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Dodge mostra novo Charger sem camuflagem
A Dodge americana mostrou imagens do novo Charger em sua conta de Instagram. O carro aparece sem qualquer tipo de camuflagem e, segundo ela, é um carro de pré-produção, 100% elétrico.
O novo Charger é um duas-portas; você vai lembrar que embora antigamente as duas portas e uma traseira fastback eram características permanentes dos carros com este nome, na geração passada, que acabou de ser descontinuada ao fim de 2023, era um sedã. O novo Charger, além deste sedã, deve substituir também o cupê Challenger.
É um elétrico, sim, mas fotos vazadas da carroceria em produção na fábrica mostraram claramente, ano passado, um túnel de transmissão ali. Parece (embora não confirmado oficialmente pela marca) que a Dodge vai oferecer também uma versão à combustão interna; seria idiota não o fazer, nem que seja para ver até onde vai a preferência de seus clientes.
Se vier, esta versão “de verdade” usará o novo seis em linha DOHC turbo de 3 litros da Stellantis, chamado de “Hurricane” quando montado em Jeeps. Este ano, o seis em linha que é oferecido por enquanto em duas versões (420 e 540 cv) deve substituir quase todos os V8 da Stellantis: já foi confirmado nas picapes RAM por exemplo, e já está nos Jeep. A exceção é o SUV Dodge Durango, que permanece V8 por enquanto, até o fim de 2024 pelo menos.
Enquanto o Charger seis em linha não acontece, o novo Charger elétrico deve vir com o estrambolicamente nomeado “Fratzonic Chambered Exhaust” uma camicleta ainda não muito bem explicada, que foi projetada para fazer elétricos terem som de muscle-car. Deus nos ajude.
A foto de traseira do protótipo revela mais algo importante: o nome Charger Daytona permanecerá em produção; o nome está na traseira deste carro de pré-produção. O lançamento do carro deve estar próximo, e muito provavelmente, por motivos de imagem e de geração de notícia potencialmente viral (“O novo Charger é 100% elétrico”), começa só com a versão elétrica. O seis em linha, se confirmado, virá silenciosamente em seguida, percebido somente por entusiastas. (MAO)
Liberty Walk cria F40 a partir de um Autozam AZ1, e um Countach widebody.
Para os amantes dos paralamas alargados à moda japonesa, o nome “Liberty Walk” é algo importante. Denota o preparador japonês famoso justamente por isso, um dos expoentes do tunning japonês. Goste ou não, o estilo parece ornar bem com esportivos nipônicos, e por isso não é muito controverso normalmente. Mas a empresa resolveu agora causar.
No ano passado, fez uma Ferrari F40 widebody, algo que para alguns foi equivalente à grafitar a Mona Lisa, e para outros, um mash-up cultural sensacional. Fogo no parquinho das redes sociais! Agora, a empresa está fazendo isso de novo no Tokyo Auto Salon 2024: mostrou um Lamborghini Countach widebody.
Um cara pode ser perdoado em achar que o Countach original recebeu já kit widebody de fábrica quando ganhou largos Pirelli P7 no fim dos anos 1970; é uma verdade. Este Liberty Walk é um widebody ao quadrado, então.
Sim, os paralamas são ainda mais largos, e agora no estilo de parafuso aparente característico dos japoneses. Também recebe modernos canards dianteiros, saias e splitter dianteiro ainda mais baixos, e uma asa traseira ainda mais estrambólica que a original. Branco, o carro também tem aquele monte de adesivos espalhados pela carroceria que gritam “Banzai” como poucas outras coisas. A Liberty Walk ainda não revelou o preço do kit.
Como se não bastasse isso, a empresa fez outra coisa ainda mais divertida e iconoclasta: um “F40” em cima do sensacional Autozam (Mazda) AZ1. Para quem não sabe, este é um minúsculo carro esporte de motor central-traseiro e portas asa de gaivota, feito para a categoria Kei japonesa; por isso o motor era minúsculo, um tricilíndrico de apenas 657 cm³ de origem Suzuki, mas com turbo, intercooler, DOHC, 4 válvulas por cilindro e injeção eletrônica. Dava 100 cv/litro, ou 65 cv no caso.
