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Rolls-Royce Boat Tail é o carro novo mais caro do mundo
A Rolls-Royce anunciou nesta semana que terá uma divisão de “coachbuilding” para personalizar a carroceria dos carros de seus clientes. É um passo além do programa de personalização normal (até onde um Rolls-Royce pode ser normal, claro), já que cria-se carrocerias sob medida de acordo com os caprichos de quem encomendá-las.
A ideia, na prática, formaliza a divisão que construiu o Rolls-Royce Sweptail, one-off feito sob encomenda em 2017, e disponibiliza o serviço para quem estiver disposto a pagar. E a verdade é que, apesar de o programa ter sido anunciado há poucos dias, já existe um carro pronto: o Rolls-Royce Boat Tail, que foi revelado ontem (27) e provavelmente é o novo carro zero-quilômetro mais caro do planeta. Os clientes – um casal, pela nota oficial da Rolls-Royce – pagaram nada menos que US$ 28 milhões pelo veículo. Isso dá cerca de R$ 147 milhões em conversão direta. Uma grana.
Mas o que esse carro tem de tão especial, além do fato de ser um Rolls-Royce sob medida, para custar tanto?
O carro é inspirado pelo Rolls-Royce Phantom II Boat Tail Tourer, exemplar de 1932 que tinha a carroceria parcialmente feita de madeira, com a parte de trás imitando a popa de um barco. O casal que encomendou o Boat Tail moderno também é dono do Phantom II Boat Tail Tourer, que passou por uma restauração completa. Inspiração justa.
O Boat Tail que a divisão de coachbuilding da Rolls-Royce construiu é realmente exclusivo – não é um modelo existente, como o Wraith ou o Ghost, modificado. Ele foi construído do zero usando a plataforma modular “Architecture of Luxury” da Rolls-Royce, e tem um V12 de 6,75 litros e 460 cv ligado a uma caixa automática de oito marchas. É o mesmo powertrain do Rolls-Royce Phantom.
Todo o resto foi feito sob medida. Com o Boat Tail, a Rolls-Royce estreia uma nova identidade visual na dianteira, com faróis de desenho mais elaborado e uma grade melhor integrada à carroceria – mais discreta que o “Partenon” cromado, com pintura na cor da carroceria, incluindo os filetes. A Rolls-Royce afirma que 1.813 componentes individuais foram desenvolvidos e produzidos para o carro. As exceções, como o sistema de som do Phantom, tiveram de ser completamente reformuladas.
O porta-malas certamente é o aspecto mais chamativo do carro: trata-se de uma unidade bipartida, com duas tampas que se abrem como portas asa-de-gaivota, com duas geladeiras. Uma delas foi criada especificamente para guardar o champagne favorito de seu dono e mantê-lo na temperatura exata de 6°C, que é considerada ideal para a bebida. Na traseira, dois ventiladores embutidos ajudam a garantir que nem o mais quente dos dias afete o funcionamento do sistema.
O compartimento também abriga um conjunto completo de talheres, dois banquinhos dobráveis de fibra de carbono e um guarda-sol embutido para garantir o piquenique regado a champagne mais luxuoso que esse mundo já viu.
O acabamento do porta-malas usa madeira folheada italiana Caleidolegno, material que geralmente é aplicado ao painel, com tingimento cinza. E o painel realmente traz o mesmo tipo de acabamento, complementado por pintura na mesma cor da carroceria e couro azul.
De acordo com a Rolls-Royce, a ideia era dar ao Boat Tail um interior minimalista. Assim, a maior parte dos comandos, bem como a central multimídia, fica escondida quando não está em uso. Por outro lado, há dois relógios suíços Bovet 1822 alojados no painel, bem como um estojo para uma caneta Montblanc que, segundo a fabricante, é “particularmente apreciada” por seu proprietário. E quem nunca levou sua caneta preferida para um piquenique de Rolls-Royce, não é mesmo?
O Rolls-Royce Boat Tail, tal como um barco, é aberto e foi criado para ser conduzido sem capota. Mas há uma capota de tecido pequena para emergências, claro.
Os US$ 28 milhões (ou R$ 147 milhões) que o Rolls-Royce Boat Tail custou o permitem superar com muita tranquilidade o preço daquele que era o carro zero km mais caro do mundo até agora: US$ 13 milhões (cerca de R$ 67 milhões), que foi quanto custou o Sweptail. (Dalmo Hernandes)
BMW 320i GP 2022 é lançado no Brasil por R$ 268.000
A BMW anunciou nesta semana o 320i GP 2022. O carro chega por R$ 267.950, R$ 8.000 mais caro que o modelo 2021, e vem com alguns equipamentos a mais.
A principal atração são os itens de tecnologia e conectividade. Agora, o 320i GP tem painel totalmente digital e assistente de estacionamento autônomo – em vagas de estacionamento e balizas, o carro consegue usar sensores e câmeras para estacionar sozinho. Além disso, o sistema também inclui o Reverse Assist, que refaz em marcha a ré os últimos 50 metros percorridos pelo veículo (uma mão na roda na hora de sair de vagas apertadas).
