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Agora é verdade: o último Gol é efetivamente produzido
Agora é realmente o fim, definitivamente. Como dissemos antes aqui, o último Gol seria não um dos 1000 “Last Edition”, e sim um carro normal, sem diferença especial comparado com qualquer outro Gol que existe. A VW o produziu até o último dia que trabalhou este ano, mas a partir de 2023, não será feito mais nenhum Gol zero km.
O último Gol foi produzido dia 23 de dezembro, na fábrica de Taubaté da VW do Brasil, que a partir de agora, se prepara para fazer seu substituto: o Polo Track. São 42 anos de história de um carro desenhado e fabricado de brasileiros para brasileiros.
A fábrica entrou nas tradicionais férias coletivas de fim de ano justamente no dia 23; deve retornar em 2 de janeiro de 2023. Enquanto isso, é preparada a linha para a entrada do Polo Track, processo que vem sendo planejado e posto à cabo durante boa parte deste ano, mas agora é realidade. O início da produção do Polo Track está prevista para o dia 9 de janeiro.
O último carro é um Gol normal, na cor Cinza Platinum. Não há notícias sobre o seu destino, se será guardado, ou vendido para atender os pedidos que estão sendo fechados no fim de ano em grande correria, já que não existirão carros ano que vem. Provavelmente a VW guardou só um Last Edition e vai vender esse. Encontrá-lo pode ser um grande investimento pessoal.
Mas então é isso: uma nova fase se inicia, e, quarenta e dois anos depois, teremos um ano novo sem um Gol zero km disponível. Nem que se for só por isso, 2023 promete ser um ano diferente, então! (MAO)
Cliente processa mecânico e ganha veredito a seu favor de U$ 7,2 milhões
Por um lado, existem mecânicos e restauradores obviamente mal-intencionados, que quando percebem a relativa ignorância sobre o assunto de seus clientes, se aproveitam da situação para ganho pessoal escuso. Do outro, existem clientes que não entendem que uma restauração é um empreendimento completamente imprevisível; que pode custar exponencialmente mais que o previsto, e demorar muito mais que se esperava, sem falcatrua nenhuma envolvida.
Em algum lugar deste espectro, está a situação que vamos descrever aqui.
Parece que o Sr Bill Oesterle, um executivo aposentado, foi, de acordo com uma corte de justiça americana, enganado por um mecânico por 10 anos. Agora o mecânico vai ter que lhe devolver US$ 7,2 milhões, ou o equivalente hoje a R$ 37.224.000.
O tal mecânico é Craig Hillinger, proprietário da The Healy Werks Corp., que trabalhou para Oesterle por mais de uma década. A celeuma parece ter sido um Maserati Ghibli 1967, que Osterle deixou na oficina em 2010.
Disse no processo que comprou o Maserati por US $ 16.000 e foi informado de que o trabalho não levaria mais de dois anos e não custaria mais de US $ 200.000 para ser concluído. Quatro anos depois, ele recebeu uma fatura de mais de $ 1 milhão e o trabalho no carro ainda não havia sido concluído. Fala a verdade: parece a descrição de toda restauração que já foi realizada na face da terra, para mim. Mas enfim, para uma corte, realmente é obviamente errado.
Obviamente não foi somente este carro que constou do processo. Uma série de negócios e carros que envolvem os dois durante mais de uma década constavam do processo.
Diz Osterle: “É um processo difícil encontrar peças e materiais autênticos e encontrar pessoas confiáveis com experiência para restaurar adequadamente essas belas máquinas. Muitas vezes, isso significa que você precisa confiar que as pessoas vão cumprir o que elas dizem ter e o que podem fazer.”
O tribunal decretou que Oesterle havia sofrido US$ 2,4 milhões em danos. Ele recebeu três vezes essa quantia, de acordo com a lei comercial de serviços de veículos motorizados de Iowa, por causa do “desrespeito intencional e arbitrário” por seus direitos. A Healey Werks Corp. também terá que pagar os honorários advocatícios de Oesterle. Certo ou errado, a sobrevivência da tal Healey Werks Corp. parece bem improvável.
Claro que gente safada merece esse tipo de coisa; para isso existe a justiça. Mas se a moda pega, nas imortais palavras do grupo musical “Os Originais do Samba”, “Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão”. (MAO)
Rara Suzuki RGΓ 500 Walter Wolf à venda
Papai Noel não trouxe nada interessante para ti? Tem um bom dinheiro na conta esperando ser gasto imediatamente? É um fã de MotoGP com um especial apreço pela era das motos dois tempos de 500 cm³? Gosta também de fórmula 1 dos anos 1970? Meu, você não vai acreditar o que apareceu à venda…
Trata-se de basicamente de uma moto de competição exatamente desta categoria, mas na raríssima versão de rua. E mais ainda: em uma ainda mais rara edição especial. É uma Suzuki RG Γ (leia RG“gamma”) 500 Walter Wolf 1986.
O que é uma RG Γ 500? Uma réplica ligeiramente amansada da motocicleta de MotoGP da Suzuki, completa com um quatro cilindros “quadrado” dois tempos de 498 cm³, e nada menos que 96 cv a 9500 rpm, e pesando apenas 154 kg. Uma moto que até hoje parece séria como poucas: a Car And Driver americana a definiu como: “uma máquina mortal com quatro silenciadores, quatro carburadores Mikuni,e que solta fumaça azul até uma redline de 11.000 rpm.”
Mas essa ainda é ligada a Walter Wolf, um emigrante sem dinheiro da Eslovênia que chegou em Montreal, no Canadá, no pós-guerra, mas que ficou bilionário com petróleo nos anos 1970. Tanto que criou uma famosa equipe de F1. Menos conhecida é sua aventura nos GP de motocicletas, justamente com a Suzuki. Em 1982, o piloto Masaru Mizutani correu com uma Suzuki RG500 patrocinada pela Wolf no All Japan Championship de 500 cm³ e venceu. A Suzuki decidiu que marcar a efeméride era necessário: a RGΓ 500 Walter Wolf nasceu. Existiu por apenas dois anos, 1986 e 1987.
É a chance de ter uma das mais violentas e sensacionais motocicletas da história, e uma com uma ligação à F1 e ao lendário personagem dos anos 1970 que é Mr Wolf. Se você tiver os meios para isso, recomendo veementemente. A moto está à venda no site americano de leilão Bring a Trailer, e o leilão acaba dia 28 de dezembro. (MAO)
Mclaren dá boas festas com sinfonia de V8 e de violino
As mensagens comerciais das festas de fim de ano abundam; os publicitários capricham para apertar os botões emocionais da população com cachorrinhos, gatinhos, crianças, velhinhos, músicas inspiradoras e textos em voice-over suaves, de travesseiro. As vezes acertam, as vezes erram, mas todo mundo tenta.
Um particularmente interessante apareceu com a McLaren, que mostra um GT num passeio animado pelas montanhas da Califórnia acompanhado por… um violino. A mensagem de fim de ano visa falar diretamente ao coração dos entusiastas, usando para isso a violinista Erica Carpenedo tocando a clássica peça de Vivaldi, “As quatro estações”.
Nós aqui no FlatOut nos juntamos à McLaren em desejar a todos vocês boas festas e feliz ano novo! (MAO)