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Mini Cooper JCW 2022 é lançado no Brasil por R$ 270.000
A Mini segue revelando sua linha 2022 no Brasil a conta-gotas. E eles deixaram a nossa versão favorita para o final: o Mini Cooper JCW chega agora por R$ 270.000, no conhecido regime de “pré-venda” (que nem sempre significa preços melhores no início, mas já nos acostumamos).
O Mini 2022 chega levemente reestilizado, com uma nova grade, maior e mais imponente; e também entradas de ar no para-choque dianteiro. Novas rodas e revestimentos internos também fazem parte do pacote. O que não muda, porém, é o motor. E nem deve: o 2.0 turbo de 231 cv e 32,6 kgfm continua com ótimo fôlego, levando o pocket rocket de zero a 100 km/h em 6,1 segundos, com máxima de 246 km/h. Isso com câmbio automático: a versão manual de seis marchas, que também está disponível, leva 6,3 segundos para ir de zero a 100 km/h.
O JCW também vem com suspensão adaptativa (com uma calibragem específica para as vias esburacadas brasileiras); freios Brembo com discos ventilados e pinças de quatro pistões; novo volante; e central multimídia renovada com tela de 8,8 polegadas.
O Mini John Cooper Works já pode ser encomendado nas concessionárias. E, se você está a fim de um, aconselhamos que o faça logo – esta pode ser a última geração com o motor 2.0 turbo puro, sem assistência elétrica. (Dalmo Hernandes)
Morreu Max Mosley, ex-presidente da FIA, aos 81 anos
O britânico Max Mosley, que presidiu a FIA entre 1993 e 2008, morreu nesta última segunda-feira (24) em sua casa no bairro londrino de Chelsea. Mosley tinha 81 anos e sucumbiu a um câncer diagnosticado recentemente.
Mosley envolveu-se com o automobilismo nos anos 1960, quando ganhou ingressos para uma corrida em Silverstone e se interessou pelo esporte. Ele então começou a ministrar aulas de direito após o trabalho para bancar uma carreira no automobilismo. Quando percebeu que não era competitivo o bastante, Mosley se juntou aos amigos Alan Rees, Graham Coaker e Robin Herd para fundar a equipe que levaria suas iniciais, a March.
Foi pela March que Mosley se envolveu com o lado político do automobilismo. Logo no primeiro ano da equipe-construtora, ele foi convidado a ingressar na Associação dos Construtores de Grand Prix (GPCA, na sigla em inglês), onde conheceu Bernie Ecclestone, que acabou transformando a GPCA na Associação dos Construtores de Fórmula 1, mais conhecida como FOCA.
A entidade era uma associação criada para defender os interesses comerciais das equipes independentes junto à Comissão de Desportiva Internacional da FIA (CSI), que, mais tarde, se tornaria a FISA. Ao formar a FOCA, Bernie Ecclestone convidou Max Mosley para atuar como conselheiro legal não apenas por seu notável conhecimento jurídico, mas por ver em Mosley as habilidades diplomáticas necessárias para as negociações com a FIA.
Em 1991, Mosley foi eleito presidente da FISA, derrotando Jean-Marie Balestre depois de convencer os membros da associação de que o francês interferia nas decisões para beneficiar Alain Prost, como ocorrera no GP do Japão de 1989. Em 1993, ele negociou a presidência da FIA com o próprio Balestre, que renunciou em prol de Mosley, com a condição de que o britânico o nomeasse para Presidente do Senado da FIA, um cargo criado após a posse de Mosley como presidente.
Na presidência da FIA, Mosley trabalhou para melhorar a segurança dos pilotos nas corridas, especialmente após as mortes de Ayrton Senna e Roland Ratzenberger. Os esforços de Mosley levaram à redução da velocidade em curvas, à limitação do desenvolvimento dos motores, readequação dos circuitos, crash tests mais severos para os chassis e à adoção do dispositivo de suporte para pescoço e cabeça (HANS).
