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Zero a 300

O novo VW Taos | O Hennessey F5-M com câmbio manual | Citroën SM de volta? e mais!

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VW mostra teaser do novo Taos

VW Taos pode ser descrito como uma maneira mais barata de se ter um Tiguan. Como já disse aqui nas páginas virtuais desta augusta publicação, pessoalmente não vejo motivo para existir o Tiguan na linha VW brasileira hoje: o Taos e o Tiguan são carros diferentes, com motores diferentes, câmbios diferentes e tal, o Tiguan sendo o maior e mais caro deles. Mas de verdade? São a mesma coisa, em utilidade, espaço interno e atrás do volante.

Tharu: a versão chinesa

Mas o mercado desses SUV-monobloco ao redor dos R$ 200 mil é importante e lucrativo aqui no Brasil, e, portanto, justificaria algum investimento no produto. Mas ainda é uma incógnita se virá; mais disso mais adiante. O fato é que a VW americana acaba de mostrar uma imagem teaser do novo Taos, que deve ser lançado “nos próximos dias” por lá.

Pelo que já é possível notar, terá faróis, capô, para-choque e grade diferente, e, diferente do esperado, não será a mesma frente nova do Tharu chinês. É justo esperar novas rodas também, mas todo resto é especulação. Provavelmente uma alteração dos comandos no interior; algo muito criticado hoje em dia na VW americana.

O renovado Taos vendido na América do Norte é produzido em Puebla, no México. O Taos para nosso mercado é produzido na Argentina. O facelift virá ao Brasil?  Na Argentina a Volkswagen recentemente congelou os investimentos previstos para renovar o SUV. E com a atual situação financeira do grupo mundialmente, parece que não é hora de retornar com eles. No Brasil, então, a estreia do facelift não tem data para acontecer. (MAO)

 

O Citroën SM está de volta. Ou quase.

Quem é leitor assíduo desta augusta publicação virtual sabe que sempre advocamos que a Stellantis deveria olhar mais um pouco para o seu passado, e criar novas versões de veículos icônicos de suas marcas. Uma delas, bem óbvia, é o Citroën SM: a empresa francesa foi dona da Maserati de 1968 a 1975, e além de fazer um futurista cupê SM baseado no DS, mas com um V6 Maserati, criou também um Maserati Quattroporte baseado nele. Agora parece que a empresa estava ouvindo: mostrou um carro-conceito chamado SM Tribute.

O futuro visto de 1970: o Citroën SM

Bom, eu suponho que pelo menos seja um começo, e uma evidência de que a marca não esqueceu dele. Mas para começo de conversa, vem não na marca Citroën, mas na sua absurda spin-off de luxo, a DS. Sendo assim é um DS SM, um nome que sinceramente não carrega a força de um Citroën. Bom, talvez esteja velho; dá para entender que a Citroën venha se dilapidando a tanto tempo que uma geração inteira não respeite o nome. Mas ainda assim, mereceria ser “levantada”, principalmente por um SM.

O conceito é um anticlímax em outros campos também. Primeiro, não diz que motor tem. O que parece brincadeira: todo motivo de se existir o SM, “Sport Maserati”, era ser um cupê Citroën DS topo de linha, mas com um exótico V6 italiano DOHC de alumínio. Sem motor Maserati, não há DS, desculpe, dona Citroën. Não, dona DS, sorry.

Depois há o desenho. Gente, tentar modernização de carro antigo é uma ideia velha e passada, e aqui, realmente não funcionou. O SM original era algo único e inimitável em estilo também, e não se pode retornar a ele. Ficou algo realmente estranho, este conceito.

A empresa não fala nada sobre suspensão hidropneumática também, mas até aí, tudo bem; é uma ideia abandonada, que não faz mais parte integrante da proposta Citroën DS infelizmente. Mas eu me pergunto: é um conceito, uma fantasia, uma ideia apenas. Por que cargas d’água a empresa não diz que ele tem um V6 Netuno moderno da Maserati com 600 cv e tração dianteira, e uma nova suspensão super-hidropneumática-com inteligência artificial?

