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Car Culture

Os carros mais caros já leiloados em todos os tempos – e dois candidatos

Em pouco mais de uma semana, o museu do Indianapolis Motor Speedway começará uma série de leilões para vender 11 carros de seu acervo. O objetivo é arrecadar recursos para uma renovação do museu, que passará por uma reforma e também por uma mudança de foco de seu acervo, dando mais ênfase aos carros da Indy — que são os carros que correram no circuito. Segundo a administração do museu, alguns carros do acervo, por acaso, são muito valiosos e, o dinheiro da venda destes modelos, seria suficiente para comprar mais carros e para bancar a manutenção do acervo por algum tempo.

Os dois principais modelos certamente entrarão na lista de carros mais caros já leiloados — não é uma questão de “se entrarão na lista”, mas de “onde eles serão posicionados nessa lista”. Porque, meus amigos FlatOuters… são dois carros especialíssimos que estão fora do mercado há décadas.

O primeiro deles é simplesmente um Mercedes-Benz W196 Stromlininen, a versão com carroceria aerodinâmica do fórmula-1 usado por Juan Manuel Fangio e Stirling Moss em 1954 e 1955, respectivamente. Fangio o usou no GP de Buenos Aires da Fórmula Libre em 1954, ainda com a carroceria convencional, com rodas descobertas. Em duas rodadas do GP, Fangio terminou em segundo lugar, o que lhe rendeu a vitória geral do evento. No ano seguinte, já com a atual carroceria aerodinâmica, Stirling Moss disputou com esse carro o GP da Itália em Monza, classificando-o em segundo lugar. Uma quebra no motor, contudo, o tirou da disputa na 28ª volta.

Por que eu afirmo categoricamente que este carro entrará no top 1? Simples, porque o atual recordista de leilão é o 300 SLR Uhlenhaut, que usa o mesmo chassi e motor — o cupê é, de fato, um W196 de Fórmula 1 com uma carroceria fechada e portas asa-de-gaivota. Além disso, a última vez que um W196 de Fórmula 1 foi vendido, há quase 12 anos, em julho de 2013, ele foi arrematado por insanos US$ 29.600.000 (US$ 39.860.000 em 2025), e é atualmente o fórmula-1 mais caro de todos os tempos.

Ainda que o modelo aerodinâmico não tenha vencido um GP, ele foi pilotado por Fangio e Moss, tem uma carroceria raríssima, foi do acervo do museu de Indianápolis, nenhum modelo deste foi leiloado até hoje e será leiloado no próprio museu da Mercedes. A RM Sotheby’s, que irá realizar o leilão, espera que ele seja vendido por “mais de € 50.000.000” — o que o tornaria o carro de Fórmula 1 mais caro da história.

O outro modelo é uma Ferrari 250 GT LM de 1964 que foi usada por ninguém menos que Masten Gregory e Jochen Rindt na vitória da Ferrari nas 24 Horas de Le Mans de 1965. A RM espera que ele seja arrematado por mais de € 25.000.000. Mas, novamente, trata-se de uma Ferrari 250 GT que venceu a última edição das 24 Horas de Le Mans da Ferrari antes do jejum de quase 60 anos da Scuderia na prova. Além disso, o fato de ser parte do acervo de Indianapolis conta alguns pontos na valorização do modelo.

Onde estes carros ficariam na lista dos 10 mais, considerando os valores estimados? Bem, vamos conhecer a lista atualizada até janeiro de 2025:

 

1º lugar: Mercedes-Benz 300SLR Uhlenhaut Coupé 1955

Preço de venda: US$ 143.000.000 (2022)

Preço atualizado: US$ 153.000.000

O carro é um dos dois únicos exemplares de rua produzidos com base no 300SLR e eles nunca foram vendidos ao público. Como o outro exemplar deverá permanecer para sempre no acervo da Mercedes, o único exemplar disponível para compra não poderia ter outro desempenho se não o maior valor já pago por um automóvel. E por uma boa causa. O 300SLR Uhlenhaut Coupé foi arrematado em maio de 2022 por nada menos que US$ 143.000.000.

