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Nova Fiat Strada ganha sofisticação, mais equipamentos e motor Firefly

Enfim a nova Fiat Strada foi apresentada – mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, a Fiat decidiu que não podia mais segurar a nova geração de sua best seller. E também não poderia substituí-la sem trazer melhorias substanciais à plataforma. Afinal, apesar de competente e robusta, a Strada já está por aí desde 1998. São 22 anos – e, em 18 deles, a Fiat Strada foi a picape mais vendida do Brasil.

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Com a nova Strada, a Fiat pretende manter as características que fizeram de sua antecessora um sucesso e, ao mesmo tempo, atrair novos compradores – aqueles que querem uma picape compacta não para trabalho, mas para passeio e lazer.

Isto já acontecia com a Strada antiga, mas o projeto passou por muitas adaptações ao longo dos anos e, com isto, algumas concessões eram feitas: a versão de cabine dupla só tinha quatro lugares e três portas, em uma solução alternativa para acessar o interior. O espaço para as pernas dos ocupantes traseiros era limitadíssimo, e quem sentava à frente precisava se apertar para garantir um mínimo de conforto para quem ia atrás. A Fiat demorou para acertar as proporções da carroceria – foi só na linha 2014, que ganhou uma nova caçamba com paredes mais altas, que a Strada ganhou uma silhueta mais atual e agradável.

É evidente a inspiração na Fiat Toro, especialmente na silhueta – além de aproximá-la da irmã maior, o novo perfil deu à Strada um ar mais robusto e atual, além de dar a impressão de que a picape é maior do que realmente é. Embora a Fiat tenha feito um bom trabalho em atualizar a geração anterior ao longo de mais de duas décadas, já estava mais do que na hora de dar à veterana seu merecido descanso.

Não é segredo que a nova Fiat Strada utiliza componentes de outros modelos da fabricante – as portas dianteiras e o para-brisa, por exemplo, vêm do Fiat Mobi, assim como o volante e a alavanca de câmbio. Já o quadro de instrumentos é do Fiat Uno, que também empresta a arquitetura do painel como um todo (embora os moldes plásticos sejam diferentes). A Fiat diz que, ao todo, 25% dos componentes da nova Strada são aproveitados de outros modelos da linha.

Além dos já citados, isso também inclui a suspensão dianteira, que é derivada do Fiat Argo, e o conjunto traseiro já consagrado pela Strada antiga, que utiliza um robusto eixo rígido – o sistema mais adequado à sua proposta. Não faria sentido, técnica e economicamente, mexer nesta parte.

Esteticamente a Fiat fez um bom trabalho na nova Strada. A dianteira ganhou faróis e grade exclusivos, bem desenhados e harmônicos – o desenho dos faróis é distinto do que se vê no Mobi, e a grade traz o letreiro da Fiat escrito por extenso. O charme fica por conta do pequeno emblema no canto esquerdo, com quatro barras diagonais, que proporciona uma bem vinda remissão ao logo clássico da Fiat na década de 1980.

Por dentro a ambientação é familiar, e há novos bancos com apoios laterais mais generosos (que vão abrigar airbags laterais nas versões mais caras), uma nova central multimídia e a direção com assistência elétrica em vez de hidráulica.

Foto: Motor1.com

A nova plataforma também permitiu que, enfim, a Fiat tenha dado à Strada proporções mais coerentes com os dias atuais, com um capô mais alto e mais curto, colunas “C” inclinadas e caçamba mais alta. São elas que dão à Strada ares de Toro, bem como as lanternas traseiras que são quase idênticas às da irmã maior.

O design da nova Strada conseguiu passar a impressão de um veículo consideravelmente maior. Mas as medidas contam outra história – as dimensões praticamente não mudaram. A nova Strada tem 4,48 m de comprimento (1 cm a mais que a Strada Adventure antiga), 1,73 m de largura (1 cm a menos), 1,59 m de altura (4 cm a menos, levando em conta as rodas menores e os pneus de perfil mais baixo) e 2,73 de entre-eixos. Vale frisar que, apesar do menor entre-eixos, a cabine da nova Strada tem mais espaço – especialmente para quem vai no banco traseiro (que agora leva três pessoas e conta com apoios de cabeça e cintos de três pontos para todos os ocupantes, além de suportes Isofix para cadeirinhas infantis).

A caçamba também volume considerável – 844 litros contra 680 litros da geração anterior, graças às paredes mais altas e à migração do estepe para baixo do assoalho.

É maior até mesmo que a caçamba da Toro, que tem 820 litros. Isto posto, com 1,17 m de comprimento, 1,05 de largura e 64 cm de altura, ela ainda não acomoda, por exemplo, uma motocicleta, e não é adequada para transportar objetos de maior volume. Sua capacidade de carga útil, aliás, permanece igual à da Strada antiga: 650 kg na versão de cabine dupla.

