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Alemanha quer processar motorista que chegou a 417 km/h com Bugatti em autobahn
Você talvez tenha ouvido falar da história do proprietário de um Bugatti Chiron que resolveu testar os limites da liberdade de se dirigir em uma autobahn sem limites e de se ter um carro que chega a mais de 400 km/h. Pois bem… parece que a liberdade não é tão livre assim. Depois que o vídeo se tornou público, a polícia do estado da Saxônia-Anhalt decidiu abrir uma investigação sobre Radim Passer, o proprietário do Chiron que se filmou a 417 km/h numa autobahn.
Segundo a imprensa europeia, a polícia está investigando se houve uma tentativa de “corrida ilegal” no feito e, se for o caso, Passer pode ser preso por dois anos. Segundo Passer, o vídeo foi gravado com todas as devidas precauções de segurança, em um trecho reto e com boa visibilidade.
A publicidade do vídeo levou o ministro dos transportes da Alemanha a repreender Passer publicamente, dizendo que “rejeita qualquer comportamento que possa colocar em risco os usuários da rodovia”. Além disso, o ministério apontou que o fato de não haver limites não significa que os motoristas podem fazer o que quiserem e que só se deve dirigir rápido se o veículo estiver constantemente sob controle. Enquanto isso, a chefe do departamento local de transportes disse que “há sérias dúvidas sobre o que aconteceu”.
Nota-se claramente um duplo padrão e uma possível politização da questão dos trechos ilimitados das autobahnen. Ora, a legislação de trânsito trabalha com restrições. Se não é proibido, é permitido. Se não há limite de velocidade e você tem um carro capaz de atingir 417 km/h, não é ilegal exercer este direito. Se é moral ou se é inteligente, é outro debate.
Passer, que não é um cara ingênuo, certamente está ciente da discussão acerca dos limites de velocidade que está em andamento na Alemanha depois da mudança do governo — sendo que o novo governo é declaradamente contrário aos trechos sem limites das autobahnen, e só não mudou este cenário por uma questão de respeito à democracia, um vez que a maioria da população rejeita os limites e deseja ter estes trechos ilimitados.
Contudo, já dizia um homem sábio que a liberdade exige responsabilidade, e gravar a si mesmo tentando quebrar um recorde de velocidade, ainda que dentro da legalidade, dá margem para questionamentos e munição para detratores. Passer gravou a si mesmo tentando atingir uma determinada velocidade. Isso pode, com uma boa argumentação, ser caracterizado como uma corrida — um time trial ou um land speed record é uma corrida de um carro só, afinal. Tudo fica mais difícil quando você chama o negócio de “Top Speed Test” e usa um macacão de piloto no “teste”.
A velocidade segue sob ataque, e esse tipo de comportamento apenas serve para ser distorcido e usado contra aqueles que desejam preservá-la. “Obrigado” por isso, Herr Passer. (Leo Contesini)
Toyota “resolve” escapamento visível do Corolla Cross
Por mais engraçado que o nome “Corolla Cross” seja para nós entusiastas, ou quão estranha seja a transmutação de um sedã formal de senhores de meia idade (aqui no Brasil, claro; essas coisas variam de lugar para lugar) em um SUV aventureirinho de selvas urbanas, nada disso é importante. O que importa é só uma coisa: o Corolla Cross, como quase qualquer coisa que se conforme aos padrões do formato “SUV” hoje em dia, é um enorme sucesso de vendas.
Se nós largamente o ignoramos, o povo os compra em quantidades que em breve, não duvide, devem inviabilizar a continuação do tradicional sedã Corolla. Mas este mesmo povo que adora ele tem suas críticas também para com o veículo; a mais recorrente bem prosaica e engraçada: ninguém gostou da panela do silenciador aparecendo debaixo do para-choque.
Esse fato não deixa de ser uma prova de quanto evoluímos: se é disso que se reclama, estamos realmente bem. De qualquer forma, a peça é mal projetada sob o ponto de vista estético mesmo. Provavelmente o departamento de estilo nunca a viu, só no carro pronto, imaginando-a totalmente escondida durante o projeto, e descobrindo a realidade no lançamento. Acontece. Normal. Shit happens.