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2º lugar: Ferrari 250 GTO 1962 #3413GT

Preço de venda: US$ 48.405.000 (2018)

Preço atualizado: US$ 60.470.000

Arrematado por US$ 48.405.000 em 2018, esta 250 GTO foi por quatro anos o carro mais caro leiloado em toda a história, e ainda é a Ferrari mais cara já leiloada publicamente se considerarmos seu valor atualizado. O motivo do preço é o histórico nas pistas combinado ao nível de originalidade.

Ela foi usada pelo então recém-campeão de F1 Phil Hill durante os treinos para a Targa Florio de 1962. Depois da corrida o carro foi vendido ao cliente da Ferrari Edoardo Lualdi-Gabardi, que disputou mais dez corridas, vencendo nove delas. Em 1963 Gabardi vendeu o carro para Gianni Bulgari, que venceu sua categoria na Targa Florio de 1963 e 1964.

Depois disso a Ferrari ainda disputou mais 20 corridas sem nenhum incidente e, por isso, mesmo com mais de 50 anos, ainda mantém o motor, caixa, eixo traseiro, e a carroceria original da Série 2, feita pela Carrozzeria Scaglietti em 1964 a mando da própria Ferrari.

Por que a Ferrari 250 GTO se tornou tão valorizada?

3º Lugar: Ferrari 330 LM/250GTO 1962 #3765LM

Preço de venda: US$ 51.705.000 (2023)

Preço atualizado:  US$ 53.230.000

A antiga Ferrari mais cara do mundo era esta 250 GTO que não tem o motor de 3 litros, mas um de 4 litros (por isso ela se chama também 330 LM).

Ela foi vendida em um leilão da Sotheby’s em Nova York em novembro de 2023 e se tornou a Ferrari mais cara da história, o carro italiano mais caro da história, além de ser o segundo preço mais alto pago por um carro em um leilão público em toda a história — atrás somente do 300 SLR Uhlenhaut Coupé — se considerarmos o valor nominal, não relativo (corrigido).

O motivo: é uma 250 GTO de primeira série equipada com o motor de 4 litros pela própria Ferrari, que venceu sua classe nos 1000 km de Nürnberg (não é Nürburgring, ok?) de 1962, e também se classificou em quarto para as 24 Horas de Le Mans daquele ano, mas abandonou a prova por superaquecimento.

 

4º Lugar: Ferrari 250 GTO 1962 #3851GT

Valor de venda: US$ 38.115.000 (2014)

Valor atualizado: US$ 50.504.000

Leiloado pela Bonhams em agosto de 2014, ela foi o automóvel mais caro já arrematado em seu valor nominal de época e também corrigido pela inflação até 2018, quando a Ferrari segunda colocada desta lista foi vendida.

O carro saiu da fábrica em 1962 e foi entregue ao francês Jo Schlesser, que a usou na Tour de France daquele ano e chegou em segundo lugar. Depois da prova o carro foi vendido ao italiano Paolo Colombo, que o usou naquele ano e o vendeu em 1963 a Ernesto Prinoth, que a usou em subidas de montanha e provas de velocidade locais.

O carro então foi vendido em 1965 a um jovem entusiasta Fabrizio Violati, filho de uma família que fez fortuna com produtos agrícolas e engarrafamento de água mineral (um mercado imenso na Itália, onde a água de torneira tem gosto forte devido ao calcáreo). Fabrizio usou o carro em provas de regularidade entre 1965 e 1986. Depois disso ele guardou a 250 GTO até 2010, quando morreu aos 75 anos.

Sua família ainda preservou o carro por mais quatro anos, antes de vendê-lo em um leilão da Bonhams. O histórico no Tour de France e o fato de ter permanecido quase 50 anos com um mesmo proprietário que não a restaurou, nem a bateu, fez dela a recordista de preço em um leilão.

