quando se faz um carro de grande sucesso de publico e critica imediatamente se cria um imenso problema para si mesmo o de substitui lo a porsche desistiu por exemplo e apesar do 911 atual nao ter absolutamente nada em comum com o carro arrefecido a ar de ate 1996 a empresa parece presa a sua formula basica com medo de nao sobreviver filosoficamente sem este totem mesmo casos menos famosos e mais comuns como o ford ecosport original se mostraram algo dificil de se repetir pior e na industria de baixo volume olhe o exemplo da puma brasileira presa ao mesmo desenho basico de 1968 ate o fim uma repaginaçao completa acontecendo em 1978 apenas pela mudança do chassi de karmann ghia para brasilia a morgan nos anos 2000 tentou com o aero 8 um novo tipo de desenho retro tentando algo diferente do que fazia quase igual desde 1936 mas acabou por abandona lo e aproveitar sua estrutura de aluminio e a parceria com a bmw de motores para o novos plus four e plus six mas continuar com o estilo externo de carros antigos intactos a partir de 2018 dois problemas ai nessas empresas de baixo volume primeiro desenvolvimento uma empresa de alto volume tem uma equipe sempre criando carros novos e atualizaçoes que acontecem em ciclos de quatro anos faz parte do custo fixo a criaçao de algo novo sempre no ciclo de obsolescencia programada inventado pela gm e hoje universal a pequena so desenvolve esporadicamente; suas equipes de desenvolvimento sao pequenas e por isso seus desenhos necessariamente duram mais de dez anos depois ha o produto em si veja a ariel com seu atom como substitui lo sao empresas que investem em evoluçao sim e os carros certamente evoluem mas sao tao especificos e especiais tao unicos em sua proposta que muda los radicalmente corre o risco de apagar sua relevancia a ariel lançou o nomad em paralelo; a morgan fez o mesmo com o aero 8; o primeiro um sucesso o segundo nem tanto mas nunca o produto principal e substituido no inicio dos anos 1990 a caterham inglesa estava em otima fase presenciou um ressurgimento de entusiasmo pelo seven carro cujo projeto e direitos comprara da lotus em 1973 e a sua evoluçao aumentava de velocidade aparece uma caixa de cambio caterham de seis velocidades extraleve suspensao traseira de dion exclusiva o lotus era rigido 5 link e em 1993 nada existia de um caterham comum aos lotus alem do desenho externo basico para onde evoluir dali jez coates o engenheiro chefe disse nos mudamos tudo de motores e cambio ate suspensao e freios e francamente acreditavamos que deviamos nos mover adiante nos precisavamos de um novo desafio entao apareceu o caterham 21 o numero aqui indicando a idade da jovem empresa em 1994 parece incrivel que isso faz 30 anos ja; a empresa ainda existe e surpresa ainda faz varias versoes diferentes do aparentemente imortal super seven o 21 e quase esquecido um capitulo praticamente esquecido de sua historia lembrado apenas por seus fas mais ardorosos este irmao maior do seven foi o primeiro carro totalmente caterham e uma grande esperança para seu futuro que infelizmente nao aconteceu como se imaginava https //www youtube com/watch v=jzpqsb0xerc&t=32s a caterham hoje esta tentando de novo de forma mais radical o seu project v e um carro esporte eletrico 2+2 bem na categoria dos poxster/cayman e alpine a110 totalmente diferente de seu metier na verdade um projeto corajoso e claramente um investimento de vulto que liçoes pode tomar este carro do caterham 21 acredito que varias e sim ja digo quais sao; mas antes vamos lembrar da primeira vez em que a empresa tentou ser algo mais alem do lotus seven a historia do caterham 21 o caterham com carroceria a ideia por tras do 21 era extremamente simples o seven sabemos nao tem uma carroceria no sentido estrito da palavra o carro e uma gaiola de tubos pequenos de seçao quadrada formando um spaceframe; chapman apenas revestiu essa estrutura com aluminio para uma aparencia mais agradavel