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Mercedes-AMG GT Black Series oficialmente revelado com 730 cv
Ele finalmente está entre nós: o Mercedes-AMG GT Black Series enfim foi revelado oficialmente depois de anos de teasers, flagras, mistérios e declarações enigmáticas. Como esperado, ele é o melhor e mais potente AMG já produzido em série (se considerarmos que o AMG One ainda não está em produção), e mira diretamente no Porsche 911 GT2 RS, apesar de ter uma abordagem completamente diferente.
É por isso que ele tem uma versão inédita do V8 M178, com virabrequim plano e fluxo do cabeçote invertido, com os escapes na parte interna do V, e admissão na parte externa, visando otimizar as respostas dos turbos — que também são roletados e maiores que nos GT R de 585 cv. O resultado é o V8 mais potente da história da Mercedes, com 730 cv entre 6.700 e 6.900 rpm e 81,4 kgfm entre 2.000 e 6.000 rpm, que trabalha com o câmbio AMG Speedshift de sete marchas e embreagem múltipla para levá-lo do zero aos 100 km/h em 3,2 segundos e do zero aos 200 km/h em menos de 9 segundos. A velocidade máxima é de 325 km/h.
São números mais baixos que os do Porsche 911 GT2 RS — que vai aos 100 km/h em 2,8 segundos e chega aos 345 km/h. Aparentemente a desvantagem está na aerodinâmica e nos pneus mais largos do AMG (335/30 vs 325/30 do Porsche), gerando mais arrasto aerodinâmico (asa/spoilers) e de atrito (pneus), além do próprio layout do carro, que tem o motor central-dianteiro e câmbio traseiro, e acerto de suspensão.
O pacote aerodinâmico do AMG é composto por um enorme e queixudo splitter frontal ajustável, com posição de rua e de pista, respiros nas caixas de roda dianteiras, aletas no para-choques dianteiro e nas laterais, difusor de fibra de carbono e asa traseira com spoiler integrado para otimização da downforce. Infelizmente a Mercedes foi econômica nos detalhes técnicos e não mencionou a intensidade da força produzida pelo conjunto.
Outra economia de dados da Mercedes se refere à redução de peso. Além de exemplificar quase nada do que foi reduzido, a Mercedes também não revelou o peso total do carro — o que nos leva a crer que ele ficou mais pesado que o esperado. O que sabemos é que os painéis das portas são mais leves que os originais, mas não se fala nada sobre fibra de carbono, como nos primeiros Black Series. O revestimento interno usa microfibra, os bancos têm concha de carbono, os vidros são todos mais finos que os do GT R (incluindo o para-brisa), as rodas usam liga super leve forjada e o tubo de torque (que conecta o câmbio ao motor) é feito de fibra de carbono.
Ainda hoje teremos um post exclusivo sobre o novo AMG Black Series, com todos os detalhes que você quer e precisa saber, além de uma retrospectiva de seus antecessores. Fique ligado! (Leo Contesini)
Jeep apresenta Wrangler híbrido
Em meio ao alvoroço causado pelo novo Ford Bronco, a Jeep revelou uma nova versão para o Wrangler em um vídeo no Instagram: o Jeep Wrangler 4xe.
O vídeo mostra o Jeep acelerando em uma estrada de chão batido sem ronco de motor, e ressalta seu funcionamento silencioso no modo totalmente elétrico.
Embora o vídeo não deixe isto explícito, é fácil deduzir que se trata da versão de produção do Wrangler 4xe, um Rubicon híbrido plug-in apresentado na edição CES, a Consumer Electronics Show, realizada em Las Vegas em janeiro – um dos poucos eventos deste ano que escaparam da pandemia.
A Jeep não mencionou detalhes sobre o conjunto, mas é mais provável que um quatro-cilindros turbo seja o motor escolhido para ser a metade a combustão. No caso do Renegade e do Compass híbridos, o motor é o 1.3 turbo, e a potência combinada com o motor elétrico chega aos 240 cv.
Também não se fala em datas. Tudo o que a Jeep colocou na publicação foi um “coming soon”. O que, hoje em dia, pode significar qualquer coisa – de “daqui a algumas semanas” a “no primeiro semestre do ano que vem”. Mas não deve demorar mais, especialmente com o Ford Bronco sob os holofotes. O Bronco, aliás, certamente já foi concebido pensando na viabilidade de um powertrain híbrido em um futuro não muito distante. (Dalmo Hernandes)
Lotus lança novo painel digital com datalogger para Elise e Exige V6
Moda nos anos 80 e 90, os quadros de instrumento digitais se proliferaram nos últimos anos. Eles já estão começando a sair dos carros de luxo e aparecer em carros mais acessíveis – e estão melhores e mais tecnológicos do que nunca.
A Lotus decidiu entrar nesta também, e de uma forma bem interessante: oferecendo um painel digital plug and play para a dupla Elise e Exige com motor V6 fabricados de 2008 em diante.
O cluster é projetado para caber perfeitamente na moldura do painel e funcionar logo de cara. E, uma vez instalado, ele se torna um gadget bem interessante para quem leva seu Lotus a track days.
O painel tem informações de mais de 4.000 circuitos espalhados pelo mundo e possui um datalogger operado por GPS que pode armazenar e exibir tempos de volta e outros indicadores de performance do carro (e do piloto) na pista. O sistema tem conexão com a Internet e, graças ao navegador, pode até mesmo detectar quando o carro está perto de um autódromo e acionar os sistemas de telemetria automaticamente.
Quando instalado por uma autorizada Lotus, o painel tem dois anos de garantia. Ele pode ser encomendado diretamente com a Lotus no Reino Unido e enviado para os países onde o Elise e o Exige são vendidos oficialmente – o que não significa que será impossível trazer um para o Brasil daqui a algum tempo. O preço é de £1.470, ou o equivalente a cerca de R$ 9.930 na cotação atual. (Dalmo Hernandes)
Porsche 935 de fibra de carbono vai correr em Pikes Peak
A famosa subida de montanha de Pikes Peak, no Colorado, acontecerá mais tarde que o previsto em 2020: geralmente é em junho, mas neste ano será em agosto. E já começam a aparecer informações sobre os participantes – como este Porsche 935 com a fibra de carbono toda nua.
O Porsche 935, como você deve lembrar, é inspirado pelo carro de competição de mesmo nome – e consiste em um Porsche 992 GT2 RS modificado com um bico slantnose, para-lamas alargados e uma cauda mais longa. A modificação traz reais benefícios aerodinâmicos, reduzindo o arrasto, e também permite que se instalem pneus mais largos. O motor permanece o mesmo – não que o flat-six 3.8 biturbo de 700 cv e 76,4 kgfm precisasse de qualquer melhoria, claro.
Jeff Zwart é um dos nomes mais conhecidos da comunidade porschista – sua coleção de esportivos de Stuttgart é famosíssima e ele já subiu a montanha de Pikes Peak com um Porsche 17 vezes com 12 modelos diferentes. Ele anunciou com entusiasmo sua escolha para a edição 2020 da competição, tendo experiência prévia com o GT2 RS 997 na edição de 2011.
“Quando o Porsche 935 estreou na Rennsport Reunion de 2012, naturalmente eu já percebi que ele seria um ótimo carro para Pikes Peak – ele é biturbo e é basicamente um GT2 RS de rua. Então ele tem a mesma desenvoltura de um carro de rua, que é importante em Pikes Peak, mas também tem todo um chassi de carro de corrida.”
O evento está marcado para o próximo dia 30 de agosto. (Dalmo Hernandes)