Mosley foi reeleito por mais três mandatos à frente da FIA, contudo, em 2008, uma notícia do tablóide britânico “News of The World” revelou que Mosley participava de orgias sadomasoquistas com temática nazista. A reputação de Mosley foi severamente afetada por ele ser filho de Oswald Mosley, líder do partido fascista britânico nos anos entre-guerras (o mesmo personagem que aparece em Peaky Blinders), que era frequentemente associado ao nazismo. Apesar do processo movido por Mosley contra o tablóide não ter encontrado evidências da temática nazista e de ter resultado na condenação do jornal, a situação de Mosley frente à FIA se tornou insustentável e ele acabou renunciando o cargo.
Desde então, Mosley se manteve afastado do automobilismo e envolvido na batalha judicial travada contra os jornais que o expuseram, reaparecendo apenas para questionar as mudanças na F1 promovidas pelos novos organizadores da categoria, a Liberty Media. (Leo Contesini)
Nova Audi RS4 Avant pode abraçar a eletricidade
É bem difícil encontrar um entusiasta que não goste da Audi RS4 Avant – especialmente agora que ela é uma das últimas peruas esportivas com motor a combustão que se pode comprar. Atualmente ela usa a plataforma MLB da Volkswagen, e um V6 biturbo de 2,9 litros e 450 cv que são levados para as quatro rodas. Mas isso vai mudar na próxima geração.
A nova Audi RS4 Avant terá uma versão híbrida plug-in, que já foi confirmada pela Audi e usará esse mesmo motor, porém aliado a um motor elétrico para conseguir mais potência, economizar combustível e emitir menos poluentes – você sabe, o básico que se espera de um híbrido plug-in. E não é só isso: de acordo com os britânicos da Autocar, fontes ligadas à Audi afirmam que, em paralelo, a RS4 Avant terá uma versão 100% elétrica, chamada RS4 e-tron
A plataforma, pelo que descobriu a publicação, será diferente para as duas versões, embora o visual seja parecido. É bem provável que o carro utilize dois motores elétricos, um em cada eixo, para obter tração integral. A potência deve ficar na casa dos 470 cv.
É bom lembrar que estamos falando da RS4 por razões óbvias, mas a duplicidade da linha A4 valerá para todas as versões – mesmo as mais básicas terão uma opção elétrica, incluindo modelos com apenas um motor elétrico e tração dianteira.
A decisão faz parte da iniciativa da Audi para introduzir 20 modelos elétricos espalhados por sua linha até 2025. No caso do A4 e suas variantes, a ideia é intrudroduzir as versões e-tron em 2024, mantendo a produção de variantes a gasolina e diesel (que ainda são muito populares na Europa) em linha até 2030.
Nos soa como um bom plano – dar aos clientes a opção pela escolha antes de eliminar completamente a combustão, que ainda pode ter uma boa sobrevida. (Dalmo Hernandes)
Ram 2500 ganha versão especial para quem corre de cavalo
A Ram 2500 Laramie é a maior picape à venda no Brasil – um “pedacinho” dos Estados Unidos por aqui, com seus 6,03 metros de comprimento, 2 metros de largura, 3,89 m de entre-eixos e pelo menos 3.500 kg. Só quem tem CNH “C” pode conduzi-la e apreciar seu seis-em-linha Cummins de 6,7 litros com 365 cv e colossais 110 kgfm de torque.
E, agora, só quem corre de cavalo vai querer comprar sua mais nova série especial: a Ram 2500 Rodeo, confirmada à imprensa pelo diretor da Ram no Brasil, Bruno Kamei.
A Ram 2500 Rodeo é voltada aos equinocultores entusiastas do hipismo – os que criam cavalos e participam de competições com eles. Para isso, ela é preparada para rebocar trailers de até 7,8 toneladas (800 kg a mais que a Laramie) e conta com furações específicas na caçamba para engatar o implemento. Além disso, a Ram 2500 Rodeo tem rodas e grade específicas, bem como os emblemas da versão.