 

5º Lugar: Ferrari 335S Sport Scaglietti 1957 #0674

Valor de venda: US$ 35.730.510 (2016)

Valor atualizado: US$ 46.700.000

Esta Ferrari 335 S Spider Scaglietti, uma das quatro produzidas entre 1957 e 1958, foi anunciada em 2016 como o carro mais caro já vendido até então, porém o pessoal esqueceu de avisar que tratava-se do carro mais caro vendido em um leilão, e não já comercializado. Como ela foi vendida em euros, a cotação da moeda europeia em relação ao dólar distorceu um pouco as coisas e a colocou acima da 250 GTO aí de cima.

O fato de ser uma das únicas quatro se seria suficiente para que ela valesse uma pequena fortuna. Mas ela foi usada por Mike Hawthorn, Peter Collins, Wolfgang Von Trips e depois por Sir Stirling Moss e Masten Gregory. Só isso.

O carro estreou nas 12 Horas de Sebring de 1957 com Peter Collins, depois foi para a Mille Miglia com Wolfgang Von Trips, e encerrou seu ano nas 24 Horas de Le Mans daquele mesmo ano com Mike Hawthorn. Com esta Ferrari 335 S Scaglietti Hawthorn completou a primeira volta abaixo dos quatro minutos na história de La Sarthe. Segundo a Ferrari, o carro era capaz de chegar aos 300 km/h na Hunaudières. Depois, em 1958, o carro foi levado para o GP de Cuba, onde Stirling Moss e Masten Gregory dividiram a direção e faturaram a vitória na segunda edição do evento.

Em 1960 o carro foi cedido a um arquiteto chamado Robert N. Dusek, que vivia nos EUA. Ele ficou com o carro até 1970, e o vendeu a um colecionador francês chamado Pierre Bardinon, que a colocou em sua coleção de 50 Ferraris de corrida. Bardinon enviou o carro a Modena, para uma restauração na carrozerie Fantuzzi, e desde então manteve o sua posse.

Pelas quatro décadas seguintes carro ficou praticamente inacessível por mais de quatro décadas. Nesse tempo, o carro acumulou uma série de bilionários interessados no carro, esperando o carro aparecer à venda. Quando ele finalmente apareceu, o resultado foi uma disputa de lances que chegou aos 32 milhões de euros.

 

6º Lugar: Mercedes-Benz W196 1954 #00006/54

Preço de venda: US$ 29.600.000 (2013)

Preço atualizado: US$ 39.860.000

Este exemplar do W196 de Fórmula 1 foi o carro mais caro vendido em um leilão em 2013 e era tido como perdido quando foi encontrado no início daquele ano em um galpão na Inglaterra. O achado em si já valeria uma fortuna porque todos os W196 conhecidos até então estão sob os cuidados da Mercedes, em seu acervo histórico/museu.

Ao analisar o carro, foi constatado que trata-se do chassi 0006/54, o que significa que ele foi o carro que venceu o GP da Alemanha e o GP da Suíça daquele ano com ninguém menos que Juan Manuel Fangio e José Froilán Gonzáles, respectivamente. Para completar, o carro ainda estava completamente original, apesar do estado estar longe de impecável.

Mesmo com essa combinação de fatores de agregação de valor — venceu dois GP, foi pilotado por Fangio, é o único Silver Arrow do mercado e jamais foi restaurado —, o leilão deste W196 surpreendeu o mundo ao superar todas as expectativas chegar ao valor de US$ 29.600.000. Na época ele foi o carro mais caro já leiloado até então, e até hoje é o Fórmula 1 mais caro da história.

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7º Lugar: Ferrari 290 MM 1956 #0626

Preço de venda: US$ 28.050.000 (2015)

Preço atualizado: US$ 37.125.000

Depois de disputar o campeonato de Fórmula 1 com motores de quatro cilindros originados nas oficinas e pranchetas da Lancia, no final de 1955 Vittorio Jano e Andrea Fraschetti convenceram Enzo Ferrari a aprovar o desenvolvimento de um novo V12 de 3,5 litros. O motor, que desenvolvia 320 cv a 7.300 rpm, foi instalado em uma evolução do chassi da 250.