colocou um para brisa paralamas e um cone para o radiador na frente et voila o lotus seven veja o ariel atom de novo sua genialidade foi tambem nem fazer isso e deixar a beleza de sua estrutura exposta https //flatout com br/de onde surgiu o ariel atom/ parentese aqui o seven e um desenho daqueles que ainda e eficiente e atual em sua funçao hoje moderniza lo so e possivel sem olhar como e feito e focar na funçao um carro esporte extremo para pista/rua sem concessao nenhuma para conforto o ariel atom ja mencionado e um seven moderno mesmo sem ter nada a ver com ele faz a mesma funçao tem a mesma missao outro carro que pegou muito do espirito do seven mas sua carroceria e estilizada demais para ser um sucessor completo foi o lotus elise mk1 leve e espartano como um seven mas ha um caso a ser feito a respeito de suas portas e vidros que sobem e descem nelas um seven nao deve ter isso mas foi esse caminho o do elise que a caterham tomou em 1994 mesmo sem saber com certeza de como seria o elise que seria lançado em 1996 um seven ligeiramente mais usavel por meio de portas uma carroceria de verdade vidros laterais porta malas com tampa chave e vedaçao dos elementos e teto conversivel que pudesse ser erguido sentado no banco do motorista o teto do seven voce lembra nao e erguido e montado como uma tenda de acampamento e uma vez no carro deixa passar barulho infernal e protege apenas marginalmente do mundo la fora; isso e claro se voce conseguir entrar e sair do carro pela minuscula abertura que fica parece que e tao dificil dolorido barulhento e aparentemente impossivel quanto um nascimento humano parece defeito gravissimo imperdoavel mas nao e esse foco no que interessa e o que faz o seven e a caterham a marca do entusiasta de verdade cujo prazer em dirigir algo tao legal assim superava a logica e a sanidade mental seven e so para maluco mesmo e gente minimamente sa nao chega nem perto nao gostou vai dirigir um clio williams um carro sensacional mas que perto do seven parece uma barca balouçante com o dobro do peso e o dobro da altura mas com potencia semelhante sevens sao para os mais fieis os monges tibetanos de nosso credo que fazem voto de sofrimento e rejeitam qualquer coisa que possa ser chamada de conforto por principio filosofico e dedicaçao ao credo o aquecedor da caterham era otimo mas nao e conforto e sobrevivencia naquele pais gelado e molhado graham nearn o dono da caterham e jez coates o engenheiro sabiam disso entao o conceito era nao um gt; nada de casulo silencioso e ar condicionado era apenas ir um pouco mais alem; um novo seven feito em cima do chassi do seven mas com portas vidros teto para brisa e porta malas normal continuaria focado um seven com carroceria e so [caption id= attachment_358288 align= aligncenter width= 999 ] o prototipo em aluminio polido [/caption] mas isso necessitava algo que a caterham nunca teve ate ali um designer foi contratado um que entao trabalhava na imprensa na revista autocar ian robertson depois de alguns desenhos e a aprovaçao de nearn robertson foi trancado numa garagem com dois chassis e um monte de ingredientes para fazer pu expandido e começou a trabalhar em seis meses tinha um buck interno e um externo dele seria feita a carroceria do modelo de produçao equipes pequenas sao otimas para este tipo de coisa peças de carro de alta produçao foram usadas claro na dianteira farois dianteiros redondos genericos mas na traseira onde o desenho das lanternas tem um impacto enorme ian robertson diz que saiu para a estrada e ficou olhando lanternas traseiras o dia inteiro ate decidir pelas do ford mondeo mk1 hatch; tanto por desenho quanto por preço e facilidade de reposiçao espelhos retrovisores vieram do rover 200 e os piscas dianteiros do suzuki cappuccino as proporçoes do seven continuam acentuadas aqui por ter uma carroceria o motorista esta onde seria o banco traseiro de um carro normal e por isso as portas sao como as