Agora o gigante industrial Toyota, o conglomerado que é hoje o maior fabricante de automóveis do mundo, adotou uma solução. A mesma solução que eu adotei em casa nos meus Chevettes, e na minha perua BMW quando corrosão de superfície fez o escapamento feinho: pintou ele de preto fosco para sumir visualmente debaixo do carro.
Claro que não fez como eu, usando muito jornal velho e uma lata de Colorgin, embora o efeito seja idêntico. Tem gente já reclamando que é uma solução com cara de temporária, não completa, uma gambiarra. Em minha humilde opinião, problema resolvido! Próximo! (MAO)
Jeep Commander tem vendas suspensas por “excesso de demanda”
Depois de termos uma picape como o carro mais vendido no Brasil, chegamos a uma outra situação inusitada — para dizer o mínimo — resultante da pandemia e do caos estabelecido como consequência: a Jeep teve que suspender as vendas do Commander, que não tem sequer seis meses de mercado. E a razão, diferentemente do que pode parecer, não é a falta de demanda, mas o excesso.
Sim, há gente demais e Commander de menos. A crise dos semi-condutores e as interrupções na cadeia de fornecimento fizeram com que a demanda não possa ser atendida e a fila de espera para receber um Commander já chega aos 180 dias. Por isso, a Jeep decidiu suspender as vendas do Commander até a próxima quinta-feira (3).
Além da interrupção na cadeia de fornecimento, a Jeep também tem que se adequar à demanda do novo Renegade turbo, que começará a chegar as lojas a partir deste mês e tem potencial para um maior volume de vendas.
Como resultado, a demanda reprimida deve estimular aumentos nos carros usados e até ágio pelos modelos novos, no caso dos carros comprados por revendedores. Até que a cadeia produtiva se estabilize entre o final deste ano e o início de 2024, pode se conformar com este “novo normal”. (Leo Contesini)
O Salão do Automóvel será em agosto, em Interlagos
O Salão do Automóvel de São Paulo já estava com problemas mesmo antes da pandemia; não por falta de interesse do público, que sempre lota completamente o evento, mas pela falta de entusiasmo dos fabricantes, que desistiram deles. Parece que nem os fabricantes gostam mais de eventos como esse, onde o entusiasmo pelo automóvel é tão vivo, visível, e exagerado, que chega a ser cafona. Uma pena; o moleque (ou garota) cheio de folhetos e fotos de modelos ao lado de carros de hoje, é um comprador de automóveis de amanhã.
Mas o fato é que com a pandemia, a coisa só piorou, nos fazendo pensar se teríamos outro. Mas agora a empresa organizadora RX (antiga Reed Exhibitions Alcântara Machado), que já havia definido o Autódromo de Interlagos como novo local, marcou uma data : 6 a 14 de agosto.
Agora será chamado “São Paulo Motor Experience by Salão do Automóvel”. Como você deve imaginar, pretende um evento diferente do que era. Ainda não sabemos detalhes destas mudanças, mas a parte “Experience” e Interlagos parecem implicar em demonstrações reais. Como e de que forma, é ainda uma incógnita. Teremos que esperar para saber. (MAO)
Lego lança novos kits de supercarros para montar
A coleção de automóveis do famoso brinquedo de montar Lego só aumenta. Chamada “Lego Speed Champions” esta série de kits será expandida em 2022, para a alegria de crianças de todas as idades. Serão sete novos carros, entre eles coisas realmente interessantes. E que mostram onde estão os interesses entusiastas mais amplos hoje em dia, de quebra.
Os supercarros italianos dos anos 1970 são representados por dois kits: Ferrari 512M 1970 e Lamborghini Countach, este último, com um desenho quase sem curvas, parecendo ideal para ser representado pelo brinquedo de tijolinhos geométricos. A Fórmula 1 é representada num kit com 2 carrinhos: Mercedes-AMG F1 W12 E Performance e Mercedes-AMG Project One. E finalmente, mais três carros modernos: Aston Martin Valkyrie AMR Pro e Aston Martin Vantage GT3 (em um kit só) e o Lotus Evija, este último o único elétrico.
Os carrinhos não são grandes, cada um deles na média com 250 peças Lego. Espera-se mais lançamentos desta série durante o ano, e embora os preços e disponibilidade no Brasil ainda serem incógnitas, os kits já existem nas lojas dos EUA, a um preço que vai de U$19.99 até U$39.99. (MAO)
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