O carro estava sendo desenvolvido para a lendária Mille Miglia daquele ano e, por isso, acabou batizado como 290 MM pela combinação do deslocamento de cada cilindro e das iniciais do nome da corrida. Sendo um modelo exclusivo para a corrida italiana de 1.600 km e sem a necessidade de homologação por carros de produção, a Ferrari construiu apenas quatro exemplares do modelo — um deles feito especialmente para Juan Manuel Fangio, então piloto da Scuderia.

Na corrida Fangio não se deu bem com a chuva que caía copiosamente sobre as strade italianas e terminou a prova em quarto lugar, depois de 12 horas, com 50 minutos de diferença para o vencedor, Eugenio Castellotti, que conduziu outra 290 MM.

Depois da Mille Miglia o carro foi enviado para a Alemanha, onde disputou os 1000 Km de Nürburgring com Phil Hill e Ken Wharton, para a França, onde correu em Rouen Les Essarts com Alfonso de Portago e para o GP da Suécia com Wolfgang Von Trips. Aposentada pela Scuderia, o chassi 0626 encontrou seu primeiro proprietário independente, Temple Buell, que colocou Masten Gregory para disputar os 1000 Km de Buenos Aires. Na Argentina o carro acabou trocado com  Luigi Musso e Eugenio Castellotti, que venceram a prova portenha, a única vitória do chassi.

Mesmo sem vitórias significativas, a combinação de sua raridade com os ilustres nomes que a pilotaram em competições oficiais foram suficientes para colocar esta Ferrari como o quarto carro mais caro leiloado até então, e o sétimo carro mais caro leiloado até hoje.

 

8º Lugar: Ferrari 275 GTB/4 S N.A.R.T. Spider 1967 #10709

Preço de venda: US$ 27.500.000 (2013)

Preço atualizado: US$ 37.030.000

A Ferrari 275 GTB/4 S NART Spider foi uma versão feita exclusivamente para os EUA sob encomenda de Luigi Chinetti, o italiano que construiu a imagem da Ferrari nos EUA ao se tornar seu primeiro (e por muito tempo único) importador. A Ferrari mandou para os EUA apenas dez unidades do modelo, baseada na 275 GTB/4, que usava um V12 de 3,3 litros e 300 cv.

Uma destas unidades foi este chassi 10709, comprado pelo americano Eddie Smith em 1968 e desde então ficou na garagem da família, sendo usado por seu filho Eddie Smith Jr. e por seu neto Chris Smith. O carro era originalmente azul, mas teve sua cor alterada nos anos 1980.

Apesar de não ser a cor original, quando o carro foi restaurado em 2007, após a morte de Eddie Sr., o vermelho foi mantido e não afetou a avaliação do carro no leilão da RM Sotheby’s no qual foi vendido em 2013. A combinação de raridade, da exclusividade do mercado americano e do fato de ter ficado 45 anos na mesma família falou mais alto que uma mera troca de cor.

 

9º Lugar: Ferrari 275 GTB/C Speciale 1964 #06701

Preço de venda: US$ 26.400.000 (2014)

Preço atualizado: US$ 34.980.000

A Ferrari 275 GTB/C foi uma evolução da 250 GTO feita sob encomenda da Scuderia para combater o Ford GT40 em Le Mans ao lado da 250 LM de motor central-traseiro. Foram feitos apenas três carros com o motor de deslocamento maior e chassi aliviado pelo uso de tubos menores e mais estreitos que os da 250. Uma Ferrari clássica com apenas três unidades produzidas. Só de ler esta frase você já gastou uma fortuna.

Só havia um problema: a Ferrari não conseguiu homologar o carro jundo da FIA porque, antes disso, já havia tentado homologar a Ferrari 250 GTO antes de produzir a quantidade mínima de exemplares necessária, o que irritou a organização. Além disso, a 275 GTB/C pesava menos que o mínimo permitido.