Se é para imaginar, vamos imaginar de verdade, né? Mais uma oportunidade desperdiçada neste assunto. (MAO)

 

Hennessey Venom F5-M Roadster é o carro manual mais potente do mundo

O mundo de hoje é muito doido de verdade. O câmbio manual ainda faria sentido não só em carros esporte de baixo custo como Miata e Toyobaru, mas também em veículos familiares: ainda é o tipo de câmbio mais leve e mais barato, e ainda por cima supereficiente em consumo e emissão no uso normal. Mas por uma combinação de facilidade de certificação dos automáticos por parte dos fabricantes, e uma preguiça de trocar marcha por parte da população, está morrendo em carros baratos.

Por outro lado, em supercarros megapotentes, onde sinceramente fazem menos sentido tecnicamente, o câmbio manual está no meio de um franco renascimento. Os bilionários, que usam esses carros como brinquedos, descobriram que a brincadeira é mais divertida assim. Ou que a imagem de “entusiasta de verdade” deles fica melhor assim; tanto faz. O que importa é que quem é rico tem hoje várias opções legais de câmbio manual.

Esta é mais uma. Por incrível que pareça, a mais recente iteração do Hennessey Venom F5 Roadster vem com uma transmissão manual de seis velocidades, completa com uma grelha “de Ferrari” na base da alavanca. A Hennessey o chama de F5-M.

Colocar uma alavanca assim no meio do console pediu alterações no interior do carro, claro, e a Hennessey aproveitou para fazer saídas de ar horizontais em vez de verticais, e redesenhar os controles do ar-condicionado. O F5-M também tem novos interruptores toggle de inspiração aeronáutica para as janelas. A alavanca em si não é tão bonita e delicada como a de um Ferrari antigo, ou mesmo de um Mercedes SL “Pagoda”, mas é no tema, sem coifa guarda-pó e com grelha exposta, e é bem legal.

Todos os Venom F5s anteriores vinham equipados com um transeixo manual automatizado de embreagem única e sete velocidades produzido pela CIMA. Assim, não foi difícil de se fazer um manual: basta tirar o robô e se colocar alavanca de câmbio e pedal de embreagem.

Ainda bem, pois se fosse um DCT, dificilmente se acharia uma caixa manual que aguentasse o V8 biturbo de 6,6 litros do carro: o F5-M é agora oficialmente o carro de câmbio manual mais potente do mundo. O V8 chamado de “Fury” dá nada menos que 1.842 cv e 165 mkgf de torque! Com o novo câmbio o F5-M faz o 0-96 km/h em 3,3 segundos, e chega, pasme, aos 500 km/h, segundo seu fabricante.

Mas esta notícia é velha, se você se animou e resolveu comprar um. A Hennessey já vendeu todos os 12 F5-M Roadsters que pretende fazer, cada um com um preço que começa nos US$ 2,65 milhões (quase 15 milhões de reais), nos EUA. Barrabás. (MAO)

 

O novo Bentley Flying Spur híbrido

O motor Volkswagen W12, usado pela da Bentley, morreu, como sabemos. Em seu lugar está um novo V8 turbo, híbrido, com ainda mais potência. Essa configuração estreou no Continental GT Speed ​​2025, e agora você o encontrará sob o capô do Flying Spur 2025.

O Flying Spur 2025 é o sedã mais potente da história da Bentley. Seu novo híbrido V-8 biturbo de 4,0 litros produz 782 cv e 102 mkgf de torque, superando o W-12 anterior em todas as categorias. Leva apenas 3,3 segundos para fazer o 0-96 km/h, meio segundo na frente do carro anterior.

20 anos do Bentley Continental GT: a importância do nome

O motor elétrico, aqui mero auxílio, sozinho tem 190 cv; é mais potente do que um Bentley Continental R-Type dos anos 1950, o carro de quatro lugares mais veloz do mundo na época. Este antigo Bentley, graças a uma taxa de compressão mais elevada (7,25:1), um comando mais bravo e um sistema de escape mais eficiente, tinha 25 cv adicionais no seis em linha f-head de 4,6 litros e dois carburadores SU da Bentley. A empresa não declarava potência, mas era algo em torno de 158 cv, subindo para 172 cv nos carros da série D de 4,9 litros e taxa de compressão de 7,8:1. Se mais força é progresso, progredimos pacas.

