E aí, galera! Aparecendo aqui para fazer o terceiro post do meu carro. Tinha falado no post anterior que iria falar sobre a mudança para preparação aspirada, mas decidi contar primeiro os problemas encontrados rodando com o carro turbo e outras mudanças feitas.
Depois de um tempo curtindo o carro turbo, fui animando mais com a preparação e decidi comprar as peças para forjar o motor e poder aumentar a pressão. Aproveitando ainda a o dólar baixo, comprei biela Eagle e pistão forjado CP (pistão com 11.5:1 de taxa; preferi manter a taxa próxima da original para manter uma boa fase aspirada), conjunto de válvulas Ferrea e retentores, e o jogo de molinhas e pratinhos da Supertech. Mais tarde comprei uma nova turbina, uma Garrett GTX3076, um modelo bem atual e roletada, apesar de ser maior que a minha atual, imaginava que a pegada seria cedo também por ser roletada. Com essas peças na mão ficou faltando só a compra da nova bomba de óleo para poder girar mais alto um pouco. Enquanto decidia qual bomba de óleo eu iria pegar, fui fazendo outros upgrades necessários.
Os calços originais do carro não aguentavam o torque que o turbo produzia, fazendo o motor mexer muito no cofre. Com isso acabei optando por um jogo de calços importados da Hasport, utilizando buchas de PU de dureza U70. Por não ser um PU tão rigido, a vibração no interior do carro ficou bem pequena.
Ainda na indecisão sobre qual bomba de óleo utilizar aconteceu o primeiro problema na caixa (depois de rodar cerca de 30.000 km com o turbo). O garfo de terceira e quarta da caixa veio a quebrar e com isso acabei perdendo a luva e sincronizado dessas marchas. Por sorte um amigo meu tinha essas peças e consertei a caixa bem rápido. Nem duas semanas depois disso, a engrenagem de segunda quebrou (bem comum em Si turbo). O problema da segunda marcha é que ela vem no eixo primario, com isso acabei tendo que trocar o eixo todo e mais engrenagem que vai no pinhão. Consegui encontrar tudo que precisava por aqui e o carro voltou a rodar. Um tempo depois a coroa veio a quebrar, também achei as peças disponiveis aqui. E por ultimo a quarta marcha quebrou (comum também de acontecer em Si turbo). Como já imaginava que a quarta que tinha quebrado e não tinha a peça disponível por aqui, decidi desmontar a caixa na garagem de casa mesmo.
Depois da caixa retirada do carro, levei ela pra casa e abri, confirmando que a quarta que tinha quebrado mesmo. Com a quarta quebrada e sem conseguir achar as peças por aqui o carro ficou parado por um tempo. Depois apareceu uma caixa usada aqui no ES em um preço bom, acabei pegando e deixando a caixa com a quarta quebrada em casa, para depois decidir o que faria com ela. A instalação da caixa “nova” no lugar foi o mais dificil, conseguir encaixar ela na posição sem um elevador ou um macaco para ajudar foi bem dificil. Para isso contei com ajuda de um amigo (Umberto) para conseguir encaixar ela no lugar e terminar de montar tudo (agregado, semi-eixos etc).
Carro inteiro e rodando novamente. Mas nesse ponto já tinha desanimado do projeto e acabei decidindo por desmontar o turbo. Vendi todas as peças que tinha comprado para fazer upgrade do turbo e coloquei meu kit turbo a venda para partir para um projeto aspirado.
Nesses 40.000 km que rodei com o carro turbo fiz algumas mudanças no sistema de suspensão. Por oportunidade acabei pegando um jogo de coilover D2 Racing e colocando no lugar da HFP que eu utilizava. Suspensão muito boa, com várias regulagens, mas para o meu uso estava meio ruim. Asfalto aqui não é muito bom então o carro quicava demais (as molas da D2 tinham a carga bem elevada). Como ES não faz eventos de Track Day, acabou que eu tinha uma suspensão boa mas para o meu uso não estava me atendendo. Decidi pesquisar quais configurações de suspensão o pessoal usava lá fora. Apesar de as condições de asfalto lá serem muito melhores, consegui achar uma configuração que me atenderia aqui.
O conjunto escolhido foi amortecedores Koni Yellow (possuem apenas regulagem de “rebound”) com um jogo de molas Neuspeed Sport. A instalação dos amortecedores é meio complicada, enquanto o traseiro é “plug n play”, o dianteiro já precisa de um processo de adaptação. Os amortecedores dianteiro são vendidos como “inserts”, você tem que pegar um amortecedor original, serrar uma parte para tirar o “insert” original, fazer um furo no fundo para depois que colocar o “insert” novo, você parafusar para ele não sair. Como eu perdi as fotos de eu fazendo isso nos meus, achei as fotos na internet para poder ilustrar o processo (e a imagem do passo a passo disponibilizado pela Koni).
Como estava colocando um novo jogo de suspensão aproveitei também para trocar todas as buchas do conjunto.
Com o novo conjunto entrou também um jogo de rodas 18×8.5 da Koya Racing. Como as novas rodas utilizam porcas cônicas, não podendo mais utilizar as originais, aproveitei e peguei um jogo de porcas de aluminio com um conjunto de estojos ARP (a foto da instalação dos estojos foi antes da troca da suspensão).
Após essa mudança também veio uma nova barra de torção traseira de 17 mm (original tem 14 mm) para segurar mais a traseira do carro. No meio disso tudo acabei voltando o freio do carro para o original após as pastilhas que eu estava usando no conjunto de Accord acabarem.
Desculpem por não ter muitas fotos neste post. Acabei perdendo todas elas, inclusive as da caixa quebrada. No próximo post irei falar da preparação aspirada, minha primeira experiência em track day.
Abraços!
Por Augusto Zuqui, Project Cars #358