O carro em questão, de chassi nº 6701, foi o primeiro carro a ficar pronto, em abril de 1965. Como não conseguiu homologá-lo, a Ferrari o vendeu no mês seguinte para um cara chamado Pietro Ferraro, que o utilizou como carro de rua por quatro anos.

Depois disso, a Ferrari passou por vários donos, sendo que um deles ficou com o carro por 25 anos. Ao longo do tempo, a 275 GTB/C teve diversas características alteradas, incluindo uma repintura em vermelho, antes de uma restauração que a devolveu o aspecto original realizada em 1998.

 

10º Lugar: Ferrari 412P Fantuzzi 1967 #0854

Preço de venda: US$ 30.255.000 (2023)

Preço atualizado: US$ 31.147.000

Vendida em um dos leilões de Monterey/Pebble Beach de 2023, ele foi o sexto carro mais caro já leiloado publicamente — em valor nominal, não corrigido. O motivo do preço é a raridade do carro, claro, e seu histórico nas pistas.

O histórico: foi pilotado por Richard Attwood, Piers Courage, Lucien Bianchi (o tio-avô de Jules Bianchi), Jo Siffert e David Piper nas 24 Horas de Le Mans de 1967, 6 Horas de Brands Hatch, 1000 Km de Paris, 9 Horas de Kyalami, 3 Horas de Cidade do Cabo e 1000 Km de Spa, na qual terminou em terceiro lugar.

A raridade? Bem, é o único 412P que manteve chassi, motor, câmbio e carroceria originais. Um carro de corrida com esse histórico e que se manteve assim é algo quase impossível, não? O valor para se ter isso agora está claro para todos.

Note que o atual top 10 é dominado pela Ferrari, com apenas dois modelos Mercedes impedindo o domínio da Scuderia — e aqui vale usar o termo, pois todos eles foram carros de corrida. Os dois candidatos deste ano a integrar esta lista são, novamente, Mercedes e Ferrari — um Mercedes de Förmula 1 e uma Ferrari de Le Mans, nada de novo por aqui.

A Ferrari ainda ocupa também a 11ª posição com o chassi 0592CM da Ferrari 410 Sport. Só depois dela, na 12ª posição, é que começam a aparecer outras marcas. É aqui que está o…

Carro britânico mais caro de todos os tempos: Aston Martin DBR1 (DBR1/1) 1956

Preço de venda: US$ 22.550.000 (2017)

Preço atualizado: US$ 28.860.000

Ele é o primeiro dos cinco exemplares do Aston Martin DBR1, criados para disputar Le Mans na segunda metade dos anos 1950. Como seus irmãos ele foi equipado com um seis-em-linha de três litros e 252 cv e tinha um transeixo manual de cinco marchas e freios a disco nas quatro rodas.

O carro é considerado o mais importante da história da Aston — o fato de ser o Aston mais caro da história comprova. Ele estreou nas 24 Horas de Le Mans de 1956 com Reg Parnell e Tony Brooks, mas abandonou a prova.

Seus principais destaques foram um quarto lugar no GP da Bélgica de 1957 com Roy Salvadori, disputou as 12 Horas de Sebring com Carroll Shelby e Roy Salvadori, chegou em primeiro nos 1000 Km de Nürburgring de 1959 com Stirling Moss e um segundo lugar no RAC Tourist Trophy de 1958 com Jack Brabham e Roy Salvadori.

Depois dele, vem o segundo carro britânico mais caro de todos os tempos, o Jaguar D-Type 1955 XKD501, atualmente o 13º carro mais caro vendido em um leilão. O 14º carro é — adivinhe só? — mais uma Ferrari, a 290MM #0628 de 1956. E logo na sequência vem o…

Carro americano mais caro de todos os tempos: Duesenberg SSJ 1935 #2594

Preço de venda: US$ 22.000.000 (2018)

Preço atualizado: US$ 27.480.000

A Duesenberg não é a primeira e nem a décima marca que você pensa quando se fala em carros americanos, mas com um nível de luxo e refinamento superior ao dos Rolls-Royce da época, ela foi, sem dúvida, a melhor das marcas americanas. É o tipo de carro que celebridades compravam na era de ouro de Hollywood, os anos 1930. Celebridades como Gary Cooper, o primeiro proprietário deste exemplar.

