolognese na forma do Urus, dos sucessores do Huracán e do Aventador e de um futuro veículo elétrico que já tem uma silhueta revelada por baixo de uma capa negra e parece muito um sedã como o já antigo Estoque.

O SUV é uma escolha evidente para iniciar a hibridização da marca. É o modelo menos purista e mais voltado ao público disposto a experimentar as novidades — afinal, trata-se de um SUV da Lamborghini. Tanto ele quanto os sucessores do Huracán e do Aventador serão híbridos do tipo plug-in. Winkelmann disse que o Sián foi uma boa prova da receptividade do público por um híbrido, porém era um híbrido leve, incapaz de atender as futuras regras de emissões. Por isso, os carros usarão o arranjo básico dos híbridos do momento: motores elétricos para o eixo motriz dianteiro, e um motor a combustão auxiliado por um motor leve elétrico para o eixo traseiro.

No caso do Urus, o motor continua sendo o V8 biturbo de 4 litros compartilhado com as demais marcas do grupo Volkswagen. Já o sucessor do Aventador terá o V12 aspirado italiano combinado aos motores elétricos, como no Sián, porém com maior capacidade dos sistemas elétricos. O sucessor do Huracán, contudo, é uma incógnita. O V10 é compartilhado com o Audi R8 e esse compartilhamento viabiliza ambos os esportivos. O super-Audi, contudo, não tem um futuro muito promissor — ao menos até agora. A imprensa europeia menciona que ele será substituído por um modelo elétrico de três motores, possivelmente derivado da arquitetura do Porsche Taycan, que já usa powertrain com a marca e-tron da Audi. Logo, é difícil cravar que o pós-Huracán terá um V10 combinado aos motores elétricos.

A Lamborghini pretende ter toda a sua gama eletrificada em 2024, o que irá reduzir as emissões em 50% em comparação com a linha atual de modelos. É um avanço e tanto e que deve garantir os motores a combustão nos esportivos da marca por mais uma década. (Leo Contesini)

 

SUV da Smart será resposta da Mercedes ao Mini Countryman

Hoje não parece, mas a Smart foi uma das apostas mais ousadas feitas por um grande fabricante em toda a história do automóvel. Desenvolver e lançar, no fim dos anos 1990, uma marca de veículos subcompactos urbanos em parceria com uma marca de relógios (lembra disso? O primeiro smart tinha a grife Swatch) e, embora tenha despejado mais de 1,5 milhão de exemplares nas ruas de todo mundo, é considerado um fracasso do ponto de vista financeiro.

Foi isso o que levou a Daimler AG a formar parcerias com a Mitsubishi (para o ForFour), com a Renault (para os atuais ForTwo e ForFour) e, mais recentemente, com os chineses da Geely. Agora, tudo indica que eles pretendem fazer o negócio do jeito certo, abandonando o segmento dos microcarros para fazer algo parecido com o que a BMW sabiamente fez com a Mini: uma submarca de carros compactos, algo que eles não poderiam lançar com a marca BMW e Mercedes.

Por isso, o primeiro modelo desenvolvido pela joint-venture com a Geely será um mini-SUV com as armas apontadas para o Mini Countryman, que deverá ganhar uma versão 100% elétrica entre 2022 e 2023. O novo Smart será baseado na arquitetura SEA (Sustainable Experience Architecture), que é usada pela Geely no SUV de entrada da Lynk&Co e será adotada no futuro SUV de entrada da Volvo, que será posicionado abaixo do XC40.

Esta arquitetura é capaz de suportar configurações de dois e três motores, além de acomodar baterias para mais de 690 km segundo o otimista ciclo chinês NEDC, porém o Smart SUV não terá toda essa capacidade de carga e deverá ficar na casa dos 300 km — mais que o dobro do atual EQ ForTwo. (Leo Contesini)

 

Porsche restaura 924 de rali usado por Walter Röhrl

Embora o nome de Walter Röhrl seja frequentemente associado à Audi – o que é natural, já que ele foi um dos que conquistaram títulos com o icônico Audi Quattro –, a Porsche também tem uma história longa com o piloto alemão.

Em 1981, exatos 40 anos atrás, Röhrl disputou o Campeonato Alemão de Rali com o Porsche 924. Ele não foi o campeão, mas mas sua participação foi marcante o bastante para que a Porsche decidisse presenteá-lo com o carro usado na competição, totalmente restaurado para ficar exatamente igual ao que era há 40 anos.

Usando como base um dos nove protótipos que a Porsche fez do 924 GTS, o carro é movido por um motor Volkswagen EA831, 2.0 turbo que desenvolvia algo entre 250 cv e 280 cv, dependendo do acerto – dentro dos limites do Grupo 4. Para disputar ralis, o Porsche recebeu um body kit mais largo, protetores para o cárter e o câmbio, o distribuidor do Porsche 928 e, claro, passou por todo o processo de alívio de peso e reforços estruturais que um bom automóvel de competição precisa ter.

A Porsche convocou sua divisão de competições em Weissach para a tarefa de restaurar o carro. Lá, o 924 recebeu de volta a pintura em preto e dourado, cores do conhaque Monnet, que patrocinava a equipe; e toda a mecânica foi refeita. Componentes originais da época que pudessem ser recuperados foram mantidos, como as pinças de freio, a carcaça do intercooler e os turbos KKK da época. A embreagem é nova, assim como os pneus Pirelli de medidas 255/55/15 que têm exatamente o mesmo desenho dos originais.

Com esse carro, Walter Röhrl venceu quatro etapas do Campeonato Alemão de Rali de 1981 e ficou em segundo lugar na classificação geral. Agora, ele ganhou o carro de presente em seu aniversário de 74 anos. “Foi uma surpresa gigantesca”, disse o ex-piloto. “Saí daquele carro há 40 anos e nunca mais o vi desde então. Para mim, [vê-lo de novo] uma viagem no tempo. Me senti 40 anos mais jovem imediatamente.” (Dalmo Hernandes)

 

Renault 4 elétrico tem visual revelado em imagens de registro

A Renault anunciou no início do ano que, em sua nova investida nos carros elétricos, irá trazer de volta alguns modelos icônicos do passado – o Renault 4 e o Renault 5, ícones entre os carros pequenos franceses, que agora serão movidos a bateria.

O conceito do Renault 5 já foi revelado há alguns meses, e parece razoavelmente próximo da versão final. No caso do Renault 4, agora também sabemos como ele será: imagens de registro foram publicadas pela revista holandesa Autovisie, e mostram que o novo R4 será um SUV compacto com visual que remete ao clássico.

Isso fica claro na silhueta – o Renault 4 original tinha teto e a característica inclinação “negativa” nas colunas “C”, que foi reproduzida com fidelidade no carro retratado nas imagens. As janelas, porém, deram lugar a entradas de ar. Na dianteira também há uma reinterpretação da grade original, com os faróis redondos embutidos nas extremidades. Quem não conhece o Renault 4, porém, pode não enxergar essa conexão com o passado.

Embora ainda não existam informações técnicas, é bem provável que elas surjam em breve – da mesma forma que aconteceu com o R5, que foi apresentado como conceito e confirmado para 2023, o Renault 4 deve ter a versão preliminar apresentada ainda neste ano e chegar pouco depois.