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Os 20 anos do Mercedes-Benz SLR McLaren
O que fazer depois do McLaren F1? A fábrica de automóveis da McLaren não sabia exatamente quando a produção do F1 se encerrou em 1998; o seu negócio de fazer carros esporte de altíssimo nível previa o futuro, mas o futuro ainda não chegara. A produção do F1 foi prostrada, e quase que a empresa perde dinheiro com ele; se não fosse um programa agressivo de competição no final, teria sido uma tragédia financeira.
A empresa então resolveu se juntar à um fabricante estabelecido; deste esforço nasce uma parceria com a Mercedes-Benz, e Gordon Murray é instruído a desenhar um novo Mercedes-Benz SLR. O nome, claro, aludia à ideia de fazer o relâmpago 300 SLR atingir o chão em Unterturkheim de novo, como antes fizera em 1955.
O projeto provocou a saída de Murray da empresa; não era exatamente o futuro que imaginava para a empresa que ajudou a construir. Mas gerou um supercarro realmente interessante, apesar de longe do ideal dinâmico do McLaren F1: pesava, como bem sabemos, 1768 Kg, um absurdo para um carro esporte em 2003. Hoje chamamos isso de uma segunda-feira normal.
De qualquer forma a Mclaren decidiu acabar com o status de bastardo renegado por seus criadores, e finalmente trazê-lo de volta à luz, para comemorar os 20 anos do SLR. A empresa organizou uma série de eventos em seu McLaren Technology Center (MTC) em Woking, Reino Unido. As atividades reconheceram tanto o veículo quanto os indivíduos por trás de sua criação, com vários membros da equipe original, ainda que Murray esteja ausente, claro. O supercarro foi na verdade o primeiro carro a ser fabricado no MTC.
Em exposição estavam quatro exemplares especiais:o SLR Stirling Moss, SLR by MSO, SLR HDK e o SLR 722 GT Prototype. Entusiastas do SLR Club, uma associação global de proprietários de Mercedes-Benz SLR McLaren, também estiveram presentes, e conheceram os membros da equipe McLaren que contribuíram no projeto do carro. Será que reclamar de defeitos podia? Eu teria medo disso virar uma turba irada com ancinhos e forcados procurando os engenheiros, mas acho que cliente de SLR é diferente de cliente de Celta. Não reclama para manter o valor alto? Deixa parar com esses pensamentos por aqui, que não é a hora e o lugar…
Como sabemos o grande problema do SLR começou com o estilo definido antes da mecânica. A Mercedes veio com um carro-conceito e disse: façam disso um McLaren. O inverso do jeito de Murray fazer carros. Mas acabou, é claro, ainda assim um carro superlativo, apesar dos problemas. O V8 supercharged AMG era o ponto alto, com um berro superinteressante e 635 cv de seus 5,5 litros. Não era nada lento, como é de se esperar: 0-100 km/h em 3,8 segundos e uma velocidade máxima de 335 km/h. (MAO)
Mazda diz que não vai abandonar o motor à diesel
O diesel já representou metade das vendas de carro na Europa continental, mas vem morrendo à míngua, desde que a dona VW fez o favor de criar o imbróglio chamado dieselgate. No mês passado, as vendas de veículos elétricos superaram as entregas de modelos a diesel no Velho Continente pela primeira vez na história, mas isso não significa que ele morreu. Como diria Pete “Maverick” Mitchell ouvindo previsões sombrias de futuro: “Maybe so, Sir. But not Today!”.
A Mazda, por exemplo, diz que o manterá o motor diesel disponível enquanto os clientes o desejarem. “Se os clientes quiserem diesel, desde que possamos cumprir os regulamentos de emissões de maneira eficiente, gostaríamos de continuar fornecendo motores a diesel”, disse o gerente do programa Mazda CX-90, Mitsuru Wakiie, à CarExpert. “A demanda por diesel está realmente enfraquecendo nos dias de hoje, então a necessidade de um motor a diesel pode não se expandir, por isso fornecemos para os mercados que desejam o motor a diesel, como Japão e Austrália.”
No ano passado, a empresa japonesa surpreendeu o setor ao lançar dois novos motores de seis cilindros em linha, incluindo um diesel turbo de 3,3 litros. Na Europa, está disponível para o CX-60, onde sua potência máxima é de até 251 cv e 56 mkgf de torque na forma híbrida leve. A Mazda disse que manterá a oferta de diesel disponível se houver demanda suficiente.
