Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.
O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!
Camaro COPO volta para 2023 com 1000 cv aspirados
Pode a burocracia ser algo sexy? A GM certamente imagina que sim, e por isso perpetua suas siglas burocráticas internas como nomes de veículos que imagina realmente especial. Um cara pode imaginar o prazer quase sexual de um executivo da empresa, anos imerso nas suas siglas e códigos, ao ver um carro com um código interno de pacote opcional tornado nome, como Z71 ou Z28.
COPO é mais um desses códigos internos que transbordaram para o mundo real. É uma sigla que na língua da GM significa “Central Office Production Order”; difere do opcional normal, o RPO (Regular Production Order), por ser normalmente algo mais especial e exclusivo. Costumava ser pedido de frotista: 1000 Impalas sem opcional algum e pintado de amarelo-fosco para uma frota de taxi qualquer, por exemplo.
Nos anos 1960, a Chevrolet resolveu usar este tipo de pedido para viabilizar burocraticamente e internamente pedidos de carros destinados a competição de arrancada e coisas do tipo; o mais famoso dos COPO foram os Camaros com V8 de sete litros (427 cid), quando via RPO normal podiam ser no máximo 6,5 litros (396 cid). O Yenko S/C 427 por exemplo, era um COPO da concessionária Yenko.
Nos últimos dez anos, o COPO voltou, não como um código burocrático, mas sim como uma iniciativa de marketing que aciona botões saudosistas dos hot-rodders americanos. Agora significa Camaro de corrida, novo, mas que não pode ser vendido nas ruas. Normalmente, para provas de arrancada. Agora tem até logotipo “COPO”.
Agora o Camaro COPO está de volta para 2023. E será equipado com o mais violento dos V8 Big-Block já criado pela GM, o poderoso ZZ632. Sim, o já famoso “crate engine” aspirado de 10,4 litros e mais de 1000 cv. É um motor de mais de dez litros que gira até 7000 rpm e tem ao redor de 100 cv/litro.
Como os americanos chegaram ao crate engine de 1.000 cv, 10 litros e 7.000 rpm?
Outras opções de motor para o novo COPO Camaro incluem um V8 da família LS com sete litros naturalmente aspirado e um LS V8 de 5,7 litros com supercharger, produzindo 470 cv e 580 cv, respectivamente.
É um carro de corrida, o que significa que não é legalizado para ser emplacado e usado nas ruas. Ele não tem nem um VIN ou documento, apenas uma Nota Fiscal. A Chevrolet ainda não anunciou o cronograma de entrega e os preços do carro, mas está aberta a encomendas mediante um depósito de US$15.000 (R$ 79.650). (MAO)
Este é o novo Donkervoort F22
A Donkervoort, aquela marca holandesa de Lotus Seven psicodélicos concebidos durante viagens lisérgicas esquisitas em Amsterdan, anunciou que lançaria um novo e revolucionário carro este ano, chamado de F22. Na época, disse somente que “Você nunca verá isso chegando” e “It will be Worth the weight”, um trocadilho holandês em que “Valerá a pena esperar” perde todo significado pela troca de espera, “wait”, por peso, “weight”. Muita gente pensou: ih, não vai ver chegando é silencioso; um elétrico.
Mas agora a marca lançou o novo F22 e… bem, parece exatamente igual ao antigo D8. Mas a empresa diz que nem um parafuso sequer é igual; é um carro totalmente novo. O nome F22 não é derivado do caça Stealth; na verdade, é uma homenagem para a filha primogênita do CEO Denis Donkervoort, Filippa, que nasceu em 22 de maio de 2022.
O carro continua usando o cinco em linha Audi turbo de 2,5 litros e 500 cv, tração traseira, câmbio manual de cinco marchas, e diferencial Torsen traseiro. Como o carro pesa apenas 750 kg em ordem de marcha, a relação peso-potência é de humilhar Bugatti: 667 cv/tonelada. Pode atingir 100 km/h em 2,5 segundos, e a velocidade máxima é de 290 km/h.
O chassi é um tradicional spaceframe de aço tubular de parede fina, mas usa a carroceria de fibra de carbono como elemento estrutural também, criando um carro com o dobro da rigidez do D8 GTO anterior. Com pneus Nankang de 18 polegadas de largura na frente e 19 polegadas atrás, a Donkervoort afirma que o F22 pode atingir 2,15g de aceleração lateral. Barrabás.
Discos de freio de aço com pinças de 4 pistões oferecem 1,2 g de desaceleração. Não há ABS, ou mesmo assistência alguma para os freios; apenas a direção do carro é assistida eletricamente. Não tem nenhum tipo de sistema de controle de estabilidade, mas existem configurações de controle de tração mecânico ajustável. A suspensão independente tem um sistema hidráulico opcional para elevar o carro 35 milímetros (para passar lombadas e rampas de garagem), mas, fora isso, é um carro analógico.