Segundo o executivo, serão vendidas 100 unidades da Ram 2500 Rodeo no Brasil. O colunista Rodrigo Mora, do Uol, apurou que ela custará por volta de R$ 450.000 – pouco mais de R$ 50.000 acima dos R$ 398.000 que a Laramie custa.
Agora, vem cá, Stellantis: se há espaço para uma versão ainda mais específica de um veículo que já é de nicho (foram vendidas 510 unidades da Ram 2500 no Brasil entre janeiro e abril de 2021, segundo a Fenabrave), por que não agradar os fãs de suas outras marcas? Há um certo motor turbo novinho esperando para ser colocado em um hot hatch. Né não? (Dalmo Hernandes)
Elon Musk promete zero a 96 km/h em 1,1 segundo para novo Tesla Roadster
Lembra do Tesla Roadster? Não, não o Lotus Elise elétrico dos anos 2000. A nova geração – aquela que vai de zero a 100 km/h em 1,9 segundo, pelo que disse Elon Musk. Pois é: já faz quase quatro anos, e até agora não vimos mais que o conceito apresentado em 2017.
Mas agora Musk garante que o esportivo vai conseguir acelerar de zero a 100 km/h em 1,1 segundo usando um kit opcional.
Aliás, não são 100 km/h – são 96 km/h, ou 60 mph. De zero a 100 km/h, o tempo deve ficar em 1,2 segundo. Ainda assim, parece absurdo demais para ser verdade. Mas Elon Musk diz que é possível e conta como.
Usando o Twitter para responder a um de seus fãs, Musk disse que o Tesla Roadster vai usar um propulsor de foguete desenvolvido pela SpaceX – sua outra empresa, dedicada à exploração espacial. Mas não vai ser para todo mundo: quem tem problemas cardíacos e não suporta emoções fortes vai querer distância.
Yes, with the SpaceX rocket thruster option package. It will be safe, but very intense. Probably not wise for those with a medical condition – same as a hardcore roller coaster.
— Elon Musk (@elonmusk) May 20, 2021
“Será seguro, mas muito intenso. Provavelmente não será uma boa ideia para aqueles com problemas médicos – é a mesma coisa que uma montanha-russa das mais radicais”, afirmou Musk em seu canal preferido para divulgar qualquer novidade sobre a Tesla.
Para realizar esse truque, o Tesla Roadster contará com dois propulsores de ar frio comprimido (os tais “SpaceX rocket thrusters”) que entrarão em ação na arrancada, auxiliando os três motores elétricos (dois no eixo traseiro e um no eixo dianteiro). O ar frio fica em reservatórios escondidos atrás da placa.
O Tesla Roadster deve ser lançado em 2023 – quando completarão seis anos da primeira apresentação. É que essas coisas levam tempo… (Dalmo Hernandes)
Alpine lança série limitada de “art cars” do A110S
Concebida originalmente pela BMW nos anos 1970 e copiada ao menos uma vez por praticamente todas as grandes fabricantes, a ideia de usar um carro como tela em branco para um artista desta vez foi usada pela Alpine em seu A110S.
O artista é o íbero-argentino Felipe Pantone, reconhecido por seu estilo vibrante de “optical art” (ou opt-art), que foi convidado pela fabricante francesa para pintar, a mão, quatro exemplares do A110S, dos quais três serão vendidos ao público por 125.000 euros. É um preço salgado, mas, considerando que o A110S parte dos 70.000 euros e que uma obra de arte exclusiva tem potencial de grande valorização, não parece um valor tão fora da realidade.
O Alpine A110S é versão melhorada do A110, com 40 cv a mais produzidos pelo motor 1.8 turbo, que passa ter 292 cv em vez dos 252 cv do modelo original. Com isso, ele passa a acelerar de zero a 100 km/h em 4,4 segundos e chega aos 260 km/h. (Leo Contesini)