Um detalhe interessante – a proporção entre as rodas de 15 polegadas com pneus de uso misto e a carroceria não está das piores. Por conta das regulamentações de segurança em impactos, tanto para os ocupantes quanto pedestres, a distância entre o centro das rodas e o topo do capô tende a ser maior hoje em dia mas, ao menos nas versões que foram mostradas até agora, o conjunto de rodas e pneus da Strada contorna este problema estético. Resta saber como as versões mais simples lidarão com isto.

Falando em versões: serão três delas, a princípio – Endurance, Freedom e Volcano, esta última disponível apenas com cabine dupla. A Endurance será a versão mais simples, equipada com o conhecido motor Fire Evo de 1,4 litro, 88 cv a 5.750 rpm e 12,5 kgfm de torque (etanol). As outras duas serão vendidas apenas com o motor 1.3 Firefly 8v, de 109 cv a 6.250 rpm e 13,5 kgfm de torque.

Sim: conforme já era esperado, o motor de E.torQ 1.8 16v deixará de ser oferecido para dar lugar a um motor menor e consideravelmente menos potente – o 1.8 tem 132 cv e 18,9 kgfm de torque. A Fiat, porém, garante que o motor 1.3 tem funcionamento muito mais suave e que ele é bem mais econômico. Além disso, o a perda de desempenho é mínima, segundo a fabricante: o zero a 100 km/h da nova Strada com motor 1.3 é de 11,2 segundos, ou pouco mais de 1s que a Strada 1.8 antiga.

Em todas as versões o câmbio é manual de cinco marchas. Espera-se pelo câmbio automático nas versões mais caras (ou ao menos só na Volcano) em algum momento de 2021, e fala-se até na adoção de uma caixa CVT, embora isto soe contra-intuitivo para um veículo de carga. Mas faz certo sentido se considerarmos que as Strada mais caras deverão ser utilizadas mais como carro de passeio.

A princípio, o serviço pesado continuará sendo feito pela Strada antiga, que continuará sendo produzida, na versão Hard Working de cabine simples, por mais alguns meses. Depois disto, seu posto deverá ser tomado pela Strada Endurance de cabine simples – que terá para-choques sem pintura e acabamento ligeiramente mais simples, além de maior capacidade de carga: 720 kg.

Embora não exista uma previsão concreta para o início das vendas – sequer o lançamento foi feito da forma como a Fiat planejava, por conta da pandemia, o posicionamento das versões já está bem definido e os equipamentos já foram divulgados.

 

A Fiat Strada Endurance, de entrada, já virá de série com controles eletrônicos de tração e estabilidade, hill-holder, direção hidráulica, volante com ajuste de altura, computador de bordo, protetor de caçamba e ar-condicionado – um bom pacote acompanhado de visual mais simples, com rodas de aço estampado. Os opcionais serão o pacote Worker, que inclui alarme, travas e vidros elétricos, terceira luz de freio, e banco do motorista com ajuste de altura (que deverá sair por algo entre R$ 2.000 e R$ 2.500); o pacote Áudio, que inclui rádio, porta USB na dianteira e volante com comandos de som (deve custar por volta de R$ 2.500), e o pacote Tech, composto por central multimídia com tela de sete polegadas, computador de bordo com tela de 3,5 polegadas no quadro de instrumentos, duas portas USB, câmera de ré e sensor de estacionamento (deve ficar na faixa dos R$ 3.000 a R$ 3.500).

Ela deve ocupar o posto da atual Strada Hard Working, que será “rebaixada” a versão de entrada – ou seja, a Strada Endurance deverá custar por volta de R$ 65.000 na versão de cabine simples e R$ 72.000 na versão de cabine dupla (que são os preços da Hard Working).

A Strada Freedom, intermediária, trará todos os itens da versão Endurance, mais direção elétrica em vez de hidráulica, pacotes Worker e Áudio de série, porta-luvas com iluminação, sensor de pressão dos pneus, rodas de liga leve e faróis de neblina. O pacote Tech será seu único opcional.

Além disso, ela terá o motor Firefly 1.3 de 109 cv no lugar do Fire 1.4 – o que certamente colocará seu preço acima da atual Freedom.

Já a Strada Volcano não oferece opcionais – ela virá de série com todos os equipamentos citados anteriormente, mais bancos com revestimento misto de tecido e couro, capota marítima, rack de teto, daróis de LED, volante revestido em couro, santo-antônio e pneus maiores, de medidas 205/60. Levando em consideração que a atual Strada Adventure de cabine dupla parte de R$ 84.000, não é absurdo pensar que a Volcano custe pouco acima disto.