O preço na Europa começa em € 245.000 (R$ 1.379.350). A Donkervoort diz que fará apenas 75 dos F22, e diz também que sua tiragem inicial planejada de 50 carros esgotou já. As entregas começam em janeiro de 2023.(MAO)
BAC comemora 150 Mono vendidos
“Carro de corrida para as ruas” é um conceito muito abusado, usado para descrever até hatchbacks esportivados que pouco tem a ver com competição de verdade. Mas quando uma empresa produz um carro de motor central traseiro, monoposto e sem para-brisa ou teto, a definição é a primeira que vem à cabeça. “Carro de corrida para as ruas”, indeed.
A BAC, da cidade de Liverpool, Inglaterra, lançou o seu Mono no já longínquo ano de Nosso Senhor de 2011. Agora, meros 11 anos depois, anuncia com orgulho que produziu o Mono número 150. Produção em massa não é o assunto aqui, definitivamente.
O carro número 150 é da cobiçada variante R, e recebeu uma pintura especial sob pedido do comprador. É também o 29º Mono R produzido pela empresa, o que é celebrado em vários aspectos do veículo. Além da pintura especial, o carro incorpora o número 29 no contorno do farol, no nariz e nas aberturas das rodas. O número também está na asa traseira em amarelo, e na caixa de tomada de ar.
O Mono R tem um quatro cilindros de 2,5 litros naturalmente aspirado, derivado dos Ford Duratec, que produz 342 cv, combinado à uma caixa sequencial de seis marchas derivada de uma unidade de competição. Como o carro pesa apenas 555 kg, a relação peso/potência é de gente grande: 616 cv/tonelada.
A empresa expandiu sua rede de varejo em 2022 para a Alemanha, Cingapura e Malásia, dando à BAC um total de 48 territórios de exportação para o Mono. A BAC “tem uma série empolgante de anúncios em andamento”. O Mono R atualmente custa na Inglaterra £235.000 (R$ 1.520.450). (MAO)
Indiana Bajaj começa operações no Brasil
O fabricante indiano que é o terceiro fabricante em volume de motocicletas no mundo, a Bajaj, anunciou o início de suas atividades no Brasil. A Bajaj é uma importante empresa, com ligações com a KTM desde 2007, e capacidade para fabricar sete milhões unidades por ano.
A empresa vem ao Brasil com uma subsidiária oficial. As motos serão montadas em Manaus pela Dafra, juntando-se à Royal Enfield na mesma instalação. Três motos serão oferecidas inicialmente, da família Dominar, em 160, 200 e 400 cm³. Basicamente motos urbanas de alto volume de produção.
A Bajaj Dominar 160 vem para competir com a moto que perenemente ocupa o primeiro lugar em vendas no Brasil: a Honda CG. Para isso vem com um monocilíndrico de 160,3 cm³, com quatro válvulas e duas velas, somente a gasolina. Oferece 17 cv a 9.000 rpm, e 1,49 mkgf a 7.250 rpm.
Traz de série itens como conta-giros analógico, tela digital, indicador de marcha, marcador de combustível e assentos separados. A suspensão traseira é monoamortecida e o garfo dianteiro é invertido, e há ABS de série para o freio dianteiro. Usa pneus 90/90 R17 na dianteira e 120/80 R 17 na traseira, e custa R$ 18.680.
Um pouco acima desta moto está a Dominar 200; usa um monocilíndrico arrefecido à líquido de 199,5 cm³, 24,5 cv a 9.750 rpm e 1,89 mkgf a 8.000 rpm. Basicamente uma 160 com motor maior, custa R$ 19.637.
A boa novidade aqui é a Bajaj Dominar 400; uma opção de moto no estilo das Honda CG, mas com um motor significativamente maior. Continua um monocilíndrico, mas é arrefecido à líquido, DOHC com 4 válvulas e nada menos que 3 velas de ignição, e generosos 373,3 cm³. Sim, é uma 370 e não uma 400; mas quem liga?
O fato é que a moto tem 40 cv a 8.800 rpm, e 3,57 mkgf a 6.500 rpm, e é uma moto de maior porte que as outras, mas não é enorme: o entre-eixos cresce de 1372 mm na 160 para 1453 mm na 400; o peso passa de 151 kg para 184 kg. As rodas são de liga leve com 17 polegadas, e pneus 110/70 na dianteira e 150/60 na traseira. Custa R$ 24.200.
A 400 é uma moto que pretende permitir uso em estradas também: vem com protetores de mão, bagageiro com pequeno encosto para garupa, protetores de motor e pernas, suporte para GPS e tomada USB no guidão. O painel é totalmente digital e vem com duas telas.
A Bajaj por enquanto conta com 5 concessionárias. Todas estão no estado de São Paulo, sendo 2 na capital, uma em Santo André, uma em Jundiaí e uma em Campinas. De acordo com a marca indiana, suas próximas concessionárias devem abrir em breve em Brasília, Belo Horizonte, Florianópolis e Rio de Janeiro. (MAO)