Depois de colocar o carro pra andar, agora é hora da customização. Precisa de rodas, pois a rodas que tava nela eram horríveis e diferentes uma da outra, pneus carecas e precisava resolver isso urgente.
Tem um amigo, o Jorge, que tinha uns pneus seminovos, Pirelli Scorpion Mud, 255/70-16, o Henry, novamente o genro, esse sempre deu a maior força e ajuda, tinha um jogo de rodas e pneus 16 para asfalto que já estava querendo vender fazia algum tempo e acabei fazendo rolo com o Jorge nos Mud. Aí comecei a correr atrás das rodas, queria rodas aro 16, tala de no mínimo oito polegadas e off-set negativo. Acabei achando um jogo de rodas novas a um bom preço e comprei. Vieram do sul, marca Rodabrás.
Mas como nada pode ser tão fácil, lembra lá no inicio na história, contada pelo antigo dono que ela havia sofrido um acidente, isso acabou entortando o suporte das molas traseiras o que deixou a pick-up torta. Recorri a um amigo o Alemão que mexe com molas de caminhão e resolvemos o problema.
Olha aí as molas desmontadas e o eixo baixado
Olha a folga
As rodas vieram na cor prata e queria numa cor escura, pintei de grafite, e montei os pneus.
Rodas Pintadas
Desmontamos eu e o genro toda a grade dianteira e o para choques e pintamos tudo de grafite.
Depois disso parti pra fabricação do para choque traseiro, comprei usado um para-choque de caminhão, adaptei no para-choque traseiro e coloquei duas manilhas de reboque de ½ polegada. Ficaram muito bom esteticamente e também funcionais (tive que tirar um Frontier 4×2 arrastando uma carreta num morro e o para choque passou muito bem no teste). Por baixo ele vai preso ao chassi.
Parti agora pra fabricação do para choque dianteiro. O Alemão que tinha resolvido o suporte das molas mexe com reforma de baús e tem todo material necessário pra fabricação. Ideia na cabeça, vamos à luta.
Combinei com ele de fazermos o para choque, o Adriano manja das dobras e o Mauricio da solda. O resultado é isso aí:
Tudo em preto fosco.
Ganhou lanternas traseiras novas, pois a direita tava quebrada.
Estava tudo nos conformes, tudo como eu queria. Fizemos alguns passeios em família, Pedra do Jair em Sapucaí Mirim/MG, Pedra de São Domingos no Córrego do Bom Jesus/MG, algumas trilhas na minha região.
Trilha do Lobisomem aqui na minha cidade, o Pedro meu filho gosta
Mas quando chega o dia de irmos ao Salão do Automóvel em SP, zebra, chegando à alça de acesso a do SP Expo a “Onça” apaga, a temperatura tinha subido e a filha da mãe quase atrapalha nossos planos, aguardei um pouco, aquela fila enorme e eu atrapalhando, fui testar a partida ela pegou sai cortando todo mundo meio por cima da calçada fui parar dentro do estacionamento, encostei num lugar do lado do acesso com autorização do pessoal e deixei lá.
Ingressos comprados antecipadamente, eu a Simone o Pedro, a Ana e o namorado dela, fomos curtir o Salão, lá pelas 20 horas liguei na seguradora e pedi um guincho era na quinta feira, liguei pro meu genro ir buscar o povo e fiquei esperando o guincho, lá pelas 22 horas apareceu, um senhor muito falador e educado; pouco depois da meia-noite chegamos eu moído de cansado.
Mas como não iria trabalhar no outro dia levantei mais tarde, fui no Claudinho o mecânico contei a história e vamos mexer. Combinada a mão-de-obra, levei na segunda. Tinha um evento da Suzuki aqui na cidade, um rali, e eu ia fazer o apoio. Liguei pro cara com quem eu tinha feito contato pra prestação do serviço, triste e disse: “Pô Sato, queimou a junta do cabeçote da ‘Onça’. Não tem como fazer o apoio. Ele muito de boa falou: “Tem nada, vem pra cá, você ajuda no apoio interno”. Eram uns trocados que me ajudariam. A “Onça” tava andando de boa abaixo dos 2.500 giros sem drama com a tampa do radiador semi-aberta.
Na segunda levei pro Claudinho ele desmontou, havia dado passagem de água em um pequeno ponto do cabeçote, não se sabe se era defeito na junta ou no próprio cabeçote.
Desmonte
Cabeçote Fora
Na terça levei o cabeçote e o radiador em Bragança, foi feito no cabeçote, aplainamento, troca de retentores de válvulas e regulagem das mesmas.
Cabeçote refeito
No radiador, “varetagem”, limpeza, troca dos bocais de entrada e saída de água e pintura.
Ficou tudo zero.
Corri em SP comprei junta agora com 1,65mm de espessura o que é recomendado pós-aplainamento e retentor do comando. Tudo montado ficou pronto no sábado aproveitei e troquei o cabeçote do filtro de diesel que já tinha comprado quando foi mexido a primeira vez acabei não trocando.
Agora tá filé, só esperando alguns quilômetros para poder reapertar o cabeçote e trocar a água do radiado e colocar um fluido refrigerante. Apesar de muitos não acharem interessante, estou rodando sem válvula termostática, o que mantém a temperatura no meio em uso mais severo e em ¼ em uso normal ou moderado. Já rodei alguns quilômetros com ela depois do conserto e agora tá tudo ok. A regulagem do cabeçote melhorou a força e o torque, já fiz teste com tração e reduzida, estou muito contente no momento. Agora é curtir os passeios e as trilhas. O último passeio foi na Confraternização 4×4 no Pacaembu.
É claro que não tem fim um projeto desses. Fabriquei o para choques com intuito de por um guincho elétrico.
E também preciso trocar os pneus, que vão ser 265/75-16 com recapagem VJ910 da Vipal..
Quero fazer um bagageiro de teto onde vai o estepe.. Assim
Mas por hoje é isso o que eu queria contar para vocês. Gostaria de agradecer os votos dos leitores do FlatOut, e a oportunidade dada pelos editores. Espero que tenham gostado da história!
Por Eliezer Messias, Project Cars #408
Uma mensagem do FlatOut!
Eliezer, como sempre falamos por aqui, é sempre muito legal ver um carro que parecia perdido ser recuperado, consertado e usado como se deve. Essa Hilux certamente estava implorando por lama havia muito tempo. Parabéns pelo projeto e continue curtindo seu 4×4!