FlatOut!
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Zero a 300

O último Hellcat é um Demon ainda mais potente | O último cupe V12 da Rolls-Royce | Corolla GR no Brasil e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

 

Último dos últimos: este é o Dodge Challenger SRT Demon 170

Então chegamos ao último dos Dodge “Last Call”, a série de despedida dos Dodge V8, que ano que vem devem ser substituídos por outras coisas, como o elétrico Charger Daytona SRT mostrado recentemente. A despedida está sendo estendida ao máximo; ao mesmo tempo que abandona seus clientes tradicionais, a Dodge os celebra de uma forma épica.

O último Dodge V8 especial chama-se Dodge Challenger SRT Demon 170, e é uma evolução do mais potente e veloz de todos eles, o anterior Demon SRT de 2017, com seu V8 supercharged de 819 cv. O Demon anterior famosamente fazia o quarto de milha em menos de 10 segundos, de fábrica, um “10-second car” que podia ser comprado em concessionária.

Este novo Demon, claro, supera o antigo. Mais que isso: é uma ode ao excesso como forma de arte, uma celebração de um tipo de automóvel que vai acabar, por uma segunda vez. Sim, uma segunda vez: para quem não lembra, os Muscle-cars acabaram em 1970, “para nunca mais voltar”. Mas voltaram. O futuro não está escrito, ainda, sabe?

Mas divago; o fato é que o novo Demon “Last Call” é o mais superlativo Muscle-Car já saído de uma empresa americana. Rodando com E85, o V8 de 6,2 litros e com compressor mecânico dá nada menos que 1039 cv (1025 hp) a relativamente altos 6500 rpm, e 130,6 mkgf de torque a 4200 rpm. Mesmo com gasolina, dá mais de 900 cv. Um monstro.

Como todo muscle-car, esses carros são pesados, em torno de 2 toneladas. Mas isso não impede dos números de desempenho sejam de cair o queixo: o carro é capaz de levantar a frente em arrancadas, a ponto de tirar as duas rodas dianteiras do chão.

Faz o 0-96 km/h em nada menos que 1,66 segundos, e o quarto de milha é de dragster dedicado: 8,91 segundos a ridículos 243 km/h. Sim, da imobilidade até 243 km/h em menos de 9 segundos, em coisa de 400 m. Ridículo!

A velocidade máxima oficial ainda não foi revelada, mas os vídeos-teaser sugerem 215 mph, ou nada menos que 346 km/h. De novo, ridículo. Mas de um jeito bom, claro! É um carro muito especial, este, um momento da história. Por isso, daremos mais detalhes dele ainda hoje, em uma matéria completa dedicada a ele.

As encomendas começam dia 27 de março nos EUA, a partir de US$ 96.666 (R$ 506.529). A Dodge planeja fazer 3.300 Demon 170, 3000 para os Estados Unidos e 300 para o Canadá. Será produzido de julho a 31 de dezembro de 2023.

Mas o melhor não e isso: é que com o lançamento, provavelmente nunca mais veremos aquele esquisitíssimo Leprechaum-capeta bombadão de CGI ruim da campanha-teaser. Ufa! (MAO)

 

Rolls-Royce mostra edição especial que marca fim do Wraith V12

Hoje parece ser o dia de previsão de futuro mesmo: não bastasse o último Dodge V8, a Rolls-Royce mostra também o seu último cupê V12. Lembrando que o anterior “último cupê V12” era na verdade um chassi sem carroceria, vendido assim para que você montasse nele a sua própria carroceria, cupê, ou qualquer outro tipo. Esta versão do “último Rolls-Royce V12” aconteceu em 1939, quando acabou a produção do chassis Phantom III, o “último Rolls-Royce V12”.

O último Rolls-Royce V12! Não, pera…

Sessenta anos depois, em 1998, aparecia outro Rolls V12, o Seraph, e de lá até hoje, este tipo de motor se tornou a base da marca. E agora, com muita fanfarra, temos de novo um último deles. Se gostasse de apostar, apostaria que o próximo V12 vem em menos de 60 anos.

Mas divago; conheça o (respire fundo) Rolls-Royce Black Badge Wraith Black Arrow 2023. Apenas doze carros serão feitos, e, obviamente, como é praxe hoje em dia, todos já estão vendidos. É basicamente um cupê Wraith normal, mas com uma decoração exclusiva e cores idem. As cores e técnicas de aplicação foram refinadas ao longo de 18 meses, tornando esta uma das pinturas automotivas mais complexas já criadas pela Rolls-Royce.