O R-Type pesava 1650 kg; a Bentley não divulgou o peso do novo carro, mas com W12 (e sem baterias do sistema híbrido), o modelo anterior pesava 2437 kg. Se peso menor é progresso, andamos para trás. Mas vamos falar sério: em carro de luxo peso maior é vantagem, não desvantagem.

O motor elétrico permite modo silencioso 100% elétrico, com autonomia de 75 km, o que é bastante. A velocidade máxima neste modo é de 140 km/h. A autonomia total, usando também o tanque de gasolina, é de 830 km. O modo Charge usa o motor a gasolina para acionar as rodas e recuperar energia, mas você também pode conectar a um carregador de nível 2. O Flying Spur leva duas horas e 45 minutos para recarregar a uma taxa de 11 quilowatts.

O novo sistema Active Chassis da Bentley vem de fábrica no Flying Spur, combinando uma suspensão adaptável com direção nas quatro rodas, um diferencial autoblocante controlado eletronicamente e software ESC. O Flying Spur tem uma distribuição de peso de 48,3% na frente e 51,7% atrás.

O interior vê uma grande atualização tecnológica graças à arquitetura elétrica atualizada da Bentley. Há um novo painel de instrumentos digital e uma nova tela central que executa Apple CarPlay sem fio e Android Auto. Um sistema de áudio de 10 alto-falantes e 650 watts vem de fábrica, mas a maioria dos compradores certamente vai optar pelo upgrade  para um sistema superior de grife Bang & Olufsen.

O Bentley Flying Spur 2025 não teve seu preço revelado ainda, mas deve ficar em torno dos US$ 250.000 (R$ 1.407.500) nos EUA, aonde chega nas concessionárias da marca até o fim deste ano. (MAO)

 

Adrian Newey confirmado na Aston Martin… e Jeremy Clarkson já sabia faz tempo

Desde maio, quando Adrian Newey anunciou que estava fora da Red Bull, a imprensa britânica começou a especular se a saída da equipe seria sua aposentadoria ou uma página virada. Passados quatro meses, a Aston Martin respondeu esta pergunta: era uma página virada, dando início ao próximo capítulo. Adrian Newey irá liderar o desenvolvimento dos carros da equipe e, em troca, se tornará acionista da Aston. Uma belíssima troca, se me permitem dizer.

Agora… o que ninguém percebeu até o anúncio oficial é que essa mudança já havia sido revelada discretamente em junho por ninguém menos que Jeremy Clarkson. O jornalista britânico tem boa circulação no meio da alta-sociedade britânica. Já foi vizinho de David Cameron, o primeiro ministro e de Alex James, baixista da banda Blur, por exemplo. Também foi convidado para o funeral de Margareth Thatcher e um dos VIPs do último voo do Concorde. E nesse seu meio dos ricos do countryside britânico, ele ouviu dizer que Adrian Newey estava procurando casas em Oxfordshire (onde fica a Prodrive, parceira da Aston, e também onde fica Silverstone, sede da Aston Martin F1) — e não em Maranello. A graça disso tudo é que Clarkson falou isso ao vivo em junho, durante uma transmissão da Fórmula 1 para o canal holandês Viaplay.

A ida de Newey para a Aston Martin parece ser a cartada final do projeto ambicioso de Lawrence Stroll de transformar a equipe em uma vencedora de corridas — algo que parecia estar funcionando na temporada passada, quando Alonso conquistou oito pódios e terminou o campeonato em quarto lugar. Agora, com a mudança do regulamento à vista, Adrian Newey na direção técnica e Fernando Alonso no desenvolvimento do carro, parece que temos uma receita de vitórias pronta para ser colocada no forno.

A única questão que não foi respondida até agora é se Adrian Newey também irá participar do desenvolvimento dos futuros carros da Aston, uma vez que ele é responsável pelo atual Aston Martin Valkyrie e também pelo Red Bull RB17. (Leo Contesini)