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História

Mercury Marauder e o fim do carro americano tradicional

Eu me lembro bem da primeira vez que tive contato com um carro desse tipo. Tinha algo em torno de 10 anos de idade, e carros com motores grandes e beberrões estavam decididamente fora de moda. A gasolina era cara, o dinheiro era curto no final dos anos 1970 e o início dos 1980, e ninguém mais queria saber desse tipo de coisa. Maverick acabava em 1979, os Dodge em 1981, e por fim o Ford Galaxie/Landau em 1983. Sobrou apenas o Opala: na verdade um híbrido, um carro europeu com motores americanos “pequenos”. Eram grandes para o nosso padrão, mas nesta companhia, econômicos até; foi o que garantiu sua sobrevivência. Na minha rua em Niterói, parecia que ninguém ligava para isso; a gente andava de Passat L 1976, mas meu pai tinha um Opala cupê 1974 de seis cilindros, todo enferrujado, que usava para ir trabalhar. Um vizinho tinha um Dodge Magnum com teto solar, automático e novinho. Outro vizinho, que meu pai chamava de “Espanhol”, tinha um Maverick GT, ainda que sem credibilidade nenhuma