Isso, por si, faria dele um carro extremamente valioso, afinal, trata-se de um dos modelos mais raros e especiais da história americana — sob o capô ele tem um oito-em-linha de 6,9 litros sobrealimentado por compressor, com 400 cv e capacidade de superar os 200 km/h.

Somente dois exemplares do. SSJ foram fabricados: um para Cooper e outro para seu amigo e ator Clark Gable — dizem que os dois faziam rachas nas estradas desertas da Califórnia dos anos 1930. Mas não foi só por isso que o carro ganhou tanto valor.

Como era feito o melhor carro do mundo

Depois de Cooper, o carro foi parar nas mãos do lendário Briggs Cunningham, que o vendeu para o piloto Miles Collier antes de ir para a Sam and Emily Mann Collection, uma das coleções mais valiosas e prestigiadas do mundo.

Note que o Duesenberg também é o primeiro carro desta lista sem relação com o automobilismo. Todos os outros disputaram corridas. O carro seguinte da lista, é o 16º carro mais caro já leiloado, é um dos rivais europeus do Duesy e também o…

Carro francês mais caro de todos os tempos: Bugatti Type 41 Royale Kellner Coupe 1931 #41141

Preço de venda: US$ 9.867.000 (1987)

Preço atualizado: US$ 27.245.000

Os Bugatti Royale foram os primeiros clássicos a atingir a marca dos US$ 10.000.000 quando este mesmo Kellner Coupe foi vendido em uma negociação privada em 1990 por US$ 15.700.000 (US$ 37.680.000 em dinheiro de hoje). Foi um negócio e tanto, uma vez que o vendedor do carro, o magnata sueco Hans Tullin, havia o arrematado em um leilão da Christie’s no Royal Albert Hall por US$ 9.867.000 em 1987.

O carro é um dos seis únicos Royale restantes e passou a Segunda Guerra mundial lacrado em um galpão na casa da família Bugatti, como forma de impedir que ele fosse encontrado e apreendido pelos nazistas. A parte mais bizarra da história deste Royale é que ele foi vendido pela própria família Bugatti ao piloto americano Briggs Cunningham por US$ 571 e duas geladeiras — algo difícil de encontrar na França pós-guerra. Cunningham gastou US$ 2.858 para restaurar o carro em 1951 (US$ 34.500 em valores corrigidos) e o colocou em seu museu, onde ficou até 1987.

A história dos seis Bugatti Royale

Este exemplar do Royale foi o carro mais caro leiloado de 1987 até 2008, quando a Ferrari 250 GT SWB California Spider #2377GT foi arrematada em um leilão por US$ 10.894.900 — se considerarmos o valor nominal, sem correção.

A partir deste Bugatti, a lista começa a alternar carros pré-Guerra e modelos de corrida dos anos 1950 e 1960. Contudo, na 21ª posição da lista, aparece um outsider, um carro que foge à regra dos carros mais caros leiloados, um modelo que é o…

Carro moderno mais caro já leiloado: McLaren F1 LM-Spec 1994 #018

Preço de venda: US$ 19.805.000 (2019)

Preço atualizado: US$ 24.300.000

O carro mais caro leiloado em 2019, este McLaren F1 foi um dos dois exemplares de rua do McLaren F1 (de 64 no total) a receberem a conversão “LM-Spec”, inspirada no carro que venceu as 24 Horas de Le Mans de 1995.

Ele recebeu o pacote High Downforce, que incluía uma grande asa traseira fixa e um spoiler maior na dianteira. Além disso, o motor V12 de 6,1 litros recebia fôlego extra para chegar aos 780 cv, sem qualquer tipo de restrição – ao contrário do carro de corrida, que tinha apenas 600 cv.

A história do McLaren F1 e de seus recordes de velocidade


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