A queda parece incrível na Europa: em 2017, eram 44% do mercado; em 2021, apenas 25%. Em junho deste ano chegou a menos de 14%. O que significa o que já sabemos: que os europeus estão todos doidos, e não merecem, na realidade, os diesel. Boa sorte a eles, e a sua proibição de combustão interna iminente. (MAO)
Quase metade dos Supra são manuais em 2023
O novo Supra, chamado pejorativamente de Zupra inicialmente, por ser na verdade um BMW Z4 em cosplay oriental, deu uma guinada repentina para melhor, recentemente. Grande parte disso foi o desenvolvimento de um câmbio manual para as versões de seis cilindros.
O resultado não podia ser melhor: quase a metade de todos os Toyota GR Supra 2023 vendidos nos Estados Unidos foram equipados com transmissões manuais, confirmou um porta-voz da Toyota à revista Road & Track.
Um total de 1.216 Supras GR manuais foram vendidos desde seu lançamento no ano/modelo 2023. Isto representa 47% das vendas do modelo. O GR Supra, lançado em 2019, originalmente não deveria ter uma opção de câmbio manual, mas a demanda dos entusiastas convenceu a Toyota a desenvolver uma transmissão manual para o carro.
A transmissão manual é uma unidade de seis marchas que usa a carcaça do BMW Série 3, mas as engrenagens do M3, disseram os engenheiros da Toyota à Road & Track em uma entrevista exclusiva. A alavanca e o trambulador também são novos e exclusivos Toyota, assim como o software i-MT desenvolvido pela Toyota. O console central foi ajustado para abrir espaço para o câmbio, enquanto a relação final do diferencial foi reduzida (numericamente aumentada) de 3,15 para 3,46.
Um sucesso que mostra que no campo do carro esporte, velocidade não é mais o maior objetivo: há tempos que os automáticos superam os manuais neste quesito. Uma quebra de paradigma que todo fabricante deveria prestar atenção. (MAO)
A nova picape da Mahindra
Não se deve subestimar os indianos. Assim como não se devia ter subestimado os japoneses, coreanos e chineses no passado, né? Mas fale em “Mahindra”, e muita gente ri e esquece do assunto. Eu prestaria atenção.
A notícia de hoje é que a Mahindra está trabalhando em uma nova caminhonete. O “Global Pik Up” (grafado assim mesmo), como é chamado, deve evoluir para um modelo de produção até 2025, competindo com modelos como o Ford Ranger e o Toyota Hilux em mercados como África do Sul, Austrália e Índia.
Por enquanto um conceito, o modelo de produção será baseado em uma versão esticada do chassi do SUV da marca, o Scorpio N. Conforme relatado pela Autocar India, ele será movido pela próxima geração do motor diesel da Mahindra, o mHawk de alumínio, e será combinado com transmissões manuais ou automáticas de 6 velocidades.
A potência será transmitida para todas as quatro rodas através de um sistema de tração nas quatro rodas selecionável, com quatro modos de direção selecionáveis (Normal, Grass-Gravel-Snow, Mud-Rut, Sand). A picape deve ter capacidade ADAS de nível 2, estacionamento semiautomático e conectividade 5G, e todo conforto moderno.
O nome Pik Up (assim mesmo, sem o “C”) já é usado na variante de carga do Scorpio Classic, sugerindo que o novo modelo pode servir como seu sucessor. Observe que o Scorpio N que estreou em 2022 é atualmente vendido na Índia junto com seu antecessor Scorpio Classic, coisa normal aqui no Brasil também.
O lançamento do Mahindra Scorpio N Pik Up começará na África do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Oriente Médio, antes de ser introduzido em mais países nas regiões da ASEAN e da América Latina. Fiquem de olho. (MAO)
Exército uruguaio leiloa seus Land Rover Defender
Parte de um esforço de modernização de seu exército, o Uruguai anunciou um leilão de sua frota antiga de veículos, segundo o Motor1 Argentina. Sim: um monte de Land Rover Defender militar, à venda. O Exército uruguaio anunciou que a venda será na terça-feira, 22 de agosto, às duas da tarde, na casa de leilões Arias Remates.
No total, são oferecidos 24 Land Rover Defender 110 , todos com motor 2.2 turbodiesel de 122 cv e 36 mkgf de torque. Existem três tipos diferentes de carroceria: Station Wagon (para transporte de tropas), Soft Top (para transporte de armas) e Tactical (modificada para terrenos difíceis e com maiores proteções).
Os veículos estarão expostos a partir de quarta-feira, 16 de agosto, para todos os interessados em visitá-los. São vendidos com a documentação em dia e no estado em que se encontram. Os preços básicos variam de US$ 6.000 a US$ 18.000. O Exército uruguaio ainda não informou com que tipo de veículos substituirá os clássicos Defenders.
Não se pode importar veículos usados para o Brasil, e esses Defenders, todos ano/modelo 2012, se enquadram neste caso. Mas a ideia de arrematar-se veículos do exército uruguaio faz a gente pensar em fixar residência no país, sinceramente. Não são sensacionais? (MAO)