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Pensatas

Por favor, parem de coletivizar as “soluções de mobilidade”

Há pouco mais de 20 anos, quando eu estava no Ensino Médio, nosso professor de matemática teve um infarto e precisou se afastar do trabalho por seis meses. Em seu lugar veio, ironicamente, seu antecessor, um sujeito baixinho, de quase 80 anos que nos ensinou a usar o Microsoft Messenger tão bem quanto ensinou os números complexos. Era um gênio incompreendido, o velho Paulinho. Na primeira prova com ele, um colega, mais malandro que estudioso, perguntou se poderíamos usar calculadora. "Pode, vocês não sabem matemática mesmo", foi a resposta. O velho mestre tinha razão: não adiantava usar uma calculadora sem conhecer a teoria por trás dela. A calculadora, evidentemente, não ajudou ninguém a tirar uma nota superior a nove. A turma sabia usar a calculadora para fazer as operações básicas, mas elas eram apenas uma parte do assunto. A formulação destas operações, a teoria e a lógica que as formavam era o que estava sendo colocado à prova. Se soubéssemos colocar isso na calculadora, se