Fora isso, nada muda. O carro continua a oferecer outros itens como o assistente virtual BMW Connected Drive, que aceita comandos de voz e oferece serviços de concierge e integração com Apple CarPlay, Android Auto e Amazon Alexa. O motor continua sendo o 2.0 turbo flex de 184 cv e 30,6 kgfm de torque, sempre acoplado a uma caixa automática de oito marchas que leva a força para as rodas traseiras. E provavelmente o Série 3 vai continuar sendo o líder do segmento dos sedãs médios premium, no qual atualmente conta com 70% de participação. (Dalmo Hernandes)
Mercedes-Benz Classe E reestilizado chega ao Brasil por R$ 556.000
A eterna rival da BMW também trouxe novidades nesta semana, mas em um segmento superior: o Mercedes-Benz Classe E, que recebe no Brasil a reestilização que já foi revelada há cerca de um ano lá fora.
As novidades visuais são bem perceptíveis – os faróis ganharam novo formato, mais afilado e “bravo”, combinando com o restante da gama da Mercedes, e a traseira mudou completamente com lanternas horizontais bem mais largas. Em contrapartida, o interior não mudou tanto – a arquitetura do painel e a disposição dos elementos são os mesmos, mas os acabamentos e alguns recursos são novos, como o volante.
No Brasil o novo Classe E será vendido em três versões: E300 AMG Line, E300 Exclusive, e AMG E63 S. As duas primeiras são, na verdade, níveis de acabamento para o E300, que usa um 2.0 turbo a gasolina com 258 cv e 37,7 kgfm de torque, sempre com câmbio de nove marchas – suficiente para ir de zero a 100 km/h em 6,2 segundosm com máxima limitada em 250 km/hO E300 AMG Line emula uma versão AMG “de verdade”, com para-choques e grade de desenho mais esportivo inspirado no E63, além de acabamento preto no lugar dos cromados; enquanto o Exclusive faz a linha clássica, com filetes horizontais na grade e a tradicional estrela de três pontas no topo.
Já o E63 S é, bem o E63 S – a variante mais potente do Classe E, e também a mais cara por aqui: custa R$ 1.400.900.
O motor é o V8 biturbo de quatro litros da AMG, com 612 cv e 83,6 kgfm, ligado a uma caixa de dupla embreagem e nove marchas que leva a força para as quatro rodas. O sedã vai de zero a 100 km/h em 3,4 segundos, com máxima limitada eletronicamente em 300 km/h.
Faz sentido que ele custe o dobro quase o triplo: além do conjunto mecânico em outro nível, ele tem condução semi-autônoma nível 2 , bancos climatizados ativos e suspensão pneumática com controle ativo de rolagem da carroceria. Além disso, esses carros vendem sempre, com crise ou sem crise. (Dalmo Hernandes)
Mercedes finalmente conseguiu soltar a porca da roda do carro de Bottas
Caso você não tenha acompanhado a Fórmula 1 recentemente, Valtteri Bottas abandonou o GP de Mônaco devido a uma porca de roda emperrada, que acabou espanada e inviabilizou a retirada. Na verdade, o pit stop oficialmente durou 43 horas e 15 minutos, e não foi encerrado com a solução do problema.
A situação foi tão crítica que a equipe decidiu levar o carro com a roda montada para o QG da Mercedes, na Inglaterra, para usar equipamentos mais especializados para remover a porca — daí o pit stop ter durado, oficialmente, 43 horas e 15 minutos, tornando-se o pit stop mais demorado da história da F1.
E, mesmo nas oficinas da Mercedes o processo de remoção da porca foi demorado: somente nesta última quinta-feira (27), depois de cinco dias desde o início da tentativa de remoção da porca, é que ela finalmente foi removida para liberar a roda.
Agora, depois do fiasco, a Mercedes anunciou que irá analizar o projeto da porca para entender o porquê de ela ter ficado emperrada e evitar o problema futuramente. (Leo Contesini)
Salão de Genebra é adiado para 2022
O Salão de Genebra de 2020 foi cancelado no último instante, bem no início da pandemia de COVID-19.. Em 2021, o evento foi cancelado – gerando um prejuízo estimado em 11 milhões de francos suíços (cerca de R$ 63,8 milhões em conversão direta).
A edição de 2022, por outro lado, já está confirmada. Mas foi difícil: os organizadores do Salão de Genebra haviam pedido um empréstimo de 14 milhões de francos ao governo da Suíça. O empréstimo foi concedido, mas com diversas condições com as quais a organização não concordava: a primeira parcela, de 1 milhão de francos, deveria ser paga ainda em 2021, bem como o evento deveria ser realizado neste ano. Além de inviável financeiramente, o evento provavelmente teria sido um fracasso: as próprias fabricantes se manifestaram dizendo que preferiam o evento no ano que vem.
Em reunião, os membros do conselho administrativo do Salão de Genebra decidiram vender os direitos sobre o evento a outra empresa, a Palexpo SA. Com isso, foi possível salvar o Salão, que foi marcado para os dias 19 a 27 de fevereiro de 2022. (Dalmo Hernandes)