O Thunderbolt, 1938

O tema das cores se inspira no Thunderbolt de George Eyston, o recordista mundial de velocidade em 1938 (quando acabava o V12 terrestre da Rolls pela primeira vez, lembre), que usava dois V12 aeronáuticos da marca, com 36 litros cada um. Por isso os detalhes em amarelo, que estavam no Thunderbolt para ajudar a visualização no sal de Bonneville, onde foi batido o recorde.

Há mais referências ao recorde aqui: no interor, o teto tem 2.117 luzes de fibra ótica, dispostas em um padrão que representa o céu noturno sobre Bonneville no dia do recorde do Thunderbolt em 1938.

Não, o Wraith não tinge os 575 km/h do Thunderbolt; é limitado a 250 km/h. Mas seu V12 de 633 cv e 83,6 mkgf faz o leviatã de 2440 kg chegar a 100 km/h a partir da imobilidade em 4,8 segundos.

Não há menção do preço do carro, e de qualquer forma todos já foram vendidos. Um Wraith “normal” não saía por menos de US$ 311.000 nos EUA, ou nada menos que 1.629.640 dos nossos pobres reais. Ouch!

 

Hyundai mantém botões físicos no painel, ao invés de controles via tela

Da Coreia do Sul vem a notícia de algo que todos nós aqui fora, que já experimentamos todo tipo de tela sensível ao toque em automóveis, já sabemos: os botões físicos parecem ser a malhor escolha.

A Hyundai entrou na onda das telas duplas com telas semelhantes a tablets montadas no painel. Mas não abriu mão dos controles convencionais. Enquanto muitos integram TUDO na tela central sensível ao toque, seguindo a liderança da Tesla (influenciada por sua casa ancestral no vale do silício), muitos dos recursos dentro de um Hyundai ainda são acessíveis simplesmente pressionando um botão.

A popularidade das telas não é só para parecer moderno como um smartfone. Assim, o hardware do carro fica muito mais barato de se fazer. Basta colocar a telona lá, fisicamente. O resto, é software. Botões são infinitamente mais complexos, e caros, de se projetar.

Sang Yup Lee, chefe da Hyundai Design, disse à revista australiana Cars Guide que o raciocínio por trás da decisão de manter os botões é uma questão de segurança: “Quando você está dirigindo, é difícil controlar a tela sensível ao toque sem olhar para ela, enquanto uma tecla é fácil perceber e sentir, sem olhar.”

Ele continuou mencionando que a Hyundai manterá os botões físicos pelo maior tempo possível, reservando essas telas para quando e se vierem os veículos autônomos nível 4, onde nem volante será necessário.

Enquanto isso não acontece, a Hyundai mantém os controles tradicionais. Mesmo um carro com design futurista, como o sedã elétrico Ioniq 6, ainda possui atalhos fora da tela sensível ao toque para o ar-condicionado e outras funções usadas com frequência. Lee argumenta que é “mais seguro ter os olhos na estrada e as mãos no volante”. Amém! (MAO)

 

Brasil receberá 300 GR Corolla

A ansiedade está quase nos matando, mas vamos aguentar. O GR Corolla, o supercarro que é um Corolla também, está a cada dia mais próximo de chagar aqui no nosso país.

O site Motor 1 argentino falou esta semana com Daniel Herrero, coordenador da Gazoo Racing naquele país, questionando sobre o GR Corolla argentino, ainda não confirmado. Mas a entrevista rendeu também novidades para nós.

É engraçado já termos o carro confirmado aqui no Brasil, e a Argentina ainda não. Segundo Herrero, quando consultada no passado, a Argentina disse que poderia ficar com 300 dos Yaris GR, e o Brasil não queria nenhum. Só depois do furor mundial pelo pequeno carro de rali, todo mundo quis revisar seus pedidos, mas já era tarde. Por isso, GR Corolla apareceu.

Toyota GR Corolla: os detalhes técnicos que fazem dele o carro mais especial do ano

Assim, o GR Corolla foi uma espécie de continuação do Yaris, principalmente para os mercados que não tiveram o GR Yaris. O executivo falou também de quantidade: 300 unidades do GR Corolla devem vir ao Brasil. O que é bem mais do que esperávamos, e uma boa notícia.

Herrera disse também que apesar do preço ainda não estar definido, o lançamento será em breve no Brasil, e os carros devem chegar no fim do ano às concessionárias. E mais: receberemos dois níveis de acabamento, incluindo a “Circuit Edition”!

Vocês não estão vendo, mas estou dando gritinhos de alegria feito uma debutante ouvindo K-pop. Mal podemos esperar para colocar as mãos no Corolla que apesar de tão Corolla quanto qualquer Corolla, é uma fera de 300 cv e tração integral permanente. Não será barato, mas será épico. (MAO)