traseiras de seda com desenho para acomodar paralama traseiro o comprimento total contido apenas 3800 mm foi um desafio mas o carro final e realmente bonito apesar disso e nao parece nada pequeno apesar de ser o chassi acaba com varias modificaçoes mais 75 tubos extras em relaçao ao seven o carro final apesar de em torno de 100 kg mais pesado era cinco vezes mais rigido que o seven o entre eixos do seven esta inalterado bem como o eixo traseiro; para melhorar o comportamento e melhorar espaço para os pes a bitola dianteira foi alargada em sete centimetros e a suspensao foi recalibrada para o peso extra um efeito colateral do peso e da nova calibraçao de suspensao foi maior conforto de rodagem a direçao e rapida como todo seven so 2 1 voltas de batente a batente o mais incrivel aqui e que a caterham desiste de fazer um mecanismo para baixar o vidro lateral nas portas; provavelmente nao existia espaço para ele os vidros laterais entao nao abaixam; estao sempre totalmente fechados bom o teto abre e o carro fica mais leve assim suponho mas sim tinha um teto decente e porta malas idem alem de um interior mais acabado as soleiras das portas porem eram enormes como as e um mercedes benz asa de gaivota e faziam entrar e sair do veiculo algo que embora menos complicado que num seven ainda assim bem mais dificil que num carro normal todos os motores entao disponiveis no seven podiam ser comprados no 21 tambem; a maioria foi equipada com o rover k series em versao 1 6 ou 1 8 litro mas o vauxhall opel c20xe o famoso dois litros 16v estava disponivel com ate 220 cv aspirado a transmissao ford do ford sierra com cinco marchas era de serie com a manual de 6 velocidades da caterham oferecido como opçao com motor 1 8 rover de 133 cv e apenas 665 kg de peso era capaz de ir de 0 a 96 km/h em 6 7 segundos e atingir velocidade maxima de 204 km/h com melhor aerodinamica que o seven algo nao muito dificil as versoes de dois litros chegavam a quase 250 km/h um unico carro com teto fixo denominado 21 gto foi construido para ser usado em corridas com o motor de 230 cv do caterham 7 r500 era capaz de acelerar de 0 a 96 km/h em 3 8 segundos o primeiro carro todo em aluminio polido o carro de serie seria em fibra de vidro foi mostrado em 1994 no salao de birmingham e foi um imenso sucesso a promessa de um desenho bonito em um chassi de seven quase irresistivel para um entusiasta japones principalmente comprou o carro de aluminio polido na hora por um preço que aparentemente pagou o custo do projeto inteiro mas embora fossem programados mais de 200 carros por mes parou de ser produzido em 1999 com apenas 50 unidades construidas hoje esta completamente esquecido e qual o motivo disso [caption id= attachment_358280 align= aligncenter width= 999 ] elise um rival importante[/caption] um deles deve ser o mazda miata que apesar de menos focado mas ainda sensacional era incomparavelmente mais pratico no uso normal com ar condicionado e janelas que desciam nas portas o lotus elan s2 tambem apareceu ao mesmo tempo e embora de traçao dianteira foi um relativo sucesso; em seguida o lotus elise pareceu um projeto melhor para todo mundo e ninguem procurou o pobre do 21 o mgf tambem apareceu ao mesmo tempo curiosamente o elise o 21 e o mgf usavam o mesmo motor rover apenas o elise sobrou 90% do foco no uso esportivo de um caterham 21 mas sem seus problemas de usabilidade mas o seven continuou muito bem obrigado e assim ainda temos caterham hoje hoje a empresa parece que fara com o project v um cayman eletrico um mercado onde nunca atuou e francamente nao tem ideia do que vai encontrar la talvez uma boa ideia seja repetir o passado inves disso a lotus acaba de parar de fazer o elise; comprar o projeto e o ferramental nao parece impossivel uma forma muito mais logica de evoluir se voce me perguntar e uma vitoria postuma para o sensacional caterham 21 finalmente
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