O kit da Liberty Walk revisa a frente do AZ-1 com um painel frontal e capô que se parece muito com o F40. Há também canards nos cantos e um splitter estendido, claro. Pára-lamas alargados em ambas as extremidades alargam o stance do AZ-1, e novas soleiras acertam o visual da lateral. Liberty Walk também tem novos painéis de porta com o formato em relevo de um duto NACA, fazendo tudo de novo mais próximo do clássico italiano. O carro é também branco e cheio de adesivos, como um bom carro preparado da terra do sol nascente.
Se você já tem um AZ-1, a Liberty Walk lhe cobrará R$ 109.610 pelo kit de carroceria, no Japão. Você precisa providenciar a pintura e instalação das peças, e os quatro faróis redondos que não fazem parte do kit. Se você quer as rodas da Liberty Walk também, forjadas de 16 polegadas na frente e 17 polegadas atrás, com seis raios com acabamento em preto, a empresa cobra mais R$ 69.355 por elas. Pneus por sua conta, claro. (MAO)
Porsche Carrera GT: parados desde abril do ano passado
A controvérsia em torno do Porsche Carrera GT, parece, não tem fim. Desde que foi lançado, o carro foi amado e odiado em medidas iguais, e se mostrou um exemplo claro de que carro divertido não é apenas indesejável agora, mas proibido por ser “perigoso”. A morte de um ator famoso em um deles só piorou o imbróglio. O carro tem fama de ter reações muito rápidas em direção esportiva, o que manda às vezes o carro para fora da pista. Antigamente, algo que vinha sempre com o nome Porsche: nenhuma novidade aqui.
Mas em abril de 2023, a Porsche emitiu um recall para quase todos os Carrera GTs vendidos na América do Norte: 489 veículos. Este era outro problema: corrosão nos balljoints de suspensão que podiam causar quebra. Com esse recall veio um aviso da Porsche para não dirigir o carro, para que não acontecesse algo que pudesse causar um acidente. Nove meses depois, esse aviso ainda está vigente.
Por incrível que pareça a Porsche ainda não tem uma solução para o problema. De acordo com o Jalopnik, que contatou a Porsche para saber mais, esta solução ainda vai demorar a chegar; provavelmente julho de 2024. Um ano e dois meses após a emissão do aviso de parada.
A solução parece fácil: novos Balljoints, dã. Mas testá-los para que nunca aconteça novamente o problema não deve ser fácil: se passou nos testes da primeira vez, é algo novo, que deve ser estudado e procedimentos de teste revistos. Uma solução de recall deve ser definitiva, afinal de contas. Ou isso, ou há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia… (MAO)
Loteria para comprar WRX S4 STI Sport no Japão
Como sabemos, a Subaru japonesa lançou um tapa-buraco para o fato de que não há WRX STI para esta geração de seu famoso carro. É o WRX S4 STI Sport, que vem com um semi-bodykit de STI, mas mecanicamente é ligeiramente mais focado em direção esportiva, apenas. O kit de carroceria mais agressivo é complementado por novas rodas forjadas BBS de 19 polegadas.
Pintado em um tom de azul chamado Offshore Blue Metallic, vem também com pneus Michelin Pilot Sport 5 medindo 245/35 R19. Destaca-se com vários detalhes em preto na grade, nas capas dos espelhos laterais e no spoiler da tampa do porta-malas. Mesmo a maioria dos emblemas, juntamente com a antena do teto, são pretos.
O motor é o mesmo turbo a gasolina de 2,4 litros do WRX normal, de 271 cv, com câmbio CVT. Além das rodas e pneus, o WRX S4 STI Sport tem e barras estabilizadoras mais rígidas, junto com um novo radiador para óleo de transmissão. E é só. Uma série especial de 500 unidades, só para o Japão.
A notícia aqui, porém, é outra: é que a demanda é tanta para a volta do STI, que mesmo este tímido tapa-buraco já tem mais compradores que carros. Assim, a Subaru implementou de um sistema de loteria para decidir quem o comprará. A inscrição vai até dia 28, e em 1º de fevereiro, serão anunciados os vencedores.
Ganhou o carro? Não, ganhou o direito de pagar o equivalente à R$ 205.821 por um desses WRX especiais. Nada menos que R$ 53.616 a mais que um WRX normal no Japão. (MAO)